____---___________Paz
________---______União
_______---______Alegrias
_______---_____Esperanças
________---___Amor Sucesso
____---______Realizações•Luz
___---______Respeito Harmonia
___---_____Saúde• Solidariedade
___---____Felicidade • Humildade
_--_____Confraternização • Pureza
_---____Amizade•Sabedoria • Perdão
__---__Igualdade•Liberdade•Boa Sorte
_--__Sinceridade •Estima •Fraternidade
--__Equilíbrio • Dignidade • Benevolência
--_Fé • Bondade Paciência Brandura Força
--Tenacidade Prosperidade Reconhecimento
_____________Feliz Natal
_____________Feliz Natal
_____________Feliz Natal
_____________Feliz Natal
_____________Feliz Natal
_____________Feliz Natal_______________
24 dezembro 2006
20 dezembro 2006
Governo e centrais fecham salário mínimo de R$ 380
Os ministros Luiz Marinho (Trabalho) e Nelson Machado (Previdência) fecharam há pouco com as centrais sindicais um acordo para reajustar o salário mínimo de R$ 350 para R$ 380, um aumento de 8,6%, e corrigir a tabela do Imposto de Renda em 4,6%.
De acordo com Marinho, as propostas serão encaminhadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira para que ele dê a "palavra final". Depois desse aval, as propostas serão incorporadas ao Orçamento da União para 2007. O recesso dos parlamentares só pode começar após a aprovação do Orçamento.
No início da madrugada desta quarta-feira foi encerrada a terceira reunião entre o governo e centrais sindicais. Outro ponto negociado foi um projeto para a valorização do salário mínimo até 2010.
De acordo com Marinho, as propostas serão encaminhadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira para que ele dê a "palavra final". Depois desse aval, as propostas serão incorporadas ao Orçamento da União para 2007. O recesso dos parlamentares só pode começar após a aprovação do Orçamento.
No início da madrugada desta quarta-feira foi encerrada a terceira reunião entre o governo e centrais sindicais. Outro ponto negociado foi um projeto para a valorização do salário mínimo até 2010.
19 dezembro 2006
Alguém no TSE quer prejudicar o PT
Por sugestão do presidente do TSE, ministro Marco Aurélio Mello, o julgamento do recurso do PT contra a rejeição das contas do comitê financeiro nacional da campanha presidencial foi retirada da pauta de julgamentos para que os demais ministros possam se informar melhor sobre a matéria.
Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram adiar para a próxima sessão, prevista para 1º de fevereiro de 2007, a questão.
Com isso, o partido não corre o risco de perder as primeiras parcelas do fundo partidário, pois a questão continuará sub judice, porém poderia ter sido julgado definitivamente, principalmente por se tratar de valor praticamente insignificante, ante o total dos recursos envolvidos. O dinheiro do fundo é dividido entre todas as legendas, de forma proporcional à eleição para a Câmara Federal, e neste ano rendeu ao PT cerca de R$ 20 milhões.
As contas do Comitê foram rejeitadas no último dia 12, por causa de uma doação de R$ 10 mil da empresa Deicmar S.A., que explora, na condição de concessionária de serviço público, o terminal de contêineres do porto de Santos, o que é proibido pela legislação eleitoral.
O advogado do PT, Márcio Silva, entrou com recurso alegando que a doação ao partido foi feita por uma filial da Deicmar, detentora de inscrição diferente no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) e dedicada ao ramo de transportes, o que não é proibido.
O relator do recurso, ministro Gerardo Grossi, entendeu que as duas empresas são uma só, mas levantou a dúvida se a Deicmar seria concessionária ou permissionária de serviço público, por causa do Decreto 4543/02, que regulamenta a lei 9.504, definindo o que é serviço permissionário ou concessionário.
Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram adiar para a próxima sessão, prevista para 1º de fevereiro de 2007, a questão.
Com isso, o partido não corre o risco de perder as primeiras parcelas do fundo partidário, pois a questão continuará sub judice, porém poderia ter sido julgado definitivamente, principalmente por se tratar de valor praticamente insignificante, ante o total dos recursos envolvidos. O dinheiro do fundo é dividido entre todas as legendas, de forma proporcional à eleição para a Câmara Federal, e neste ano rendeu ao PT cerca de R$ 20 milhões.
As contas do Comitê foram rejeitadas no último dia 12, por causa de uma doação de R$ 10 mil da empresa Deicmar S.A., que explora, na condição de concessionária de serviço público, o terminal de contêineres do porto de Santos, o que é proibido pela legislação eleitoral.
O advogado do PT, Márcio Silva, entrou com recurso alegando que a doação ao partido foi feita por uma filial da Deicmar, detentora de inscrição diferente no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) e dedicada ao ramo de transportes, o que não é proibido.
O relator do recurso, ministro Gerardo Grossi, entendeu que as duas empresas são uma só, mas levantou a dúvida se a Deicmar seria concessionária ou permissionária de serviço público, por causa do Decreto 4543/02, que regulamenta a lei 9.504, definindo o que é serviço permissionário ou concessionário.
E-mail revela como a Globo tentou manipular as eleições
Após 12 anos trabalhando na TV Globo, período durante o qual cobriu seis eleições, o repórter Rodrigo Viana desligou-se da emissora nesta terça-feira (19), após ser comunicado de que seu contrato de trabalho não seria renovado.
Em e-mail interno aos agora ex-colegas de redação, e que já vazou pela internet (foi publicado no site Terra Magazine), Viana condena a cobertura “desastrosa” e “seletiva” da Globo nas eleições deste ano, detalhando vários casos de manipulação do noticiário, todos em prejuízo da candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e/ou em benefício de candidatos tucanos, como o governo eleito de São Paulo, José Serra.
O jornalista relata ainda, no texto distribuído aos colegas, a luta de um grupo de profissionais da emissora para que a cobertura fosse equilibrada: “Ninguém na Redação queria poupar petistas (...) O que pedíamos era isonomia”.
Ele também faz críticas a certas normas internas, como a que obriga o noticiário a chamar os negros brasileiros de “pretos ou pardos”. E conclui: “Grave mesmo é a tela da Globo - no Jornalismo, especialmente - não refletir a diversidade social e política brasileira”.
Em outro ponto, Viana comenta o “episódio lamentável” do abaixo-assinado em defesa da emissora, produzido pela direção da empresa e ao qual muitos jornalistas aderiram. Ele afirma que isso jamais aconteceria se, hipoteticamente, a direção da Volks pedisse aos seus metalúrgicos que assinassem um documento isentando a montadora de erros que ela tivesse cometido na produção de seus carros.
“Por isso, talvez, tenhamos um metalúrgico na Presidência da República, enquanto os jornalistas ficaram falando sozinhos nessa eleição...”, diz o texto.
Procurado pelo Portal do PT, Viana, que tem 37 anos e 18 de profissão, informou que, por razões contratuais (formalmente, seu contrato só vence no fim de janeiro), não poderia se manifestar a respeito.
Leia abaixo a íntegra do comunicado interno:
LEALDADE
Quando cheguei à TV Globo, em 1995, eu tinha mais cabelo, mais esperança, e também mais ilusões. Perdi boa parte do primeiro e das últimas. A esperança diminuiu, mas sobrevive. Esperança de fazer jornalismo que sirva pra transformar - ainda que de forma modesta e pontual. Infelizmente, está difícil continuar cumprindo esse compromisso aqui na Globo. Por isso, estou indo embora.
Quando entrei na TV Globo, os amigos, os antigos colegas de Faculdade, diziam: "você não vai agüentar nem um ano naquela TV que manipula eleições, fatos, cérebros". Agüentei doze anos. E vou dizer: costumava contar a meus amigos que na Globo fazíamos - sim - bom jornalismo. Havia, ao menos, um esforço nessa direção.
Na última década, em debates nas universidades, ou nas mesas de bar, a cada vez que me perguntavam sobre manipulação e controle político na Globo, eu costumava dizer: "olha, isso é coisa do passado; esse tempo ficou pra trás".
Isso não era só um discurso. Acompanhei de perto a chegada de Evandro Carlos de Andrade ao comando da TV, e a tentativa dele de profissionalizar nosso trabalho. Jornalismo comunitário, cobertura política - da qual participei de 98 a 2006. Matérias didáticas sobre o voto, sobre a democracia. Cobertura factual das eleições, debates. Pode parecer bobagem, mas tive orgulho de participar desse momento de virada no Jornalismo da Globo.
Parecia uma virada. Infelizmente, a cobertura das eleições de 2006 mostrou que eu havia me iludido. O que vivemos aqui entre setembro e outubro de 2006 não foi ficção. Aconteceu.
Pode ser que algum chefe queira fazer abaixo-assinado para provar que não aconteceu. Mas, é ruim, hem!
Intervenção minuciosa em nossos textos, trocas de palavras a mando de chefes, entrevistas de candidatos (gravadas na rua) escolhidas a dedo, à distância, por um personagem quase mítico que paira sobre a Redação: "o fulano (e vocês sabem de quem estou falando) quer esse trecho; o fulano quer que mude essa palavra no texto".
Tudo isso aconteceu. E nem foi o pior.
Na reta final do primeiro turno, os "aloprados do PT" aprontaram; e aloprados na chefia do jornalismo global botaram por terra anos de esforço para construir um novo tipo de trabalho aqui.
Ao lado de um grupo de colegas, entrei na sala de nosso chefe em São Paulo, no dia 18 de setembro, para reclamar da cobertura e pedir equilíbrio nas matérias: "por que não vamos repercutir a matéria da "Istoé", mostrando que a gênese dos sanguessugas ocorreu sob os tucanos? Por que não vamos a Piracicaba, contar quem é Abel Pereira? "
Por que isso, por que aquilo... Nenhuma resposta convincente. E uma cobertura desastrosa. Será que acharam que ninguém ia perceber?
Quando, no JN, chamavam Gedimar e Valdebran de "petistas" e, ao mesmo tempo, falavam de Abel Pereira como empresário ligado a um ex-ministro do "governo anterior", acharam que ninguém ia achar estranho?
Faltando seis dias para o primeiro turno, o "petista" Humberto Costa foi indiciado pela PF. No caso dos vampiros. O fato foi parar em manchete no JN, e isso era normal. O anormal é que, no mesmo dia, esconderam o nome de Platão, ex-assessor do ministério na época de Serra/Barjas Negri. Os chefes sabiam da existência de Platão, pediram a produtores pra checar tudo sobre ele, mas preferiram não dar. Que jornalismo é esse, que poupa e defende Platão, mas detesta Freud! Deve haver uma explicação psicanalítica para jornalismo tão seletivo!
Ah, sim, Freud. Elio Gaspari chegou a pedir desculpas em nome dos jornalistas ao tal Freud Godoy. O cara pode ter muitos pecados. Mas, o que fizemos na véspera da eleição foi incrível: matéria mostrando as "suspeitas", e apontando o dedo para a sala onde ele trabalhava, bem próximo à sala do presidente... A mensagem era clara. Mas, quando a PF concluiu que não havia nada contra ele, o principal telejornal da Globo silenciou antes da eleição.
Não vi matérias mostrando as conexões de Platão com Serra, com os tucanos.
Também não vi (antes do primeiro turno) reportagens mostrando quem era Abel Pereira, quem era Barjas Negri, e quais eram as conexões deles com PSDB. Mas vi várias matérias ressaltando os personagens petistas do escândalo. E, vejam: ninguém na Redação queria poupar os petistas (eu cobri durante meses o caso Santo André; eram matérias desfavoráveis a Lula e ao PT, nunca achei que não devêssemos fazer; seria o fim da picada...).
O que pedíamos era isonomia. Durante duas semanas, às vésperas do primeiro turno, a Globo de São Paulo designou dois repórteres para acompanhar o caso dossiê: um em São Paulo, outro em Cuiabá. Mas, nada de Piracicaba, nada de Barjas.!
Um colega nosso chegou a produzir, de forma precária, por telefone (vejam, bem, por telefone! Uma TV como a Globo fazer reportagem por telefone), reportagem com perfil do Abel. Foi editada, gerada para o Rio. Nunca foi ao ar!
Os telespectadores da Globo nunca viram Serra e os tucanos entregando ambulâncias cercados pelos deputados sanguessugas. Era o que estava na tal fita do "dossiê". Outras TVs mostraram o vídeo, a internet mostrou. A Globo, não. Provava alguma coisa contra Serra? Não. Ele não era obrigado a saber das falcatruas de deputados do baixo clero. Mas, por que demos o gabinete de Freud pertinho de Lula, e não demos Serra com sanguessugas?
E o caso gravíssimo das perguntas para o Serra? Ouvi, de pelo menos 3 pessoas diretamente envolvidas com o SP-TV Segunda Edição, que as perguntas para o Serra, na entrevista ao vivo no jornal, às vésperas do primeiro turno, foram rigorosamente selecionadas. Aquele diretor (aquele, vocês sabem quem) teria mandado cortar todas as perguntas "desagradáveis". A equipe do jornal ficou atônita. Entrevistas com os outros candidatos tinham sido duras, feitas com liberdade. Com o Serra, teria havido, deliberadamente, a intenção de amaciar.
E isso era um segredo de polichinelo. Muita gente ouviu essa história pelos corredores...
E as fotos da grana dos aloprados? Tínhamos que publicar? Claro. Mas, porque não demos a história completa? Os colegas que estavam na PF naquele dia (15 de setembro), tinham a gravação, mostrando as circunstâncias em que o delegado vazara as fotos. Justiça seja feita: sei que eles (repórter e produtor) queriam dar a matéria completa - as fotos, e as circunstâncias do vazamento. Podiam até proteger a fonte, mas escancarando o que são os bastidores de uma campanha no Brasil. Isso seria fazer jornalismo, expor as entranhas do poder.
Mais uma vez, fomos seletivos: as fotos mostradas com estardalhaço. A fita do delegado, essa sumiu!
Aquele diretor, aquele que controla cada palavra dos textos de política, disse que só tomou conhecimento do conteúdo da fita no dia seguinte. Quer que a gente acredite?
Por que nunca mostraram o conteúdo da fita do delegado no JN?
O JN levou um furo, foi isso?
Um colega nosso, aqui da Globo, ouviu a fita e botou no site pessoal dele... Mas, a Globo não pôs no ar... O portal "G-1" botou na íntegra a fita do delegado, dias depois de a "CartaCapital" ter dado o caso. Era noticia? Para o portal das Organizações Globo, era.
Por que o JN não deu no dia 29 de setembro? Levou um furo?
Não. Furada foi a cobertura da eleição. Infelizmente.
E, pra terminar, aquele episódio lamentável do abaixo-assinado, depois das matérias da "CartaCapital". Respeito os colegas que assinaram. Alguns assinaram por medo, outros por convicção. Mas, o fato é que foi um abaixo-assinado em defesa da Globo, apresentado por chefes!
