Apesar do programa Bolsa Família ter alcançado a meta de 11,1 milhões de famílias atendidas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ontem (28), em Contagem (MG), que as prefeituras e a sociedade ajudem o governo a cadastrar quem ainda está fora do programa.
"Pode ter uma pessoa que não tem direito e está recebendo. Pode ter uma pessoa que tem direito a receber e não foi cadastrada", disse o presidente. "O governo está precisando da ajuda da sociedade para que possa atender as pessoas pobres que ainda não foram cadastradas. Lá de Brasília é muito difícil o Patrus (ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome) descobrir", destacou Lula, ao participar da cerimônia em comemoração ao cumprimento antecipado da meta do programa.
De acordo com o Palácio do Planalto, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome atualizou o cadastro do programa entre julho de 2005 e março deste ano, o que resultou no bloqueio de cerca de 51 mil benefícios e no cancelamento de 562 mil. Além do ministério, o Tribunal de Contas da União (TCU), a Controladoria Geral da União (CGU) e os ministérios públicos estaduais e federal fiscalizam a execução do programa.
Na cerimônia, Lula fez ainda um apelo para que as famílias que tenham ultrapassado a renda determinada pelo programa devolvam o cartão que permite o recebimento do benefício. Para participar do programa, a família deve ter renda per capita de R$ 60,01 a R$ 120 ou ser extremamente pobre (renda de até R$ 60). O benefício varia de R$ 15 a R$ 95.
"Se uma pessoa estava recebendo o benefício e o marido dela arrumou emprego, portanto, sua renda ultrapassa a renda que o programa estabelece como limite. Nós queremos pedir que as pessoas devolvam o cartão para que a gente possa dar para uma outra pessoa mais necessitada", afirmou.
Informações da Agência Brasil
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