Duda Mendonça, em palestra para alunos de pós-graduação do curso de marketing político da UCSal (Universidade Católica do Salvador, disse que está "com muita coisa entalada na garganta" e que no momento certo irá falar tudo. Também criticou, alguns parlamentares integrantes da CPI e afirmou que vai votar em Lula, se ele pleitear a reeleição.
"Fui acusado de muita bobagem e besteira na CPI. Só batiam em mim e eu parecia um pateta porque não podia falar para não ser preso. Conheço todos eles e, no momento certo, vou abrir a boca e dar a resposta, porque não temo nada".
Admitiu que não fará mais campanhas políticas no país, mas pode ir trabalhar no exterior.
Disse também durante a palestra que o seu maior erro foi "dizer toda a verdade" no primeiro depoimento à CPI.
"Eu não sei até que ponto vale a pena dizer a verdade nestes casos. Vasculharam a minha vida, quebraram o meu sigilo, violaram tudo e não encontraram nada. Eu sou um dos poucos que falaram a verdade e fizeram esse carnaval em cima de mim".
Ao criticar alguns parlamentares da CPI, sem citar nomes, disse que quando foi interrogado parecia que estava em um "corredor polonês, tomando porrada de todos os lados".
"Vou votar no Lula. Vou torcer para o Lula ser reeleito", prevendo uma guerra entre PT e PSDB. "Vamos presenciar uma das maiores guerras de nossa história. Existe um partido que tomou o poder e outro que está louco para recuperar".
Sobre Alckmin, avaliou: "Não é conhecido. Mas conhecimento na TV se faz rapidinho, porém o governo Alckmin "tem um monte de falhas".
Sobre Serra: "Serra diz que foi o melhor ministro da Saúde. Não foi. Mas ele falou tanto na campanha (a prefeito) que as pessoas acreditaram".
Sobre Lula, sugeriu uma estratégia de campanha para o presidente Lula. "Não deve bater (na tucanalha), mas explorar o que fez para o povão. O povo vota em quem fez coisas para ele".
"Se "porradaria" funcionasse, Lula não estaria em primeiro lugar".
Mais de 200 pessoas, (alunos, convidados, professores), participaram da palestra, que foi acompanhada pela imprensa. Aos jornalistas presentes, chegou a fazer um apelo: "Espero que a imprensa, que já me deu tanta porrada, não distorça as minhas palavras. Não pegue frases fora do contexto."
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