Pensem bem. Imaginem a seguinte hipótese: a revista "Quatro Rodas" dá matéria falando mal da suspensão de um carro da Volkswagen, acusando a empresa de deliberadamente não tomar conhecimento dos problemas. Aí, como resposta, os diretores da Volks têm a brilhante idéia de pedir aos metalúrgicos pra assinar um manifesto em defesa da empresa! O que vocês acham? Os metalúrgicos mandariam a direção da fábrica catar coquinho em Berlim!
Aqui, na Globo, muitos preferiram assinar. Por isso, talvez, tenhamos um metalúrgico na Presidência da República, enquanto os jornalistas ficaram falando sozinhos nessa eleição...
De resto, está difícil continuar fazendo jornalismo numa emissora que obriga repórteres a chamarem negros de "pretos e pardos". Vocês já viram isso no ar? Sinto vergonha...
A justificativa: IBGE (e, portanto, o Estado brasileiro) usa essa nomenclatura. Problema do IBGE. Eu me recuso a entrar nessa. Delegados de policia (representantes do Estado) costumavam (até bem pouco tempo) tratar companheiras (mesmo em relações estáveis) como "concubinas" ou "amásias". Nunca usamos esses termos!
Árabes que chegaram ao Brasil no início do século passado eram chamados de "turcos" pelas autoridades (o passaporte era do Império Turco Otomano, por isso a nomenclatura). Por causa disso, jornalistas deviam chamar libaneses de turcos?
Daqui a pouco, a Globo vai pedir para que chamemos a Parada Gay de "Parada dos Pederastas". Francamente, não tenho mais estômago.
Mas, também, o que esperar de uma Redação que é dirigida por alguém que defende a cobertura feita pela Globo na época das Diretas?
Respeito a imensa maioria dos colegas que ficam aqui. Tenho certeza que vão continuar se esforçando pra fazer bom Jornalismo. Não será fácil a tarefa de vocês.
Olhem no ar. Ouçam os comentaristas. As poucas vozes dissonantes sumiram. Franklin Martins foi afastado. Do Bom dia Brasil ao JG, temos um desfile de gente que está do mesmo lado.
Mas sabem o que me deixou preocupado mesmo? O texto do João Roberto Marinho depois das eleições.
Ele comemorou a reação (dando a entender que foi absolutamente espontânea; será que disseram isso pra ele? Será que não contaram a ele do mal-estar na Redação de São Paulo?) de jornalistas em defesa da cobertura da Globo:
"(...)diante de calúnias e infâmias, reagem, não com dúvidas ou incertezas, mas com repúdio e indignação. Chamo isso de lealdade e confiança".
Entendi. Ele comemora que não haja dúvidas e incertezas... Faz sentido. Incerteza atrapalha fechamento de jornal. Incerteza e dúvida são palavras terríveis. Devem ser banidas. Como qualquer um que diga que há racismo - sim - no Brasil.
E vejam o vocabulário: "lealdade e confiança". Organizações ainda hoje bem populares na Itália costumam usar esse jargão da "lealdade".
Caro João, você talvez nem saiba direito quem eu sou.
Mas, gostaria de dizer a você que lealdade devemos ter com princípios, e com a sociedade. A Globo, infelizmente, não foi "leal" com o público. Nem com os jornalistas.Vai pagar o preço por isso. É saudável que pague. Em nome da democracia!
João, da família Marinho, disse mais no brilhante comunicado interno:
"Pude ter certeza absoluta de que os colaboradores da Rede Globo sabem que podem e devem discordar das decisões editoriais no trabalho cotidiano que levam à feitura de nossos telejornais, porque o bom jornalismo é sempre resultado de muitas cabeças pensando".
Caro João, em que planeta você vive? Várias cabeças? Nunca, nem na ditadura (dizem-me os companheiros mais antigos) tivemos na Globo um jornalismo tão centralizado, a tal ponto que os repórteres trabalham mais como bonecos de ventríloquos, especialmente na cobertura política!
Cumpro agora um dever de lealdade: informo-lhe que, passadas as eleições, quem discordou da linha editorial da casa foi posto na "geladeira". Foi lamentável, caro João. Você devia saber como anda o ânimo da Redação - especialmente em São Paulo.
Boa parte dos seus "colaboradores" (você, João, aprendeu direitinho o vocabulário ideológico dos consultores e tecnocratas - "colaboradores", essa é boa... Eu não sou colaborador, coisa nenhuma! Sou jornalista!) está triste e ressabiada com o que se passou.
Mas isso tudo tem pouca importância.
Grave mesmo é a tela da Globo - no Jornalismo, especialmente - não refletir a diversidade social e política brasileira. Nos anos 90, houve um ensaio, um movimento em direção à pluralidade. Já abortado. Será que a opção é consciente?
Isso me lembra a Igreja Católica, que sob Ratzinger preferiu expurgar o braço progressista. Fez uma opção deliberada: preferiram ficar menores, porém mais coesos ideologicamente. Foi essa a opção de Ratzinger. Será essa a opção dos Marinho?
Depois, não sabem por que os protestantes crescem...
Eu, que não sou católico nem protestante, fico apenas preocupado por ver uma concessão pública ser usada dessa maneira!
Mas essa é também uma carta de despedida, sentimental.
Por isso, peço licença pra falar de lembranças pessoais.
Foram quase doze anos de Globo.
Quando entrei na TV, em 95, lá na antiga sede da praça Marechal, havia a Toninha - nossa mendiga de estimação, debaixo do viaduto. Os berros que ela dava em frente à entrada da TV traziam uma dimensão humana ao ambiente, lembravam-nos da fragilidade de todos nós, de como nossa razão pode ser frágil.
Havia o João Paulada - o faz-tudo da Redação.
Havia a moça do cafezinho (feito no coador, e entregue em garrafas térmicas), a tia dos doces...
Era um ambiente mais caseiro, menos pomposo. Hoje, na hora de dizer tchau, sinto saudade de tudo aquilo.
Havia bares sujos, pessoas simples circulando em volta de todos nós - nas ruas, no Metrô, na padaria.
Todos, do apresentador ao contínuo, tinham que entrar a pé na Redação. Estacionamentos eram externos (não havia "vallet park", nem catraca eletrônica). A caminhada pelas calçadas do centro da cidade obrigava-nos a um salutar contato com a desigualdade brasileira.
Hoje, quando olho pra nossa Redação aqui na Berrini, tenho a impressão que estou numa agência de publicidade. Ambiente asséptico, higienizado. Confortável, é verdade. Mas triste, quase desumano.
Mas há as pessoas. Essas valem a pena.
Pra quem conseguiu chegar até o fim dessa longa carta, preciso dizer duas coisas...
1) Sinto-me aliviado por ficar longe de determinados personagens, pretensiosos e arrogantes, que exigem "lealdade"; parecem "poderosos chefões" falando com seus seguidores... Se depender de mim, como aconteceu na eleição, vão ficar falando sozinhos.
2) Mas, de meus colegas, da imensa maioria, vou sentir saudades.
Saudades das equipes na rua - UPJs que foram professores; cinegrafistas que foram companheiros; esses sim (todos) leais ao Jornalismo.
Saudades dos editores - que tiveram paciência com esse repórter aflito e procuraram ser leais às minúcias factuais.
Saudades dos produtores e dos chefes de reportagem - acho que fui leal com as pautas de vocês e (bem menos) com os horários!
Saudades de cada companheiro do apoio e da técnica - sempre leais.
Saudades especialmente, das grandes matérias no Globo Repórter - com aquela equipe de mestres (no Rio e em São Paulo) que aos poucos vai se desmontando, sem lealdade nem respeito com quem fez história (mas há bravos resistentes ainda).
Bem, pelo tom um tanto ácido dessa carta pode não parecer. Mas levo muita coisa boa daqui.
Perdi cabelos e ilusões. Mas, não a esperança.
Um beijo a todos.
Rodrigo Vianna.
Em e-mail interno aos agora ex-colegas de redação, e que já vazou pela internet (foi publicado no site Terra Magazine), Viana condena a cobertura “desastrosa” e “seletiva” da Globo nas eleições deste ano, detalhando vários casos de manipulação do noticiário, todos em prejuízo da candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e/ou em benefício de candidatos tucanos, como o governo eleito de São Paulo, José Serra.
O jornalista relata ainda, no texto distribuído aos colegas, a luta de um grupo de profissionais da emissora para que a cobertura fosse equilibrada: “Ninguém na Redação queria poupar petistas (...) O que pedíamos era isonomia”.
Ele também faz críticas a certas normas internas, como a que obriga o noticiário a chamar os negros brasileiros de “pretos ou pardos”. E conclui: “Grave mesmo é a tela da Globo - no Jornalismo, especialmente - não refletir a diversidade social e política brasileira”.
Em outro ponto, Viana comenta o “episódio lamentável” do abaixo-assinado em defesa da emissora, produzido pela direção da empresa e ao qual muitos jornalistas aderiram. Ele afirma que isso jamais aconteceria se, hipoteticamente, a direção da Volks pedisse aos seus metalúrgicos que assinassem um documento isentando a montadora de erros que ela tivesse cometido na produção de seus carros.
“Por isso, talvez, tenhamos um metalúrgico na Presidência da República, enquanto os jornalistas ficaram falando sozinhos nessa eleição...”, diz o texto.
Procurado pelo Portal do PT, Viana, que tem 37 anos e 18 de profissão, informou que, por razões contratuais (formalmente, seu contrato só vence no fim de janeiro), não poderia se manifestar a respeito.
Leia abaixo a íntegra do comunicado interno:
LEALDADE
Quando cheguei à TV Globo, em 1995, eu tinha mais cabelo, mais esperança, e também mais ilusões. Perdi boa parte do primeiro e das últimas. A esperança diminuiu, mas sobrevive. Esperança de fazer jornalismo que sirva pra transformar - ainda que de forma modesta e pontual. Infelizmente, está difícil continuar cumprindo esse compromisso aqui na Globo. Por isso, estou indo embora.
Quando entrei na TV Globo, os amigos, os antigos colegas de Faculdade, diziam: "você não vai agüentar nem um ano naquela TV que manipula eleições, fatos, cérebros". Agüentei doze anos. E vou dizer: costumava contar a meus amigos que na Globo fazíamos - sim - bom jornalismo. Havia, ao menos, um esforço nessa direção.
Na última década, em debates nas universidades, ou nas mesas de bar, a cada vez que me perguntavam sobre manipulação e controle político na Globo, eu costumava dizer: "olha, isso é coisa do passado; esse tempo ficou pra trás".
Isso não era só um discurso. Acompanhei de perto a chegada de Evandro Carlos de Andrade ao comando da TV, e a tentativa dele de profissionalizar nosso trabalho. Jornalismo comunitário, cobertura política - da qual participei de 98 a 2006. Matérias didáticas sobre o voto, sobre a democracia. Cobertura factual das eleições, debates. Pode parecer bobagem, mas tive orgulho de participar desse momento de virada no Jornalismo da Globo.
Parecia uma virada. Infelizmente, a cobertura das eleições de 2006 mostrou que eu havia me iludido. O que vivemos aqui entre setembro e outubro de 2006 não foi ficção. Aconteceu.
Pode ser que algum chefe queira fazer abaixo-assinado para provar que não aconteceu. Mas, é ruim, hem!
Intervenção minuciosa em nossos textos, trocas de palavras a mando de chefes, entrevistas de candidatos (gravadas na rua) escolhidas a dedo, à distância, por um personagem quase mítico que paira sobre a Redação: "o fulano (e vocês sabem de quem estou falando) quer esse trecho; o fulano quer que mude essa palavra no texto".
Tudo isso aconteceu. E nem foi o pior.
Na reta final do primeiro turno, os "aloprados do PT" aprontaram; e aloprados na chefia do jornalismo global botaram por terra anos de esforço para construir um novo tipo de trabalho aqui.
Ao lado de um grupo de colegas, entrei na sala de nosso chefe em São Paulo, no dia 18 de setembro, para reclamar da cobertura e pedir equilíbrio nas matérias: "por que não vamos repercutir a matéria da "Istoé", mostrando que a gênese dos sanguessugas ocorreu sob os tucanos? Por que não vamos a Piracicaba, contar quem é Abel Pereira? "
Por que isso, por que aquilo... Nenhuma resposta convincente. E uma cobertura desastrosa. Será que acharam que ninguém ia perceber?
Quando, no JN, chamavam Gedimar e Valdebran de "petistas" e, ao mesmo tempo, falavam de Abel Pereira como empresário ligado a um ex-ministro do "governo anterior", acharam que ninguém ia achar estranho?
Faltando seis dias para o primeiro turno, o "petista" Humberto Costa foi indiciado pela PF. No caso dos vampiros. O fato foi parar em manchete no JN, e isso era normal. O anormal é que, no mesmo dia, esconderam o nome de Platão, ex-assessor do ministério na época de Serra/Barjas Negri. Os chefes sabiam da existência de Platão, pediram a produtores pra checar tudo sobre ele, mas preferiram não dar. Que jornalismo é esse, que poupa e defende Platão, mas detesta Freud! Deve haver uma explicação psicanalítica para jornalismo tão seletivo!
Ah, sim, Freud. Elio Gaspari chegou a pedir desculpas em nome dos jornalistas ao tal Freud Godoy. O cara pode ter muitos pecados. Mas, o que fizemos na véspera da eleição foi incrível: matéria mostrando as "suspeitas", e apontando o dedo para a sala onde ele trabalhava, bem próximo à sala do presidente... A mensagem era clara. Mas, quando a PF concluiu que não havia nada contra ele, o principal telejornal da Globo silenciou antes da eleição.
Não vi matérias mostrando as conexões de Platão com Serra, com os tucanos.
Também não vi (antes do primeiro turno) reportagens mostrando quem era Abel Pereira, quem era Barjas Negri, e quais eram as conexões deles com PSDB. Mas vi várias matérias ressaltando os personagens petistas do escândalo. E, vejam: ninguém na Redação queria poupar os petistas (eu cobri durante meses o caso Santo André; eram matérias desfavoráveis a Lula e ao PT, nunca achei que não devêssemos fazer; seria o fim da picada...).
O que pedíamos era isonomia. Durante duas semanas, às vésperas do primeiro turno, a Globo de São Paulo designou dois repórteres para acompanhar o caso dossiê: um em São Paulo, outro em Cuiabá. Mas, nada de Piracicaba, nada de Barjas.!
Um colega nosso chegou a produzir, de forma precária, por telefone (vejam, bem, por telefone! Uma TV como a Globo fazer reportagem por telefone), reportagem com perfil do Abel. Foi editada, gerada para o Rio. Nunca foi ao ar!
Os telespectadores da Globo nunca viram Serra e os tucanos entregando ambulâncias cercados pelos deputados sanguessugas. Era o que estava na tal fita do "dossiê". Outras TVs mostraram o vídeo, a internet mostrou. A Globo, não. Provava alguma coisa contra Serra? Não. Ele não era obrigado a saber das falcatruas de deputados do baixo clero. Mas, por que demos o gabinete de Freud pertinho de Lula, e não demos Serra com sanguessugas?
E o caso gravíssimo das perguntas para o Serra? Ouvi, de pelo menos 3 pessoas diretamente envolvidas com o SP-TV Segunda Edição, que as perguntas para o Serra, na entrevista ao vivo no jornal, às vésperas do primeiro turno, foram rigorosamente selecionadas. Aquele diretor (aquele, vocês sabem quem) teria mandado cortar todas as perguntas "desagradáveis". A equipe do jornal ficou atônita. Entrevistas com os outros candidatos tinham sido duras, feitas com liberdade. Com o Serra, teria havido, deliberadamente, a intenção de amaciar.
E isso era um segredo de polichinelo. Muita gente ouviu essa história pelos corredores...
E as fotos da grana dos aloprados? Tínhamos que publicar? Claro. Mas, porque não demos a história completa? Os colegas que estavam na PF naquele dia (15 de setembro), tinham a gravação, mostrando as circunstâncias em que o delegado vazara as fotos. Justiça seja feita: sei que eles (repórter e produtor) queriam dar a matéria completa - as fotos, e as circunstâncias do vazamento. Podiam até proteger a fonte, mas escancarando o que são os bastidores de uma campanha no Brasil. Isso seria fazer jornalismo, expor as entranhas do poder.
Mais uma vez, fomos seletivos: as fotos mostradas com estardalhaço. A fita do delegado, essa sumiu!
Aquele diretor, aquele que controla cada palavra dos textos de política, disse que só tomou conhecimento do conteúdo da fita no dia seguinte. Quer que a gente acredite?
Por que nunca mostraram o conteúdo da fita do delegado no JN?
O JN levou um furo, foi isso?
Um colega nosso, aqui da Globo, ouviu a fita e botou no site pessoal dele... Mas, a Globo não pôs no ar... O portal "G-1" botou na íntegra a fita do delegado, dias depois de a "CartaCapital" ter dado o caso. Era noticia? Para o portal das Organizações Globo, era.
Por que o JN não deu no dia 29 de setembro? Levou um furo?
Não. Furada foi a cobertura da eleição. Infelizmente.
E, pra terminar, aquele episódio lamentável do abaixo-assinado, depois das matérias da "CartaCapital". Respeito os colegas que assinaram. Alguns assinaram por medo, outros por convicção. Mas, o fato é que foi um abaixo-assinado em defesa da Globo, apresentado por chefes!
Pensem bem. Imaginem a seguinte hipótese: a revista "Quatro Rodas" dá matéria falando mal da suspensão de um carro da Volkswagen, acusando a empresa de deliberadamente não tomar conhecimento dos problemas. Aí, como resposta, os diretores da Volks têm a brilhante idéia de pedir aos metalúrgicos pra assinar um manifesto em defesa da empresa! O que vocês acham? Os metalúrgicos mandariam a direção da fábrica catar coquinho em Berlim!
Aqui, na Globo, muitos preferiram assinar. Por isso, talvez, tenhamos um metalúrgico na Presidência da República, enquanto os jornalistas ficaram falando sozinhos nessa eleição...
De resto, está difícil continuar fazendo jornalismo numa emissora que obriga repórteres a chamarem negros de "pretos e pardos". Vocês já viram isso no ar? Sinto vergonha...
A justificativa: IBGE (e, portanto, o Estado brasileiro) usa essa nomenclatura. Problema do IBGE. Eu me recuso a entrar nessa. Delegados de policia (representantes do Estado) costumavam (até bem pouco tempo) tratar companheiras (mesmo em relações estáveis) como "concubinas" ou "amásias". Nunca usamos esses termos!
Árabes que chegaram ao Brasil no início do século passado eram chamados de "turcos" pelas autoridades (o passaporte era do Império Turco Otomano, por isso a nomenclatura). Por causa disso, jornalistas deviam chamar libaneses de turcos?
Daqui a pouco, a Globo vai pedir para que chamemos a Parada Gay de "Parada dos Pederastas". Francamente, não tenho mais estômago.
Mas, também, o que esperar de uma Redação que é dirigida por alguém que defende a cobertura feita pela Globo na época das Diretas?
Respeito a imensa maioria dos colegas que ficam aqui. Tenho certeza que vão continuar se esforçando pra fazer bom Jornalismo. Não será fácil a tarefa de vocês.
Olhem no ar. Ouçam os comentaristas. As poucas vozes dissonantes sumiram. Franklin Martins foi afastado. Do Bom dia Brasil ao JG, temos um desfile de gente que está do mesmo lado.
Mas sabem o que me deixou preocupado mesmo? O texto do João Roberto Marinho depois das eleições.
Ele comemorou a reação (dando a entender que foi absolutamente espontânea; será que disseram isso pra ele? Será que não contaram a ele do mal-estar na Redação de São Paulo?) de jornalistas em defesa da cobertura da Globo:
"(...)diante de calúnias e infâmias, reagem, não com dúvidas ou incertezas, mas com repúdio e indignação. Chamo isso de lealdade e confiança".
Entendi. Ele comemora que não haja dúvidas e incertezas... Faz sentido. Incerteza atrapalha fechamento de jornal. Incerteza e dúvida são palavras terríveis. Devem ser banidas. Como qualquer um que diga que há racismo - sim - no Brasil.
E vejam o vocabulário: "lealdade e confiança". Organizações ainda hoje bem populares na Itália costumam usar esse jargão da "lealdade".
Caro João, você talvez nem saiba direito quem eu sou.
Mas, gostaria de dizer a você que lealdade devemos ter com princípios, e com a sociedade. A Globo, infelizmente, não foi "leal" com o público. Nem com os jornalistas.Vai pagar o preço por isso. É saudável que pague. Em nome da democracia!
João, da família Marinho, disse mais no brilhante comunicado interno:
"Pude ter certeza absoluta de que os colaboradores da Rede Globo sabem que podem e devem discordar das decisões editoriais no trabalho cotidiano que levam à feitura de nossos telejornais, porque o bom jornalismo é sempre resultado de muitas cabeças pensando".
Caro João, em que planeta você vive? Várias cabeças? Nunca, nem na ditadura (dizem-me os companheiros mais antigos) tivemos na Globo um jornalismo tão centralizado, a tal ponto que os repórteres trabalham mais como bonecos de ventríloquos, especialmente na cobertura política!
Cumpro agora um dever de lealdade: informo-lhe que, passadas as eleições, quem discordou da linha editorial da casa foi posto na "geladeira". Foi lamentável, caro João. Você devia saber como anda o ânimo da Redação - especialmente em São Paulo.
Boa parte dos seus "colaboradores" (você, João, aprendeu direitinho o vocabulário ideológico dos consultores e tecnocratas - "colaboradores", essa é boa... Eu não sou colaborador, coisa nenhuma! Sou jornalista!) está triste e ressabiada com o que se passou.
Mas isso tudo tem pouca importância.
Grave mesmo é a tela da Globo - no Jornalismo, especialmente - não refletir a diversidade social e política brasileira. Nos anos 90, houve um ensaio, um movimento em direção à pluralidade. Já abortado. Será que a opção é consciente?
Isso me lembra a Igreja Católica, que sob Ratzinger preferiu expurgar o braço progressista. Fez uma opção deliberada: preferiram ficar menores, porém mais coesos ideologicamente. Foi essa a opção de Ratzinger. Será essa a opção dos Marinho?
Depois, não sabem por que os protestantes crescem...
Eu, que não sou católico nem protestante, fico apenas preocupado por ver uma concessão pública ser usada dessa maneira!
Mas essa é também uma carta de despedida, sentimental.
Por isso, peço licença pra falar de lembranças pessoais.
Foram quase doze anos de Globo.
Quando entrei na TV, em 95, lá na antiga sede da praça Marechal, havia a Toninha - nossa mendiga de estimação, debaixo do viaduto. Os berros que ela dava em frente à entrada da TV traziam uma dimensão humana ao ambiente, lembravam-nos da fragilidade de todos nós, de como nossa razão pode ser frágil.
Havia o João Paulada - o faz-tudo da Redação.
Havia a moça do cafezinho (feito no coador, e entregue em garrafas térmicas), a tia dos doces...
Era um ambiente mais caseiro, menos pomposo. Hoje, na hora de dizer tchau, sinto saudade de tudo aquilo.
Havia bares sujos, pessoas simples circulando em volta de todos nós - nas ruas, no Metrô, na padaria.
Todos, do apresentador ao contínuo, tinham que entrar a pé na Redação. Estacionamentos eram externos (não havia "vallet park", nem catraca eletrônica). A caminhada pelas calçadas do centro da cidade obrigava-nos a um salutar contato com a desigualdade brasileira.
Hoje, quando olho pra nossa Redação aqui na Berrini, tenho a impressão que estou numa agência de publicidade. Ambiente asséptico, higienizado. Confortável, é verdade. Mas triste, quase desumano.
Mas há as pessoas. Essas valem a pena.
Pra quem conseguiu chegar até o fim dessa longa carta, preciso dizer duas coisas...
1) Sinto-me aliviado por ficar longe de determinados personagens, pretensiosos e arrogantes, que exigem "lealdade"; parecem "poderosos chefões" falando com seus seguidores... Se depender de mim, como aconteceu na eleição, vão ficar falando sozinhos.
2) Mas, de meus colegas, da imensa maioria, vou sentir saudades.
Saudades das equipes na rua - UPJs que foram professores; cinegrafistas que foram companheiros; esses sim (todos) leais ao Jornalismo.
Saudades dos editores - que tiveram paciência com esse repórter aflito e procuraram ser leais às minúcias factuais.
Saudades dos produtores e dos chefes de reportagem - acho que fui leal com as pautas de vocês e (bem menos) com os horários!
Saudades de cada companheiro do apoio e da técnica - sempre leais.
Saudades especialmente, das grandes matérias no Globo Repórter - com aquela equipe de mestres (no Rio e em São Paulo) que aos poucos vai se desmontando, sem lealdade nem respeito com quem fez história (mas há bravos resistentes ainda).
Bem, pelo tom um tanto ácido dessa carta pode não parecer. Mas levo muita coisa boa daqui.
Perdi cabelos e ilusões. Mas, não a esperança.
Um beijo a todos.
Rodrigo Vianna.
11 outubro 2006
Novos rumos - A vitória no segundo turno
Amigos do Presidente Lula
Estamos comemorando a memorável vitória de Wagner, ainda que entristecidos por Emiliano, a quem este blog declarou apoio e muito sobre ele publicou, não ter sido eleito. Sua luta, o seu combate ao coronelismo baiano, o enfrentamento ao clã dos Magalhães ficarão como emblemas da campanha. É um grande prejuízo para o Congresso Nacional. O Brasil não sabe o que perdeu, porém, Emiliano continua de mangas arregaçadas e está trabalhando a pleno vapor para elegermos Lula no segundo turno.
Comemoramos também a expressiva vitória de Paulo Rangel, nos apresentado pelo companheiro Zé Maria, a quem também declaramos apoio, principalmente pela seriedade que ostenta. Seu cuidado e respeito com a coisa pública, não tendo utilizado sua condição de primeiro coordenador do Luz para Todos em sua promoção, disputando uma eleição com lisura e honestidade.
A luta agora é outra. Vem aí a nova batalha de Lula.
Estaremos empenhados de corpo e alma na luta pela reeleição de Lula no segundo turno.
Como já publicamos, toda a blogosfera deve estar atenta para combater a imprensa suja e cumplíce dos vendilhões do País.
Não podemos descansar. Estaremos atentos a tudo. Dividiremos as tarefas de forma organizada, para que nossa voz possa ecoar por todo o Brasil.
Aos companheiros internautas, informamos que ao acessarem os blogs www.amigosdopresidente.com ou o www.tucanoduto.com , serão automaticamente redirecionados para o blog www.amigosdabahia.blogspot.com . Aqui iremos concentrar todos os nossos esforços. Os endereços www.amigosdopresidente.blogspot.com e www.tucanoduto.blogspot.com continuarão disponíveis, porém com pouco conteúdo.
Vamos à luta companheiros. A vitória no segundo turno depende de todos nós.
Eudes Paiva
02 outubro 2006
Wagner é o nosso governador. Lula continuará nosso presidente!
Essa parceria é melhor pra Bahia
Que Wagner é o nosso governador, não há mais dúvidas. Lutamos para chegarmos ao segundo turno e ganhamos no primeiro. Tínhamos certeza, mas precavidos apenas lutamos. Não fomos ufanistas.
Durante todo o tempo em que a crise perpetrada pela direita brasileira tentou empanar a imagem de Lula, não descansamos em nossa missão de na guerra eletrônica combater a imprensa podre do nosso País. Conseguimos.
Sem esse tipo de esforço, sem as noites que passamos sem dormir convocando a militância e as verdadeiras pessoas de bem do nosso querido mas pobre Brasil, jamais conseguiríamos mostrar ao povo a verdadeira face da imprensa.
Nosso intento era que elegendo Lula no primeiro turno, ele montaria sua tenda na Bahia para levar Wagner à vitória no segundo. Aconteceu o contrário. Agora Wagner montará tendas por todo o Brasil, para levarmos Lula á vitória no segundo turno. Ele fará o seu trabalho como fez quando era ministro. Nós o ajudaremos
Não esqueçamos do que Lula disse a Wagner: "que não fosse ao sacrifício", quando ele pediu para ser dispensado do ministério para concorrer ao governo da Bahia. O sacrifício agora é nosso. Lula vai ficar no Planalto. Vamos lutar. Vamos mostrar o que é a direita podre do País.
Onde erramos?
Não importa. Porém nos últimos dias, nossa guerra eletrônica esfriou-se. Ficaram escassas as mensagens, os chamamentos e o combate eletrônico foi substituído pela militância em campo e nas ruas, deixamos nossos computadores e fomos ao corpo-a-corpo. Eu mesmo fiz isso. Deixei quatro blogs e diversas comunidades do orkut sem a devida atenção. Resultado: a imprensa triunfou! Vamos retomar nossos postos.
Estamos no segundo turno e temos a certeza da vitória. Não vamos abandonar os nossos postos. Dividiremos as tarefas. A guerra contra a imprensa suja não pode ser interrompida. Seremos duros e vigilantes.
Vamos vencer no segundo turno. À luta companheiros! Vamos combater o bom combate.
Fonte: Vereador Eudes Paiva
Que Wagner é o nosso governador, não há mais dúvidas. Lutamos para chegarmos ao segundo turno e ganhamos no primeiro. Tínhamos certeza, mas precavidos apenas lutamos. Não fomos ufanistas.
Durante todo o tempo em que a crise perpetrada pela direita brasileira tentou empanar a imagem de Lula, não descansamos em nossa missão de na guerra eletrônica combater a imprensa podre do nosso País. Conseguimos.
Sem esse tipo de esforço, sem as noites que passamos sem dormir convocando a militância e as verdadeiras pessoas de bem do nosso querido mas pobre Brasil, jamais conseguiríamos mostrar ao povo a verdadeira face da imprensa.
Nosso intento era que elegendo Lula no primeiro turno, ele montaria sua tenda na Bahia para levar Wagner à vitória no segundo. Aconteceu o contrário. Agora Wagner montará tendas por todo o Brasil, para levarmos Lula á vitória no segundo turno. Ele fará o seu trabalho como fez quando era ministro. Nós o ajudaremos
Não esqueçamos do que Lula disse a Wagner: "que não fosse ao sacrifício", quando ele pediu para ser dispensado do ministério para concorrer ao governo da Bahia. O sacrifício agora é nosso. Lula vai ficar no Planalto. Vamos lutar. Vamos mostrar o que é a direita podre do País.
Onde erramos?
Não importa. Porém nos últimos dias, nossa guerra eletrônica esfriou-se. Ficaram escassas as mensagens, os chamamentos e o combate eletrônico foi substituído pela militância em campo e nas ruas, deixamos nossos computadores e fomos ao corpo-a-corpo. Eu mesmo fiz isso. Deixei quatro blogs e diversas comunidades do orkut sem a devida atenção. Resultado: a imprensa triunfou! Vamos retomar nossos postos.
Estamos no segundo turno e temos a certeza da vitória. Não vamos abandonar os nossos postos. Dividiremos as tarefas. A guerra contra a imprensa suja não pode ser interrompida. Seremos duros e vigilantes.
Vamos vencer no segundo turno. À luta companheiros! Vamos combater o bom combate.
Fonte: Vereador Eudes Paiva
30 setembro 2006
TESES EQUIVOCADAS SOBRE O VOTO EM LULA
Cinco idéias falsas que impedem a adequada compreensão de como se formaram as intenções a favor da reeleição
Por Marcos Coimbra
A íntegra da pesquisa CartaCapital/Vox Populi pode ser encontrada na edição impressa.
A quinta rodada da pesquisa CartaCapital/Vox Populi, realizada, entre 16 e 19 de setembro, a apenas dez dias da eleição, confirma os principais resultados das que fizemos nas últimas semanas, daqueles de nossa rodada anterior, nos dias 26 e 27 de agosto, e das realizadas por outros institutos no mesmo período: o favoritismo de Lula e as grandes chances de ele vencer as eleições no primeiro turno.
Lei Pelé
O preconceito de que o eleitor não sabe votar é a base para muitos dos erros de análise
O favoritismo do presidente permanece e até aumenta, se consideramos que o tempo é cada vez mais curto para seus adversários. Com três quartos do horário eleitoral já transcorridos, não houve qualquer redução de sua vantagem sobre a soma das intenções de voto nos demais candidatos. Em agosto, contra os 50% de Lula, somavam 36% seus adversários; nesta última pesquisa, ele tem 51% e os outros, juntos, 34%.
Por outro lado, reforçou-se a tendência à consolidação das intenções de voto em Lula, que vinha acontecendo desde os primeiros dias, após o começo do horário eleitoral: no fim de agosto, a relação entre voto espontâneo e estimulado já era muito alta, de 86%, e agora chega a 90%, sugerindo que apenas um em cada dez eleitores que pensam votar Lula é “menos definido”, o que se confirma com os 86% que afirmam estar “decididos e não pretendem mudar de idéia” sobre esse voto.
Lula está melhor hoje que, por exemplo, Fernando Henrique em meados de setembro de 1998, quando faltavam poucos dias para a sua reeleição. Em pesquisa nossa de então, FHC tinha 41% na espontânea e 49% na estimulada, índices inferiores, ainda que pouco, aos que Lula alcança nesta pesquisa.
Será que os acontecimentos dos últimos dias, com as novas trapalhadas de petistas dentro e fora do governo, vão mudar esse favoritismo? Será que o “dossiê” contra Serra, com suas ridículas maquinações e personagens, vai atingir o presidente?
Pode-se dizer, com segurança, que, passados os primeiros três dias com o assunto em pauta, nada ocorreu. Se daqui para a frente algo vai acontecer, só nos resta esperar para saber. Entretanto, somos livres para especular.
Pessoalmente, acredito que Lula continua favorito para ganhar as eleições no dia 1º de outubro, pela simples razão de que ele tem já, por tudo que as pesquisas indicam, um número de eleitores decididos amplamente suficiente para isso. Ou seja, as pessoas que dizem ter certeza de que vão votar em Lula bastam, mesmo se desistirem todos os que apenas quando estimulados optam por seu nome, chocados pelo assunto do “dossiê”.
Os “decididos” por Lula chegaram a essa conclusão depois de um longo período de consideração, que foi amadurecendo desde quando, com o “mensalão”, tiveram de pensar se era mesmo em Lula que iriam votar nas eleições de 2006. Para chegar à conclusão que dizem ter chegado, tiveram de pensar muito e avaliar denúncias até mais graves que as de hoje, pois envolviam diretamente o governo e pessoas muito mais centrais que o submundo atualmente em discussão. Se aqui chegaram “firmes”, não parece ser pelo que estão ouvindo agora, quando faltam dez dias para a eleição, que vão mudar. Tudo isso, é claro, se forem as que conhecemos as “novas denúncias”.
Talvez seja a hora, então, de nos perguntarmos qual a natureza do voto em Lula, porque tanta gente diz pretender votar nele, tanta, que tudo aponta para sua vitória em primeiro turno. Mais que um exercício acadêmico, isso pode ser essencial para que saibamos, como País, tirar das eleições que se avizinham aprendizagem e conseqüências, seja para o próximo quadriênio, seja para o futuro.
Parece-me que o primeiro passo é desfazer alguns equívocos que, a meu ver, têm impedido a adequada compreensão do que são e de como se formaram as intenções de voto em Lula. São cinco as principais teses equivocadas, que circulam quase desimpedidas no discurso de ampla porção de nossas elites, na sociedade e entre “formadores de opinião”:
1ª O voto em Lula é um voto “cínico”
É impressionante como essa suposição está presente nas opiniões e avaliações sobre a provável vitória de Lula este ano. Desde leigos a pessoas que se acham muito informadas, passando por eleitores que, eles próprios, pensam em votar no presidente, forma-se o sentimento de que é o “cinismo” do eleitor que explica o fato de Lula estar à frente.
Subjacente a essa idéia, parece estar o argumento que, para quem pretende votar em Lula, ética, moral, respeito às leis, são palavras sem sentido. Aceitar Lula é, assim, aceitar o vale-tudo e o jogo sujo, seja por concordar com ele, seja por não acreditar que exista alternativa.
Quem vê os eleitores de Lula dessa maneira não tem idéia de como foi traumático, para a quase totalidade deles, o “mensalão” e tudo que com ele veio à tona. Aquelas denúncias levaram os eleitores a uma revisão profunda de suas opiniões sobre o presidente e o PT, com a qual se debateram durante meses. Quem, como nós, acompanhou esse processo, através de inúmeras pesquisas, qualitativas e quantitativas, sabe que muitos desses, incluindo eleitores que sempre haviam votado Lula, hoje estão pensando em votar nos demais candidatos. Outros, como as mesmas pesquisas mostram, decidiram-se por Lula, mas nunca ignorando ou menosprezando o “mensalão”.
O voto em Lula não é, portanto, um voto de quem “não está nem aí” para a ética. Lula está sendo votado apesar do “mensalão” e não porque o “mensalão” é irrelevante para seus eleitores.
2ª O voto em Lula é um voto “burro”
Quando procuram “explicar” as razões de uma vitória de Lula, muitas pessoas em nossa elite ficam perplexas com a “burrice” do eleitor, que não consegue entender o “mensalão” e “tudo o que ele quer dizer” sobre Lula e seu governo. A isso se agrega a visão de que eleitores educados não votam Lula, sendo apenas entre analfabetos que está sua intenção de voto.
Os dados dessa e de muitas outras pesquisas não mostram isso, ao contrário. Lula não perde de Alckmin em nenhum nível de escolaridade e, em seu pior desempenho, empata com ele entre pessoas com escolaridade mais alta. Ou seja, há tantos eleitores com educação superior pensando em votar Alckmin, quanto em Lula.
Quanto ao argumento da “incapacidade de entender o mensalão”, o que estamos vendo é que muitos eleitores, sem desconhecê-lo (e sem achar que é irrelevante), apenas não fizeram aquilo que a oposição a Lula, ao que parece, queria que fizessem: que julgassem Lula e seu governo com o único critério do “mensalão”. Assim procedendo, ou seja, se recusando a uma avaliação tão simples e unidimensional, revelaram-se capazes de um julgamento mais “sofisticado” e complexo, tudo menos “burro”.
3ª O voto em Lula é um voto “manipulado”
Uma terceira maneira de desqualificar o voto de eleitores que pensam em Lula é dizer que é um voto “manipulado” por mistificações de vários tipos, da comunicação e do marketing, mas, especialmente, do Bolsa-Família, o “mensalinho” dos muito pobres, como se chegou a dizer.
Essa tese não se sustenta em nada de sólido. As evidências de que o Bolsa-Família “explica” o voto em Lula nas famílias beneficiárias, ao contrário, são muito frágeis. Para sustentar o argumento, seria necessário mostrar, por exemplo, que eleitores de famílias análogas, mas onde não há beneficiários, votam de maneira significativamente diferente, coisa que, até agora, não foi demonstrada com adequado rigor.
Se, no plano individual, a prova é, no mínimo, inconclusiva, no plano coletivo é menos ainda. Se fosse verdade que o programa tem esse tipo de impacto, seria razoável esperar que, em cidades onde a cobertura é maior, a propensão a votar em Lula aumentasse, seja por haver mais beneficiários diretos, seja por haver ganhos indiretos (no comércio, especialmente) que seus habitantes creditassem a ele.
Com base em pesquisas como as que fazemos, nós e os demais institutos, não se pode dizer isso, nem de longe. O que temos, quando classificamos os municípios incluídos em nossa amostra em categorias de cobertura, indo de “baixa”, “média”, “alta” a “muito alta”, é que todos os tipos de município tendem a votar de maneira semelhante. Ou seja, não há qualquer relação entre viver em municípios de “baixa” ou “muito alta” cobertura e votar ou não votar em Lula.
O Bolsa-Família é importante fator de voto em Lula, ainda que menos, para o eleitorado popular, que a política de salários e de preços que, em seu entender, o governo pratica e que é boa. Ambos são uma confirmação do que mais esperavam de Lula como presidente, por tudo o que ele tinha sido na vida: alguém que ia fazer diferença exatamente aí, nas condições de vida dos mais pobres. O Bolsa-Família é muito mais significativo como símbolo, do que como a “esmolinha” que muitos imaginam que é. O programa é a promessa cumprida, o compromisso básico que Lula honrou.
4ª O voto em Lula é um voto “nordestino”
Das teses não substanciadas sobre o voto em Lula, a que mais facilmente se desmente é a que afirma que “Lula ganha por causa do Nordeste”, por isso se entendendo que sua vitória seria uma oposição entre o Brasil “moderno” e o “atrasado”. Na fantasia de alguns articulistas, trazendo riscos de chegar à “ruptura” entre os dois.
Uma simples observação da tabela abaixo mostra que essa idéia não se sustenta:
Em outras palavras e ao contrário do que imaginam muitos: Lula parece ter condições de vencer as eleições no primeiro turno, com ou sem o voto do Nordeste. É fato que ele tem muitos votos na região, mas também é verdade que ele é votado, e muito, no que essas pessoas pensam ser o Brasil “moderno”.
5ª O voto em Lula é um voto de “miseráveis”
A última de nossas teses equivocadas (que poderiam ser até mais, tantas são as concepções sem fundamento atualmente em curso) é outra em que nossa elite parece acreditar piamente: Lula vai ser eleito pelos “miseráveis” e contra a vontade do resto do País.
A base para esse equívoco é a apressada leitura de resultados de pesquisas, amplamente propagadas por parte da imprensa, que mostrariam que Lula perde “de muito” nas classes de renda mais alta, mas compensa esse “fracasso” com alta intenção de voto entre os muito pobres. Entre esses (e aí este se liga ao equívoco anterior), Lula vence, pois “comprou” seu voto com as migalhas que distribui.
Qualquer profissional de pesquisa sabe que tirar conclusões de subamostras muito limitadas não é admissível. Na maior parte das vezes, no entanto, é isso o que ocorre: em uma amostra nacional com 2 mil entrevistas (qualquer que seja o tamanho de eventuais expansões estaduais), entrevistados de famílias com mais de dez salários mínimos de renda, são cerca de cem, se não se fizer uma cota específica. Em um estrato desse tamanho, a margem de erro pode passar de 30%, tornando qualquer interpretação puro exercício de fantasia.
Para indicar quão frágil é o argumento, podemos ver na tabela abaixo o resultado das respostas sobre intenção de voto entre pessoas com esse nível de renda, em uma amostra cumulativa com cerca de mil entrevistados, ou seja, com tamanho adequado:
O que os dados mostram é que Lula e Alckmin estão muito próximos na intenção de voto desse tipo de eleitor, a rigor empatados, na margem de erro, nacionalmente. Não há, portanto, razão para dizer que o voto em Lula é “miserável”. Considerando apenas os segmentos com renda relativamente mais elevada, ele tem tantos votos quanto o candidato do PSDB.
Por Marcos Coimbra
A íntegra da pesquisa CartaCapital/Vox Populi pode ser encontrada na edição impressa.
A quinta rodada da pesquisa CartaCapital/Vox Populi, realizada, entre 16 e 19 de setembro, a apenas dez dias da eleição, confirma os principais resultados das que fizemos nas últimas semanas, daqueles de nossa rodada anterior, nos dias 26 e 27 de agosto, e das realizadas por outros institutos no mesmo período: o favoritismo de Lula e as grandes chances de ele vencer as eleições no primeiro turno.
Lei Pelé
O preconceito de que o eleitor não sabe votar é a base para muitos dos erros de análise
O favoritismo do presidente permanece e até aumenta, se consideramos que o tempo é cada vez mais curto para seus adversários. Com três quartos do horário eleitoral já transcorridos, não houve qualquer redução de sua vantagem sobre a soma das intenções de voto nos demais candidatos. Em agosto, contra os 50% de Lula, somavam 36% seus adversários; nesta última pesquisa, ele tem 51% e os outros, juntos, 34%.
Por outro lado, reforçou-se a tendência à consolidação das intenções de voto em Lula, que vinha acontecendo desde os primeiros dias, após o começo do horário eleitoral: no fim de agosto, a relação entre voto espontâneo e estimulado já era muito alta, de 86%, e agora chega a 90%, sugerindo que apenas um em cada dez eleitores que pensam votar Lula é “menos definido”, o que se confirma com os 86% que afirmam estar “decididos e não pretendem mudar de idéia” sobre esse voto.
Lula está melhor hoje que, por exemplo, Fernando Henrique em meados de setembro de 1998, quando faltavam poucos dias para a sua reeleição. Em pesquisa nossa de então, FHC tinha 41% na espontânea e 49% na estimulada, índices inferiores, ainda que pouco, aos que Lula alcança nesta pesquisa.
Será que os acontecimentos dos últimos dias, com as novas trapalhadas de petistas dentro e fora do governo, vão mudar esse favoritismo? Será que o “dossiê” contra Serra, com suas ridículas maquinações e personagens, vai atingir o presidente?
Pode-se dizer, com segurança, que, passados os primeiros três dias com o assunto em pauta, nada ocorreu. Se daqui para a frente algo vai acontecer, só nos resta esperar para saber. Entretanto, somos livres para especular.
Pessoalmente, acredito que Lula continua favorito para ganhar as eleições no dia 1º de outubro, pela simples razão de que ele tem já, por tudo que as pesquisas indicam, um número de eleitores decididos amplamente suficiente para isso. Ou seja, as pessoas que dizem ter certeza de que vão votar em Lula bastam, mesmo se desistirem todos os que apenas quando estimulados optam por seu nome, chocados pelo assunto do “dossiê”.
Os “decididos” por Lula chegaram a essa conclusão depois de um longo período de consideração, que foi amadurecendo desde quando, com o “mensalão”, tiveram de pensar se era mesmo em Lula que iriam votar nas eleições de 2006. Para chegar à conclusão que dizem ter chegado, tiveram de pensar muito e avaliar denúncias até mais graves que as de hoje, pois envolviam diretamente o governo e pessoas muito mais centrais que o submundo atualmente em discussão. Se aqui chegaram “firmes”, não parece ser pelo que estão ouvindo agora, quando faltam dez dias para a eleição, que vão mudar. Tudo isso, é claro, se forem as que conhecemos as “novas denúncias”.
Talvez seja a hora, então, de nos perguntarmos qual a natureza do voto em Lula, porque tanta gente diz pretender votar nele, tanta, que tudo aponta para sua vitória em primeiro turno. Mais que um exercício acadêmico, isso pode ser essencial para que saibamos, como País, tirar das eleições que se avizinham aprendizagem e conseqüências, seja para o próximo quadriênio, seja para o futuro.
Parece-me que o primeiro passo é desfazer alguns equívocos que, a meu ver, têm impedido a adequada compreensão do que são e de como se formaram as intenções de voto em Lula. São cinco as principais teses equivocadas, que circulam quase desimpedidas no discurso de ampla porção de nossas elites, na sociedade e entre “formadores de opinião”:
1ª O voto em Lula é um voto “cínico”
É impressionante como essa suposição está presente nas opiniões e avaliações sobre a provável vitória de Lula este ano. Desde leigos a pessoas que se acham muito informadas, passando por eleitores que, eles próprios, pensam em votar no presidente, forma-se o sentimento de que é o “cinismo” do eleitor que explica o fato de Lula estar à frente.
Subjacente a essa idéia, parece estar o argumento que, para quem pretende votar em Lula, ética, moral, respeito às leis, são palavras sem sentido. Aceitar Lula é, assim, aceitar o vale-tudo e o jogo sujo, seja por concordar com ele, seja por não acreditar que exista alternativa.
Quem vê os eleitores de Lula dessa maneira não tem idéia de como foi traumático, para a quase totalidade deles, o “mensalão” e tudo que com ele veio à tona. Aquelas denúncias levaram os eleitores a uma revisão profunda de suas opiniões sobre o presidente e o PT, com a qual se debateram durante meses. Quem, como nós, acompanhou esse processo, através de inúmeras pesquisas, qualitativas e quantitativas, sabe que muitos desses, incluindo eleitores que sempre haviam votado Lula, hoje estão pensando em votar nos demais candidatos. Outros, como as mesmas pesquisas mostram, decidiram-se por Lula, mas nunca ignorando ou menosprezando o “mensalão”.
O voto em Lula não é, portanto, um voto de quem “não está nem aí” para a ética. Lula está sendo votado apesar do “mensalão” e não porque o “mensalão” é irrelevante para seus eleitores.
2ª O voto em Lula é um voto “burro”
Quando procuram “explicar” as razões de uma vitória de Lula, muitas pessoas em nossa elite ficam perplexas com a “burrice” do eleitor, que não consegue entender o “mensalão” e “tudo o que ele quer dizer” sobre Lula e seu governo. A isso se agrega a visão de que eleitores educados não votam Lula, sendo apenas entre analfabetos que está sua intenção de voto.
Os dados dessa e de muitas outras pesquisas não mostram isso, ao contrário. Lula não perde de Alckmin em nenhum nível de escolaridade e, em seu pior desempenho, empata com ele entre pessoas com escolaridade mais alta. Ou seja, há tantos eleitores com educação superior pensando em votar Alckmin, quanto em Lula.
Quanto ao argumento da “incapacidade de entender o mensalão”, o que estamos vendo é que muitos eleitores, sem desconhecê-lo (e sem achar que é irrelevante), apenas não fizeram aquilo que a oposição a Lula, ao que parece, queria que fizessem: que julgassem Lula e seu governo com o único critério do “mensalão”. Assim procedendo, ou seja, se recusando a uma avaliação tão simples e unidimensional, revelaram-se capazes de um julgamento mais “sofisticado” e complexo, tudo menos “burro”.
3ª O voto em Lula é um voto “manipulado”
Uma terceira maneira de desqualificar o voto de eleitores que pensam em Lula é dizer que é um voto “manipulado” por mistificações de vários tipos, da comunicação e do marketing, mas, especialmente, do Bolsa-Família, o “mensalinho” dos muito pobres, como se chegou a dizer.
Essa tese não se sustenta em nada de sólido. As evidências de que o Bolsa-Família “explica” o voto em Lula nas famílias beneficiárias, ao contrário, são muito frágeis. Para sustentar o argumento, seria necessário mostrar, por exemplo, que eleitores de famílias análogas, mas onde não há beneficiários, votam de maneira significativamente diferente, coisa que, até agora, não foi demonstrada com adequado rigor.
Se, no plano individual, a prova é, no mínimo, inconclusiva, no plano coletivo é menos ainda. Se fosse verdade que o programa tem esse tipo de impacto, seria razoável esperar que, em cidades onde a cobertura é maior, a propensão a votar em Lula aumentasse, seja por haver mais beneficiários diretos, seja por haver ganhos indiretos (no comércio, especialmente) que seus habitantes creditassem a ele.
Com base em pesquisas como as que fazemos, nós e os demais institutos, não se pode dizer isso, nem de longe. O que temos, quando classificamos os municípios incluídos em nossa amostra em categorias de cobertura, indo de “baixa”, “média”, “alta” a “muito alta”, é que todos os tipos de município tendem a votar de maneira semelhante. Ou seja, não há qualquer relação entre viver em municípios de “baixa” ou “muito alta” cobertura e votar ou não votar em Lula.
O Bolsa-Família é importante fator de voto em Lula, ainda que menos, para o eleitorado popular, que a política de salários e de preços que, em seu entender, o governo pratica e que é boa. Ambos são uma confirmação do que mais esperavam de Lula como presidente, por tudo o que ele tinha sido na vida: alguém que ia fazer diferença exatamente aí, nas condições de vida dos mais pobres. O Bolsa-Família é muito mais significativo como símbolo, do que como a “esmolinha” que muitos imaginam que é. O programa é a promessa cumprida, o compromisso básico que Lula honrou.
4ª O voto em Lula é um voto “nordestino”
Das teses não substanciadas sobre o voto em Lula, a que mais facilmente se desmente é a que afirma que “Lula ganha por causa do Nordeste”, por isso se entendendo que sua vitória seria uma oposição entre o Brasil “moderno” e o “atrasado”. Na fantasia de alguns articulistas, trazendo riscos de chegar à “ruptura” entre os dois.
Uma simples observação da tabela abaixo mostra que essa idéia não se sustenta:
Em outras palavras e ao contrário do que imaginam muitos: Lula parece ter condições de vencer as eleições no primeiro turno, com ou sem o voto do Nordeste. É fato que ele tem muitos votos na região, mas também é verdade que ele é votado, e muito, no que essas pessoas pensam ser o Brasil “moderno”.
5ª O voto em Lula é um voto de “miseráveis”
A última de nossas teses equivocadas (que poderiam ser até mais, tantas são as concepções sem fundamento atualmente em curso) é outra em que nossa elite parece acreditar piamente: Lula vai ser eleito pelos “miseráveis” e contra a vontade do resto do País.
A base para esse equívoco é a apressada leitura de resultados de pesquisas, amplamente propagadas por parte da imprensa, que mostrariam que Lula perde “de muito” nas classes de renda mais alta, mas compensa esse “fracasso” com alta intenção de voto entre os muito pobres. Entre esses (e aí este se liga ao equívoco anterior), Lula vence, pois “comprou” seu voto com as migalhas que distribui.
Qualquer profissional de pesquisa sabe que tirar conclusões de subamostras muito limitadas não é admissível. Na maior parte das vezes, no entanto, é isso o que ocorre: em uma amostra nacional com 2 mil entrevistas (qualquer que seja o tamanho de eventuais expansões estaduais), entrevistados de famílias com mais de dez salários mínimos de renda, são cerca de cem, se não se fizer uma cota específica. Em um estrato desse tamanho, a margem de erro pode passar de 30%, tornando qualquer interpretação puro exercício de fantasia.
Para indicar quão frágil é o argumento, podemos ver na tabela abaixo o resultado das respostas sobre intenção de voto entre pessoas com esse nível de renda, em uma amostra cumulativa com cerca de mil entrevistados, ou seja, com tamanho adequado:
O que os dados mostram é que Lula e Alckmin estão muito próximos na intenção de voto desse tipo de eleitor, a rigor empatados, na margem de erro, nacionalmente. Não há, portanto, razão para dizer que o voto em Lula é “miserável”. Considerando apenas os segmentos com renda relativamente mais elevada, ele tem tantos votos quanto o candidato do PSDB.
A virada é realidade. Segundo turno na Bahia
A poucas horas das eleições, a TV Bahia, afiliada da TV Globo, divulgou a última pesquisa Ibope, que indica o segundo turno no Estado.
O candidato Paulo Souto (PFL) tem apenas com 51% dos votos válidos (descontados os índices de votos brancos e nulos).
Jaques Wagner (PT) tem 41%. Os outros candidatos somam 8%.
Isso indica que são 51% a 49%. Apenas 2% para Souto, porém com o diferencial de que Wagner está em ascenção e Souto em vertiginosa queda, como já divulgado aqui.
O Ibope ouviu 2003 eleitores baianos entre os dias 28 e 30 de setembro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos e a pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) sob o número 24.209/2006.
Considerando a margem de erro de três pontos, Souto não superaria o percentual dos demais candidatos somados. O pefelista poderia ter de 48% a 54%, enquanto a soma dos demais candidatos poderia oscilar entre 46% e 52%, fator que provocaria o segundo turno.
Senado
João Durval (PDT) lidera com 34%;
Antonio Imbassahy (PSDB) tem 23%;
Rodolpho Tourinho(PFL), 22%.
Adios muchachos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Fonte: Eudes Paiva
O candidato Paulo Souto (PFL) tem apenas com 51% dos votos válidos (descontados os índices de votos brancos e nulos).
Jaques Wagner (PT) tem 41%. Os outros candidatos somam 8%.
Isso indica que são 51% a 49%. Apenas 2% para Souto, porém com o diferencial de que Wagner está em ascenção e Souto em vertiginosa queda, como já divulgado aqui.
O Ibope ouviu 2003 eleitores baianos entre os dias 28 e 30 de setembro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos e a pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) sob o número 24.209/2006.
Considerando a margem de erro de três pontos, Souto não superaria o percentual dos demais candidatos somados. O pefelista poderia ter de 48% a 54%, enquanto a soma dos demais candidatos poderia oscilar entre 46% e 52%, fator que provocaria o segundo turno.
Senado
João Durval (PDT) lidera com 34%;
Antonio Imbassahy (PSDB) tem 23%;
Rodolpho Tourinho(PFL), 22%.
Adios muchachos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Fonte: Eudes Paiva
26 setembro 2006
Eleição será decidida no 1º turno, confirma Sensus
O caso do Dossiê Serra não teve qualquer impacto importante sobre o eleitorado brasileiro, segundo a pesquisa do instituto Sensus, divulgada na manhã desta terça-feira.
Os números continuam apontando a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já no primeiro turno, com 59% dos votos válidos. O estudo, encomendado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), aponta que as intenções de voto de Lula ficaram praticamente estáveis:
Lula - de 51,4%, no final de agosto, para 51,1%, agora.
Alckmin - de 19,6%, no final de agosto, para 27,5%, agora.
Heloísa - de 8,6%, no final de agosto, para 5,7%, agora.
O candidato do PDT, Cristovam Buarque tem 1,6% dos votos válidos. O pedetista se manteve estável com relação ao último levantamento. Os demais candidatos não chegam a 1%.
Margem de erro de 3 pontos percentuais.
O Instituto Sensus entrevistou 2.000 pessoas entre os dias 22 e 24 de setembro, em 195 municípios do país.
Ibope já sabia
O Dossiê Serra, segundo 68% dos entrevistados pela pesquisa Ibope registrada no TSE sob o número 18.767/06 e divulgada nesta segunda-feira, não afeta mesmo o candidato do PT.
Somente 21% dos ouvidos consideraram a possibilidade de mudar o voto em função do escândalo, e parte deles acredita que Alckmin pode estar envolvido no escândalo e tende a não votar mais no tucano. Apenas 11% não sabem ou não opinaram.
Entre os eleitores do presidente Lula nas eleições de 2002, 69% não mudam o voto e 21% admitem que podem mudar. Mas entre os que dizem ter votado em Serra o resultado é semelhante: 71% não mudam e 20% podem mudar de opinião.
Os números continuam apontando a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já no primeiro turno, com 59% dos votos válidos. O estudo, encomendado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), aponta que as intenções de voto de Lula ficaram praticamente estáveis:
Lula - de 51,4%, no final de agosto, para 51,1%, agora.
Alckmin - de 19,6%, no final de agosto, para 27,5%, agora.
Heloísa - de 8,6%, no final de agosto, para 5,7%, agora.
O candidato do PDT, Cristovam Buarque tem 1,6% dos votos válidos. O pedetista se manteve estável com relação ao último levantamento. Os demais candidatos não chegam a 1%.
Margem de erro de 3 pontos percentuais.
O Instituto Sensus entrevistou 2.000 pessoas entre os dias 22 e 24 de setembro, em 195 municípios do país.
Ibope já sabia
O Dossiê Serra, segundo 68% dos entrevistados pela pesquisa Ibope registrada no TSE sob o número 18.767/06 e divulgada nesta segunda-feira, não afeta mesmo o candidato do PT.
Somente 21% dos ouvidos consideraram a possibilidade de mudar o voto em função do escândalo, e parte deles acredita que Alckmin pode estar envolvido no escândalo e tende a não votar mais no tucano. Apenas 11% não sabem ou não opinaram.
Entre os eleitores do presidente Lula nas eleições de 2002, 69% não mudam o voto e 21% admitem que podem mudar. Mas entre os que dizem ter votado em Serra o resultado é semelhante: 71% não mudam e 20% podem mudar de opinião.
24 setembro 2006
Comparação com Watergate é impertinente e absurda
Lula não é Nixon, Marco Aurélio de Mello não é Bob Woodward.
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Essa comparação é curiosa para um cidadão, impertinente para um magistrado, absurda para um presidente de tribunal.
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O PRESIDENTE DO Tribunal Superior Eleitoral, ministro Marco Aurélio de Mello, precisa conter a devoção que tem pela voz do doutor Marco Aurélio de Mello. Sua comparação das malfeitorias petistas com o caso Watergate é curiosa para um cidadão, impertinente para um magistrado, absurda para o presidente de um tribunal eleitoral.
Numa entrevista aos repórteres Luiz Orlando Carneiro e Tales Faria, o ministro produziu uma salada. Perguntaram-lhe se via "semelhanças" entre os dois casos e ele disse: "Não, não vejo.... É algo muito pior! Não há comparação. Aquela escuta foi realmente muito terrível. Mas, agora, o que temos é uma somatória de desvios de poder. "Se o ministro acredita que o caso do PT é realmente "muito pior", mistura duas equipes de tabajaras, uma americana e outra brasileira, associando um episódio passado (a renúncia do presidente Richard Nixon) e uma crise recente (o envolvimento de Lula nas malfeitorias petistas).
A associação é capenga. Nixon encrencou-se quando dois assessores testemunharam que havia usado a Presidência para obstruir o trabalho da Justiça. Foi a pique quando teve que entregar as fitas das gravações clandestinas que fazia no Salão Oval. (Ele não foi o primeiro. O grampo presidencial tornara-se rotina nas reuniões de John Kennedy e nos telefonemas de Lyndon Johnson.)
Há uma diferença essencial entre o Watergate e as malfeitorias petistas: ninguém provou que Lula obstruiu investigações policiais ou a ação da Justiça. A idéia de "pior" sugere um nível de malfeitoria que não chegou (ainda) ao campo das provas. O que vem a ser um "desvio de poder", não se sabe, mas até onde a vista alcança, se alguém cometeu desvios foi o doutor Ricardo Berzoini com seu dispositivo de mídia.
Uma das boas coisas da vida para colunistas e redatores é a construção de vinhetas históricas comparando alhos com bugalhos. Quando o presidente do Tribunal Superior Eleitoral entra nesse tipo de exercício, a Justiça perde. Os repórteres Bob Woodward e Carl Bernstein achavam que o caso Watergate era "muito pior" do que se pensava, mas eram repórteres, não eram magistrados.
Enquanto a ministra Ellen Gracie estiver na presidência do Supremo, bem que se poderia criar um sistema de cotas verbais: todos os ministros podem falar quanto quiserem fora da Corte, desde que não ultrapassem em dez vezes o tamanho das falas da presidente. Como ela raramente excede duas frases por semana, ficaria tudo mais simples.
De Elio Gaspari - "Jornal O Globo"
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Essa comparação é curiosa para um cidadão, impertinente para um magistrado, absurda para um presidente de tribunal.
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O PRESIDENTE DO Tribunal Superior Eleitoral, ministro Marco Aurélio de Mello, precisa conter a devoção que tem pela voz do doutor Marco Aurélio de Mello. Sua comparação das malfeitorias petistas com o caso Watergate é curiosa para um cidadão, impertinente para um magistrado, absurda para o presidente de um tribunal eleitoral.
Numa entrevista aos repórteres Luiz Orlando Carneiro e Tales Faria, o ministro produziu uma salada. Perguntaram-lhe se via "semelhanças" entre os dois casos e ele disse: "Não, não vejo.... É algo muito pior! Não há comparação. Aquela escuta foi realmente muito terrível. Mas, agora, o que temos é uma somatória de desvios de poder. "Se o ministro acredita que o caso do PT é realmente "muito pior", mistura duas equipes de tabajaras, uma americana e outra brasileira, associando um episódio passado (a renúncia do presidente Richard Nixon) e uma crise recente (o envolvimento de Lula nas malfeitorias petistas).
A associação é capenga. Nixon encrencou-se quando dois assessores testemunharam que havia usado a Presidência para obstruir o trabalho da Justiça. Foi a pique quando teve que entregar as fitas das gravações clandestinas que fazia no Salão Oval. (Ele não foi o primeiro. O grampo presidencial tornara-se rotina nas reuniões de John Kennedy e nos telefonemas de Lyndon Johnson.)
Há uma diferença essencial entre o Watergate e as malfeitorias petistas: ninguém provou que Lula obstruiu investigações policiais ou a ação da Justiça. A idéia de "pior" sugere um nível de malfeitoria que não chegou (ainda) ao campo das provas. O que vem a ser um "desvio de poder", não se sabe, mas até onde a vista alcança, se alguém cometeu desvios foi o doutor Ricardo Berzoini com seu dispositivo de mídia.
Uma das boas coisas da vida para colunistas e redatores é a construção de vinhetas históricas comparando alhos com bugalhos. Quando o presidente do Tribunal Superior Eleitoral entra nesse tipo de exercício, a Justiça perde. Os repórteres Bob Woodward e Carl Bernstein achavam que o caso Watergate era "muito pior" do que se pensava, mas eram repórteres, não eram magistrados.
Enquanto a ministra Ellen Gracie estiver na presidência do Supremo, bem que se poderia criar um sistema de cotas verbais: todos os ministros podem falar quanto quiserem fora da Corte, desde que não ultrapassem em dez vezes o tamanho das falas da presidente. Como ela raramente excede duas frases por semana, ficaria tudo mais simples.
De Elio Gaspari - "Jornal O Globo"
21 setembro 2006
MOBILIZAÇÃO POPULAR CONTRA O GOLPE
A oposição criminosa de Jereissati e ACM, os fanáticos onanistas da extrema direita e os barões da imprensa movem neste momento uma ação explícita de golpe contra a democracia e o Estado de Direito.
O ridículo "escândalo do dossiê" contra José Serra e o PSDB está sendo utilizado como pretexto para melar a eleição e criar um clima de desordem institucional, inclusive com a promoção da baderna nas duas casas do Parlamento.
O momento é gravíssimo, marcado por uma agressiva ação coordenada de toda a grande mídia. Quem assistiu ontem ao Jornal Nacional, da Rede Globo, testemunhou um estarrecedor show de deturpações, exageros e de propaganda golpista.
O mesmo está ocorrendo ininterruptamente nos canais das mídias digitais. Todo o sistema de comunicação da maior agência do País, a Agência Estado, por exemplo, está sendo utilizado para desestabilizar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O site oficial e os canais particulares de notícia do Grupo Estado estão mobilizados 24 horas por dia nessa missão destrutiva, repetindo o modus operandi dos veículos de informação que prepararam o golpe contra o presidente venezuelano Hugo Chavez.
O fenômeno se repete em outras fontes informativas. A ordem geral, segundo o "consenso de mídia", grupo fortemente influenciado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, é explorar ao máximo tudo que seja desfavorável ao governo.
Simultaneamente, trabalha-se pela santificação da oposição, desenhada como vítima das "vilanias" petistas.
Vale nos conscientizarmos todos de quatro pontos fundamentais nesta guerra:
1) A compra pura e simples de informação não se constitui em crime. Pode-se admitir a prática de delito apenas em caso de uso ilegal do conteúdo, e desde que se configure em injúria, calúnia ou difamação contra instituição ou cidadão.
O material supostamente oferecido pelos Vedoin comprova, sim, a coexistência pacífica entre José Serra e os sanguessugas. Há duas opções: ou ele era partícipe do esquema ou foi incompetente para detectar os graves desvios cometidos no Ministério da Saúde.
2) Todo o esquema para a compra do dossiê foi abortado pela própria PF, o que mostra que o governo não tem utilizado os aparatos policiais do Estado em benefício próprio.
3) O grande réu neste caso é José Serra e seu partido, o PSDB. Depoimentos do criminoso Comendador Arcanjo e dos donos da Planam atestam a parceria entre o PSDB de Mato Grosso e as máfias locais.
A manipulação vergonhosa da imprensa brasileira está desviando o foco do debate. É Serra e seu partido de delinqüentes que devem explicações à sociedade brasileira.
4) A questão é a seguinte: O Excelentíssimo Senhor Marco Aurélio de Mello, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, extrapola suas funções ao emitir pareceres pessoais e políticos sobre os casos levados a sua magistratura? Pelo menos é de se espantar a reunião que fez com os líderes da oposição, no dia 18, desprezando a isenção que deveria nortear seu trabalho.
Portanto, neste momento, é importantíssimo que escrevamos imediatamente para todas as redações de jornais, revistas, TVs e emissoras de rádio para mostrar que não nos calaremos diante da tentativa de golpe. O mesmo se aplica do TSE, que deve saber de nosso alarme com o desvirtuamento da instituição.
Nesta hora, cada um tem assumir a luta em sua trincheira. Cada um tem que oferecer sua parcela de contribuição. Escrever para todos os amigos e familiares, especialmente para aqueles que não se ligam diretamente na luta política. São eles os principais alvos da campanha do golpe.
Esta é uma tarefa para ontem. É começar já!
Lula é muitos!!!
Mauro Carrara
Jornalista
Fortaleça a imprensa independente do Brasil e a Livre Expressão disseminando este artigo para sua rede de relacionamento. Imprima, publique no seu site ou blog ou envie por e-mail.
O ridículo "escândalo do dossiê" contra José Serra e o PSDB está sendo utilizado como pretexto para melar a eleição e criar um clima de desordem institucional, inclusive com a promoção da baderna nas duas casas do Parlamento.
O momento é gravíssimo, marcado por uma agressiva ação coordenada de toda a grande mídia. Quem assistiu ontem ao Jornal Nacional, da Rede Globo, testemunhou um estarrecedor show de deturpações, exageros e de propaganda golpista.
O mesmo está ocorrendo ininterruptamente nos canais das mídias digitais. Todo o sistema de comunicação da maior agência do País, a Agência Estado, por exemplo, está sendo utilizado para desestabilizar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O site oficial e os canais particulares de notícia do Grupo Estado estão mobilizados 24 horas por dia nessa missão destrutiva, repetindo o modus operandi dos veículos de informação que prepararam o golpe contra o presidente venezuelano Hugo Chavez.
O fenômeno se repete em outras fontes informativas. A ordem geral, segundo o "consenso de mídia", grupo fortemente influenciado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, é explorar ao máximo tudo que seja desfavorável ao governo.
Simultaneamente, trabalha-se pela santificação da oposição, desenhada como vítima das "vilanias" petistas.
Vale nos conscientizarmos todos de quatro pontos fundamentais nesta guerra:
1) A compra pura e simples de informação não se constitui em crime. Pode-se admitir a prática de delito apenas em caso de uso ilegal do conteúdo, e desde que se configure em injúria, calúnia ou difamação contra instituição ou cidadão.
O material supostamente oferecido pelos Vedoin comprova, sim, a coexistência pacífica entre José Serra e os sanguessugas. Há duas opções: ou ele era partícipe do esquema ou foi incompetente para detectar os graves desvios cometidos no Ministério da Saúde.
2) Todo o esquema para a compra do dossiê foi abortado pela própria PF, o que mostra que o governo não tem utilizado os aparatos policiais do Estado em benefício próprio.
3) O grande réu neste caso é José Serra e seu partido, o PSDB. Depoimentos do criminoso Comendador Arcanjo e dos donos da Planam atestam a parceria entre o PSDB de Mato Grosso e as máfias locais.
A manipulação vergonhosa da imprensa brasileira está desviando o foco do debate. É Serra e seu partido de delinqüentes que devem explicações à sociedade brasileira.
4) A questão é a seguinte: O Excelentíssimo Senhor Marco Aurélio de Mello, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, extrapola suas funções ao emitir pareceres pessoais e políticos sobre os casos levados a sua magistratura? Pelo menos é de se espantar a reunião que fez com os líderes da oposição, no dia 18, desprezando a isenção que deveria nortear seu trabalho.
Portanto, neste momento, é importantíssimo que escrevamos imediatamente para todas as redações de jornais, revistas, TVs e emissoras de rádio para mostrar que não nos calaremos diante da tentativa de golpe. O mesmo se aplica do TSE, que deve saber de nosso alarme com o desvirtuamento da instituição.
Nesta hora, cada um tem assumir a luta em sua trincheira. Cada um tem que oferecer sua parcela de contribuição. Escrever para todos os amigos e familiares, especialmente para aqueles que não se ligam diretamente na luta política. São eles os principais alvos da campanha do golpe.
Esta é uma tarefa para ontem. É começar já!
Lula é muitos!!!
Mauro Carrara
Jornalista
Fortaleça a imprensa independente do Brasil e a Livre Expressão disseminando este artigo para sua rede de relacionamento. Imprima, publique no seu site ou blog ou envie por e-mail.
13 setembro 2006
Ibope confirma: a hora da virada chegou. Wagner cresce 10 pontos, Souto cai.
A 20 dias das eleições de 1º de outubro a pesquisa Ibope/TV Bahia, divulgada ontem (11/09) à noite, confirma que a hora da virada chegou.
Com crescimento de 10 pontos percentuais da candidatura de Wagner ao governo do Bahia, que passou de 16% na rodada estimulada de 15 de agosto, para 26%. “E vamos crescer ainda mais” afirma Wagner explicando que nas eleições de 2002, no mesmo período, o Ibope lhe dava 18% contra 56% do candidato do PFL. “As urnas acabaram me dando 38,5% dos votos válidos, uma diferença de apenas 4% para garantir o segundo turno” explica.
A pesquisa mostra que a campanha de Wagner vem crescendo a cada dia. Na primeira pesquisa realizada no dia 26 de julho, Wagner tinha 13%, na segunda em 15 de agosto 16%, agora 26%.
“A hora de virada chegou”. Paulo Souto caiu de 52% para 50%. Ou seja, a 20 dias das eleições, o quadro indica mudança. “O eleitor baiano cansou desse governo e quer uma novo projeto político, vinculado ao do presidente Lula” garante Wagner.
A pesquisa Ibope/TV Bahia foi realizada entre os dias 8 e 10 deste mês e ouviu 1.008 eleitores em 60 municípios, inclusive a capital. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais e para menos.
Com crescimento de 10 pontos percentuais da candidatura de Wagner ao governo do Bahia, que passou de 16% na rodada estimulada de 15 de agosto, para 26%. “E vamos crescer ainda mais” afirma Wagner explicando que nas eleições de 2002, no mesmo período, o Ibope lhe dava 18% contra 56% do candidato do PFL. “As urnas acabaram me dando 38,5% dos votos válidos, uma diferença de apenas 4% para garantir o segundo turno” explica.
A pesquisa mostra que a campanha de Wagner vem crescendo a cada dia. Na primeira pesquisa realizada no dia 26 de julho, Wagner tinha 13%, na segunda em 15 de agosto 16%, agora 26%.
“A hora de virada chegou”. Paulo Souto caiu de 52% para 50%. Ou seja, a 20 dias das eleições, o quadro indica mudança. “O eleitor baiano cansou desse governo e quer uma novo projeto político, vinculado ao do presidente Lula” garante Wagner.
A pesquisa Ibope/TV Bahia foi realizada entre os dias 8 e 10 deste mês e ouviu 1.008 eleitores em 60 municípios, inclusive a capital. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais e para menos.
10 setembro 2006
Mino Carta desabafa
POR QUE A REELEIÇÃO DE LULA
O presidente até agora não aproveitou as melhores chances, mas ainda tem a de ser mediador no País dividido abruptamente entre ricos e pobres.
Há quatro anos CartaCapital fez sua opção, declarou explicitamente preferência pela candidatura Lula no confronto com José Serra. Agora volta a escolher o presidente no embate contra Geraldo Alckmin. Em 2002, não faltou quem condenasse nosso comportamento, por considerá-lo impróprio de um jornalismo isento e pluralista.
Essas definições às vésperas de uma eleição são comuns, no entanto, nas melhores mídias do mundo. De resto, aqui mesmo, o O Estado de S. Paulo apoiou abertamente a candidatura de Serra, ao contrário dos demais que alardeavam, e impávidos alardeiam, uma eqüidistância inexistente. Isto, em castiço, chama-se hipocrisia.
Criticado.
CartaCapital esperava mais, muito mais, do primeiro mandato
Dependesse dos donos da mídia nativa, não sobraria pedra sobre pedra do governo que se encerra. Outros senhores, mais céticos, afirmam que tudo dá na mesma. CartaCapital entende que a prática da política há de ser pragmática, donde encaramos a reeleição como mais conveniente para o País.
Esta revista não se furtou, nos últimos quatro anos, às críticas, às vezes contundentes, ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Fomos desabridamente contrários à política econômica da parceria Palocci-Meirelles e não hesitamos em expor a nossa insatisfação com a política social, tímida demais do nosso ponto de vista na terra vice-campeã mundial em má distribuição de renda.
Condenamos peremptoriamente a política relativa aos transgênicos, a favorecer a Monsanto, a qual, está claro, nunca mais anunciou em CartaCapital. Na área da comunicação denunciamos amiúde a submissão aos interesses da Globo, tão bem defendidos pelo ministro Hélio Costa, e nunca deixamos de exigir a apuração rigorosa das malversações de todos os gêneros.
Política, contudo, não se faz para bochechar sangue humano. Tampouco jornalismo. Justiça, em compensação, impõe fidelidade canina ao preceito inalterável: in dubio pro reo. Ninguém haverá de ser sentenciado sem provas, e estas faltaram à inquisição antimensalão, conduzida pelos torquemadas de plantão com o transparente propósito de solapar a reeleição. Ou mesmo de impedi-la por alguma forma jurássica de violência, como ainda hoje invoca Fernando Henrique, saudoso de Carlos Lacerda.
O governo Lula ficou longe daquele que teríamos desejado. Tem, entretanto, seu trunfo, a própria eleição de um ex-metalúrgico, retirante nordestino, para a Presidência da República, a despeito da ojeriza, quando não o ódio, que nutrem por ele graúdos de vários calibres, e aspirantes a graúdos.
O povo brasileiro identifica-se com um igual, e isto explica a reeleição iminente. Já escrevi, e repito: a mídia que se diz isenta deveria meditar sobre seu fracasso. Esforçou-se com empenho máximo para fazer buracos n’água.
Volta e meia, alguém aparece para nos acusar de “lulistas” e “petistas”. Não somos nem uma coisa nem, muito menos, outra. Pessoalmente, tenho a honra de ter sido o primeiro profissional a perceber no presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, faz 29 anos, o poder de liderança, o QI alto, o carisma de alguém habilitado a fazer história.
Antes de mais nada, sinto por Lula uma ótima amizade, embora nem sempre em perfeita concórdia. O apoio de CartaCapital nasce apenas da convicção de que Lula ainda dispõe de documentos em dia para exercer a mediação, mais cedo ou mais tarde inevitável, entre ricos e pobres, poucos aqueles, muitíssimos estes, até a exorbitância.
Quem não percebe a gravidade da situação a meu ver vive em um limbo atroz. O conflito de classe, como se deu na Europa, entre 1800 e 1900, nem seria imaginável por aqui. A industrialização por lá criou um proletariado que almejava as benesses burguesas e, portanto, partidos de esquerda autênticos e sindicatos fortes. Em boa parte, conseguiram o que queriam.
Observa-se, aqui, outro fenômeno. Retas opostas que miram no infinito e na incerteza, uma é o caminho dos privilegiados, de matizes bem distintos, neste canto onde quem ganha dez salários mínimos tem direito a se apresentar como classe média. Média? E os donos do poder? E os grandes executivos, os grandes jornalistas, os grandes publicitários, os grandes futebolistas? Grandes? Bah...
Eis a aristocracia verde-amarela. Outra reta é caminho de todos os demais, maioria de formigueiro, enquanto no meio, entre a primeira e a segunda, fermenta a miséria, avassaladora, implacável, com o impulso negativo, e decisivo, do crescimento pífio. Insuficiente. A cada ano, o abismo aprofunda-se, e é nele que medram o PCC, o tráfico dos morros, a espantosa insegurança das nossas cidades.
E medram o desalento, o desencanto, a desilusão. E o ressentimento, o rancor, a raiva. Soletra-se que o povo brasileiro é cordial, para significar resignado. Submisso. Não será para sempre, e claros sinais da insatisfação estão no ar, em meio à despolitização progressiva.
O Brasil não precisa de salvadores da pátria, precisa é de um mediador. Para tanto, na arena, Lula é o mais qualificado. Resta ver se saberá estar à altura da tarefa, de verdade imponente. CartaCapital faz a sua aposta, com a devida cautela. Há quem sustente que pretendemos compensações. Troca alguma, é óbvio.
Do governo gostaríamos apenas de isonomia na distribuição da publicidade governista. Foi o que esperamos em 2003. Vínhamos de largo período de vacas da savana, graças ao democrata FHC, que praticamente nos negou seus anúncios oito anos a fio. Não é que a isonomia tenha sempre vigorado durante os quatro anos lulistas. Por exemplo, CartaCapital faturou menos junto ao governo do que Exame, da Editora Abril, revista quinzenal de business. A nossa é semanal de política, economia e cultura. Que, aliás está a ser inventada nos Estados Unidos pela Time.
O novo diretor do news magazine anuncia a mudança radical em tempos de internet: vai investir em opinião e análise, eventualmente em informação exclusiva, e sair às sextas-feiras, em lugar das segundas. Bem, o mundo se curva. Já o Brasil... Experimento o impulso de recontar uma história deplorável, capaz de mostrar certas dificuldades da nossa relação com um governo que, segundo nossos solertes detratores (caluniadores?), nos beneficia com generosidade infinda.
Quando Tarso Genro ocupou a pasta da Educação, a Editora Confiança apresentou o projeto de publicação mensal destinada ao ensino médio. Foi recebido com entusiasmo. Mas quando chegou a hora de pôr os pingos nos is, ente atônitos e perplexos, os representantes da editora de CartaCapital tiveram de sentar-se ao lado dos colegas de Veja, Época e IstoÉ.
O coordenador ministerial da reunião extraiu da pasta o número zero daquela que teria de ser Carta na Escola e disse: eis o modelo, façam igual, cada um a cada semana. A quadratura do círculo: o mês, como se sabe, tem quatro semanas. Claro incentivo à cópia e consagração da falta de ética. E demonstração da subserviência aos interesses dos senhores da mídia.
A Editora Confiança decidiu bancar Carta na Escola por conta própria, e a mensal completa nestes dias nove meses de vida. Do Ministério da Educação queremos distância.
Leia mais na CartaCapital desta semana.
O presidente até agora não aproveitou as melhores chances, mas ainda tem a de ser mediador no País dividido abruptamente entre ricos e pobres.
Há quatro anos CartaCapital fez sua opção, declarou explicitamente preferência pela candidatura Lula no confronto com José Serra. Agora volta a escolher o presidente no embate contra Geraldo Alckmin. Em 2002, não faltou quem condenasse nosso comportamento, por considerá-lo impróprio de um jornalismo isento e pluralista.
Essas definições às vésperas de uma eleição são comuns, no entanto, nas melhores mídias do mundo. De resto, aqui mesmo, o O Estado de S. Paulo apoiou abertamente a candidatura de Serra, ao contrário dos demais que alardeavam, e impávidos alardeiam, uma eqüidistância inexistente. Isto, em castiço, chama-se hipocrisia.
Criticado.
CartaCapital esperava mais, muito mais, do primeiro mandato
Dependesse dos donos da mídia nativa, não sobraria pedra sobre pedra do governo que se encerra. Outros senhores, mais céticos, afirmam que tudo dá na mesma. CartaCapital entende que a prática da política há de ser pragmática, donde encaramos a reeleição como mais conveniente para o País.
Esta revista não se furtou, nos últimos quatro anos, às críticas, às vezes contundentes, ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Fomos desabridamente contrários à política econômica da parceria Palocci-Meirelles e não hesitamos em expor a nossa insatisfação com a política social, tímida demais do nosso ponto de vista na terra vice-campeã mundial em má distribuição de renda.
Condenamos peremptoriamente a política relativa aos transgênicos, a favorecer a Monsanto, a qual, está claro, nunca mais anunciou em CartaCapital. Na área da comunicação denunciamos amiúde a submissão aos interesses da Globo, tão bem defendidos pelo ministro Hélio Costa, e nunca deixamos de exigir a apuração rigorosa das malversações de todos os gêneros.
Política, contudo, não se faz para bochechar sangue humano. Tampouco jornalismo. Justiça, em compensação, impõe fidelidade canina ao preceito inalterável: in dubio pro reo. Ninguém haverá de ser sentenciado sem provas, e estas faltaram à inquisição antimensalão, conduzida pelos torquemadas de plantão com o transparente propósito de solapar a reeleição. Ou mesmo de impedi-la por alguma forma jurássica de violência, como ainda hoje invoca Fernando Henrique, saudoso de Carlos Lacerda.
O governo Lula ficou longe daquele que teríamos desejado. Tem, entretanto, seu trunfo, a própria eleição de um ex-metalúrgico, retirante nordestino, para a Presidência da República, a despeito da ojeriza, quando não o ódio, que nutrem por ele graúdos de vários calibres, e aspirantes a graúdos.
O povo brasileiro identifica-se com um igual, e isto explica a reeleição iminente. Já escrevi, e repito: a mídia que se diz isenta deveria meditar sobre seu fracasso. Esforçou-se com empenho máximo para fazer buracos n’água.
Volta e meia, alguém aparece para nos acusar de “lulistas” e “petistas”. Não somos nem uma coisa nem, muito menos, outra. Pessoalmente, tenho a honra de ter sido o primeiro profissional a perceber no presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, faz 29 anos, o poder de liderança, o QI alto, o carisma de alguém habilitado a fazer história.
Antes de mais nada, sinto por Lula uma ótima amizade, embora nem sempre em perfeita concórdia. O apoio de CartaCapital nasce apenas da convicção de que Lula ainda dispõe de documentos em dia para exercer a mediação, mais cedo ou mais tarde inevitável, entre ricos e pobres, poucos aqueles, muitíssimos estes, até a exorbitância.
Quem não percebe a gravidade da situação a meu ver vive em um limbo atroz. O conflito de classe, como se deu na Europa, entre 1800 e 1900, nem seria imaginável por aqui. A industrialização por lá criou um proletariado que almejava as benesses burguesas e, portanto, partidos de esquerda autênticos e sindicatos fortes. Em boa parte, conseguiram o que queriam.
Observa-se, aqui, outro fenômeno. Retas opostas que miram no infinito e na incerteza, uma é o caminho dos privilegiados, de matizes bem distintos, neste canto onde quem ganha dez salários mínimos tem direito a se apresentar como classe média. Média? E os donos do poder? E os grandes executivos, os grandes jornalistas, os grandes publicitários, os grandes futebolistas? Grandes? Bah...
Eis a aristocracia verde-amarela. Outra reta é caminho de todos os demais, maioria de formigueiro, enquanto no meio, entre a primeira e a segunda, fermenta a miséria, avassaladora, implacável, com o impulso negativo, e decisivo, do crescimento pífio. Insuficiente. A cada ano, o abismo aprofunda-se, e é nele que medram o PCC, o tráfico dos morros, a espantosa insegurança das nossas cidades.
E medram o desalento, o desencanto, a desilusão. E o ressentimento, o rancor, a raiva. Soletra-se que o povo brasileiro é cordial, para significar resignado. Submisso. Não será para sempre, e claros sinais da insatisfação estão no ar, em meio à despolitização progressiva.
O Brasil não precisa de salvadores da pátria, precisa é de um mediador. Para tanto, na arena, Lula é o mais qualificado. Resta ver se saberá estar à altura da tarefa, de verdade imponente. CartaCapital faz a sua aposta, com a devida cautela. Há quem sustente que pretendemos compensações. Troca alguma, é óbvio.
Do governo gostaríamos apenas de isonomia na distribuição da publicidade governista. Foi o que esperamos em 2003. Vínhamos de largo período de vacas da savana, graças ao democrata FHC, que praticamente nos negou seus anúncios oito anos a fio. Não é que a isonomia tenha sempre vigorado durante os quatro anos lulistas. Por exemplo, CartaCapital faturou menos junto ao governo do que Exame, da Editora Abril, revista quinzenal de business. A nossa é semanal de política, economia e cultura. Que, aliás está a ser inventada nos Estados Unidos pela Time.
O novo diretor do news magazine anuncia a mudança radical em tempos de internet: vai investir em opinião e análise, eventualmente em informação exclusiva, e sair às sextas-feiras, em lugar das segundas. Bem, o mundo se curva. Já o Brasil... Experimento o impulso de recontar uma história deplorável, capaz de mostrar certas dificuldades da nossa relação com um governo que, segundo nossos solertes detratores (caluniadores?), nos beneficia com generosidade infinda.
Quando Tarso Genro ocupou a pasta da Educação, a Editora Confiança apresentou o projeto de publicação mensal destinada ao ensino médio. Foi recebido com entusiasmo. Mas quando chegou a hora de pôr os pingos nos is, ente atônitos e perplexos, os representantes da editora de CartaCapital tiveram de sentar-se ao lado dos colegas de Veja, Época e IstoÉ.
O coordenador ministerial da reunião extraiu da pasta o número zero daquela que teria de ser Carta na Escola e disse: eis o modelo, façam igual, cada um a cada semana. A quadratura do círculo: o mês, como se sabe, tem quatro semanas. Claro incentivo à cópia e consagração da falta de ética. E demonstração da subserviência aos interesses dos senhores da mídia.
A Editora Confiança decidiu bancar Carta na Escola por conta própria, e a mensal completa nestes dias nove meses de vida. Do Ministério da Educação queremos distância.
Leia mais na CartaCapital desta semana.
27 agosto 2006
Lula 49%, Alckmin 22% e Heloísa cai para 9%, diz Estado/Ibope
Lula em Campinas
A 34 dias das eleições, o presidente Lula vive num mar de rosas e o oposicionista Geraldo Alckmin (PSDB) entra num redemoinho que pode deflagrar uma crise em sua campanha: pesquisa Estado/Ibope que foi a campo entre quarta e sexta-feira mostra que Lula subiu 2 pontos porcentuais e chegou aos 49% (47% há 9 dias), enquanto Alckmin subiu 1 ponto e foi para 22% (21% há 9 dias).
O novo resultado não deixa dúvidas: o horário eleitoral, que segundo Alckmin mudaria tudo, após duas semanas foi insuficiente sequer para arranhar a vantagem de Lula.
O mais complicado para o tucano é que, se ele e Lula subiram dentro da margem de erro da pesquisa, a terceira colocada, a candidata Heloísa Helena (PSOL), caiu 3 pontos e desceu para apenas 9%, diminuindo ainda mais a possibilidade de haver um segundo turno.
Agora, a vantagem do presidente sobre os demais adversários é de 15 pontos porcentuais (11 pontos há 9 dias); ele tem 49% e a soma dos adversários é de 34%, diferença que ameaça consolidar uma decisão no primeiro turno.
A 34 dias das eleições, o presidente Lula vive num mar de rosas e o oposicionista Geraldo Alckmin (PSDB) entra num redemoinho que pode deflagrar uma crise em sua campanha: pesquisa Estado/Ibope que foi a campo entre quarta e sexta-feira mostra que Lula subiu 2 pontos porcentuais e chegou aos 49% (47% há 9 dias), enquanto Alckmin subiu 1 ponto e foi para 22% (21% há 9 dias).
O novo resultado não deixa dúvidas: o horário eleitoral, que segundo Alckmin mudaria tudo, após duas semanas foi insuficiente sequer para arranhar a vantagem de Lula.
O mais complicado para o tucano é que, se ele e Lula subiram dentro da margem de erro da pesquisa, a terceira colocada, a candidata Heloísa Helena (PSOL), caiu 3 pontos e desceu para apenas 9%, diminuindo ainda mais a possibilidade de haver um segundo turno.
Agora, a vantagem do presidente sobre os demais adversários é de 15 pontos porcentuais (11 pontos há 9 dias); ele tem 49% e a soma dos adversários é de 34%, diferença que ameaça consolidar uma decisão no primeiro turno.
23 agosto 2006
Site do PT volta ao ar; partido vai pedir à PF que investigue invasão
O Partido dos Trabalhadores vai acionar a Polícia Federal – e seu departamento especializado em crimes na Internet – para que investigue a invasão do site do PT Nacional por um hacker, ocorrida na tarde desta quarta-feira (23).
O hacker entrou no banco de notícias do site por volta das 13h e substituiu todos os links relacionados a esta área (inclusive a página principal) por mensagens ofensivas ao partido e ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição. No final da mensagem, o invasor assina: “Eu voto 45”.
Por este motivo, o site ficou fora do ar por aproximadamente 8 horas – tempo necessário para que a equipe de informática recuperasse os arquivos noticiosos e identificasse a “porta” por onde entrou o invasor.
Não foi possível recuperar os arquivos lançados na página entre ontem (22) e às 13h de hoje, mas as principais notícias desse período serão republicadas nas próximas horas.
O hacker entrou no banco de notícias do site por volta das 13h e substituiu todos os links relacionados a esta área (inclusive a página principal) por mensagens ofensivas ao partido e ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição. No final da mensagem, o invasor assina: “Eu voto 45”.
Por este motivo, o site ficou fora do ar por aproximadamente 8 horas – tempo necessário para que a equipe de informática recuperasse os arquivos noticiosos e identificasse a “porta” por onde entrou o invasor.
Não foi possível recuperar os arquivos lançados na página entre ontem (22) e às 13h de hoje, mas as principais notícias desse período serão republicadas nas próximas horas.
Hackers invadem site do PT para ofender Lula
O site do PT foi invadido hoje por hackers.
Ao acessar o site deparamos com a estrela, marca do partido, em chamas e redirecionado para o endereço http://the-patronus.org/links/fuck_pt.html.
Há textos com ofensas a Lula e ao partido.
E também a frase "Eu voto 45".
O site do partido está com a mensagem de que está em manutenção.
Os hackers assim se identificam:
$cat bi0s.conf grep members
#member: OverKill_
#member: Evolui
#member: D3UX
Contact: bi0st@bsdmail.com or irc.gigachat.net /join #bi0s
Banco de dados Whois dos invasores:
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Last Updated On:27-Feb-2006 08:03:51 UTC
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Admin Email:support@NameCheap.com
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Tech Name:NameCheap.com NameCheap.com
Tech Organization:NameCheap.com
Tech Street1:336 w. Fairview blvd
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Tech City:inglewood
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Dados do Registro.br onde os invasores hospedam a imagem:
domínio: folhaco.com.br
entidade: C. J. Weber - Editoração
documento: 006.297.338/0001-33
responsável: Clairton José Weber
endereço: Rua Tito Lívio- bairro N.S. Aparecida, 804, sala 3
endereço: 78360-000 - Campo Novo do Parecis - MT
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ID cobrança: FAT163
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criado: 11/11/2004 #1883749
expiração: 11/11/2006
alterado: 13/07/2006
status: publicado
ID: FAT163
nome: Fabiola Tormes
e-mail: mano@diariodaserra.com.br
criado: 21/07/2003
alterado: 21/07/2003
ID: IIR18
nome: Izaias Imbilino da Rocha
e-mail: izaiastgamt@ibest.com.br
criado: 15/05/2006
alterado: 15/05/2006
CNPJ utilizado para registro do domínio:
CADASTRO NACIONAL DA PESSOA JURÍDICA
NÚMERO DE INSCRIÇÃO 06.297.338/0001-33
COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO E DE SITUAÇÃO CADASTRAL
DATA DE ABERTURA 02/06/2004
NOME EMPRESARIAL C. J. WEBER - EDITORACAO
TÍTULO DO ESTABELECIMENTO (NOME DE FANTASIA) WP - PROPAGANDA & CIA
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA PRINCIPAL 22.19-5-00 - Edição; edição e impressão de produtos gráficos
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS SECUNDÁRIAS Não informada
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA 213-5 - EMPRESARIO (INDIVIDUAL)
LOGRADOURO RUA TITO OLIVIO
NÚMERO 804
CEP 78.360-000
BAIRRO/DISTRITO: NOSSA SRA APARECIDA
MUNICÍPIO: CAMPO NOVO DO PARECIS
UF: MT
SITUAÇÃO CADASTRAL ATIVA
DATA DA SITUAÇÃO CADASTRAL 03/09/2005
Ao acessar o site deparamos com a estrela, marca do partido, em chamas e redirecionado para o endereço http://the-patronus.org/links/fuck_pt.html.
Há textos com ofensas a Lula e ao partido.
E também a frase "Eu voto 45".
O site do partido está com a mensagem de que está em manutenção.
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#member: OverKill_
#member: Evolui
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Last Updated On:27-Feb-2006 08:03:51 UTC
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nome: Fabiola Tormes
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TÍTULO DO ESTABELECIMENTO (NOME DE FANTASIA) WP - PROPAGANDA & CIA
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CÓDIGO E DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS SECUNDÁRIAS Não informada
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LOGRADOURO RUA TITO OLIVIO
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SITUAÇÃO CADASTRAL ATIVA
DATA DA SITUAÇÃO CADASTRAL 03/09/2005
Diferença de Lula sobre Alckmin aumenta
Tucano pé de chumbo
Evolução dos candidatos em pesquisas do Instituto DataFolha - a mais recente delas, aplicada em 21 e 22.08 junto a 6.279 eleitores em 272 municípios:
Lula - 46% - 44% - 47% - 49%
Alckmin - 29% - 28% - 24% - 25%
Heloisa - 6% - 10% - 12% - 11%
Cristovam - 1%.
Simulação de segundo turno
Lula - 51% - 50% - 54% - 55%
Alckmin - 40% - 40% - 37% - 36%
Avaliação do governo
ótimo/bom - 38% - 45% - 52%
regular - 40% - 36% - 31%
ruim/péssimo - 21% - 18% - 16%
Evolução dos candidatos em pesquisas do Instituto DataFolha - a mais recente delas, aplicada em 21 e 22.08 junto a 6.279 eleitores em 272 municípios:
Lula - 46% - 44% - 47% - 49%
Alckmin - 29% - 28% - 24% - 25%
Heloisa - 6% - 10% - 12% - 11%
Cristovam - 1%.
Simulação de segundo turno
Lula - 51% - 50% - 54% - 55%
Alckmin - 40% - 40% - 37% - 36%
Avaliação do governo
ótimo/bom - 38% - 45% - 52%
regular - 40% - 36% - 31%
ruim/péssimo - 21% - 18% - 16%
20 agosto 2006
Ganho salarial é o maior dos últimos 10 anos
Quase todas as negociações de reajuste salarial no primeiro semestre do ano conseguiram pelo menos repor a inflação acumulada nos 12 meses anteriores à data-base, o melhor resultado desde o início da pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese), iniciada em 1996.
Das 271 negociações pesquisadas, 82% obtiveram reajuste superior ao INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), e 14% tiveram reajustes iguais à inflação, segundo a sondagem divulgada nesta quinta-feira (17).
"As baixas e decrescentes taxas inflacionárias verificadas neste ano, que seguem em declínio e passaram de pouco mais de 5% nos 12 meses anteriores à data-base, permitiram que as negociações registrassem os melhores resultados para um primeiro semestre desde que o Dieese começou a realizar este levantamento", afirmou o estudo.
O comércio foi o setor que mais obteve reajustes salariais superiores à inflação - 91%. Na indústria, esse percentual foi de 84%, e no setor de serviços de 77%.
Em relação ao primeiro semestre de 2005, houve um crescimento superior a 10 pontos percentuais na proporção de reajustes que ao menos conseguiram repor a inflação.
Das 271 negociações pesquisadas, 82% obtiveram reajuste superior ao INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), e 14% tiveram reajustes iguais à inflação, segundo a sondagem divulgada nesta quinta-feira (17).
"As baixas e decrescentes taxas inflacionárias verificadas neste ano, que seguem em declínio e passaram de pouco mais de 5% nos 12 meses anteriores à data-base, permitiram que as negociações registrassem os melhores resultados para um primeiro semestre desde que o Dieese começou a realizar este levantamento", afirmou o estudo.
O comércio foi o setor que mais obteve reajustes salariais superiores à inflação - 91%. Na indústria, esse percentual foi de 84%, e no setor de serviços de 77%.
Em relação ao primeiro semestre de 2005, houve um crescimento superior a 10 pontos percentuais na proporção de reajustes que ao menos conseguiram repor a inflação.
Ibope: Após horário eleitoral, Lula é único que cresce
O Jornal Nacional, da TV Globo, divulgou nova pesquisa Ibope, em que o candidato à reeleição à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, foi o único que apresentou oscilação para cima, após o início do horário eleitoral e as entrevistas feitas pelo telejornal. O petista subiu dos 46% que apresentava na pesquisa do dia 10, para os 47% do novo levantamento.
Não houve variação na pontuação dos demais candidatos. Geraldo Alckmin (PSDB) continua com 21% e Heloisa Helena manteve os 12%. Os demais candidatos mantiveram um ponto percentual de intenção de voto, à excessão de Rui Costa Pimenta, do PCO, que não obteve 1%. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Na simulação de segundo turno, Lula continua vencendo com 53% contra 32% de Alckmin. Antes, a simulação apresentava uma correlação de 51% contra 33%.
A pesquisa também avaliou o governo do presidente Lula. A proporção de entrevistados que consideram bom e ótimo o governo se manteve em 41%, enquanto as avaliações de regular aumentou de 35% para 37%. Ruim e péssimo foram avaliações que oscilaram para baixo de 22% para 21%. Os que não souberam avaliar subiram de 1% para 2%.
Os que aprovam o governo subiram de 56% para 57%, enquanto os que desaprovam se reduziram de 37%dos entrevistados para 34%. O número dos que não sabem responder a esta pergunta também cresceu de 6% para 8%
Veja a variação da inteção de voto estimulada no Ibope/TV Globo:
Lula: 44% (julho) / 44% (agosto) / 46% (dia 10) / 47% (hoje)
Alckmin: 27% (julho) / 25% (agosto) / 21% (dia 10) / 21% (hoje)
Heloisa: 8% (julho) / 11% (agosto) / 12% (dia 10) / 12% (hoje)
Não houve variação na pontuação dos demais candidatos. Geraldo Alckmin (PSDB) continua com 21% e Heloisa Helena manteve os 12%. Os demais candidatos mantiveram um ponto percentual de intenção de voto, à excessão de Rui Costa Pimenta, do PCO, que não obteve 1%. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Na simulação de segundo turno, Lula continua vencendo com 53% contra 32% de Alckmin. Antes, a simulação apresentava uma correlação de 51% contra 33%.
A pesquisa também avaliou o governo do presidente Lula. A proporção de entrevistados que consideram bom e ótimo o governo se manteve em 41%, enquanto as avaliações de regular aumentou de 35% para 37%. Ruim e péssimo foram avaliações que oscilaram para baixo de 22% para 21%. Os que não souberam avaliar subiram de 1% para 2%.
Os que aprovam o governo subiram de 56% para 57%, enquanto os que desaprovam se reduziram de 37%dos entrevistados para 34%. O número dos que não sabem responder a esta pergunta também cresceu de 6% para 8%
Veja a variação da inteção de voto estimulada no Ibope/TV Globo:
Lula: 44% (julho) / 44% (agosto) / 46% (dia 10) / 47% (hoje)
Alckmin: 27% (julho) / 25% (agosto) / 21% (dia 10) / 21% (hoje)
Heloisa: 8% (julho) / 11% (agosto) / 12% (dia 10) / 12% (hoje)
10 agosto 2006
Lula venceria no primeiro turno, diz IBOPE
A possibilidade de um segundo turno na disputa presidencial está cada vez menor.
É isso que diz a pesquisa feita pelo Ibope e divulgada na edição desta noite do "Jornal Nacional".
Lula (PT) está com 46%;
Geraldo (PSDB) está com 21%;
Heloísa está com 12%.
Os dados foram comparados com duas pesquisas anteriores, uma realizada na semana passada e outra em julho deste ano.
Lula subiu dois pontos percentuais (de 44% para 46%).
Alckmin, ao contrário, caiu quatro pontos, exatamente o mesmo índice de aumento atingido por Heloísa Helena.
O Ibope simulou um cenário de segundo turno. Lula venceria com 51% dos votos, três pontos a mais que na pesquisa realizada em julho.
Alckmin ficaria com 33%, seis pontos a menos que na sondagem feita no mês passado.
Cristovam Buarque, do PDT, e Rui Costa Pimenta, do PCO, atingiram 1% de intenções de voto. Os outros candidatos não pontuaram na pesquisa.
A pesquisa divulgada hoje ouviu 2002 eleitores em 142 cidades entre os dias 7 e 9 deste mês e foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Datafolha e Census
De acordo com pesquisa do Datafolha, divulgada nesta terça-feira, a melhora na avaliação do governo Lula ampliou a vantagem do candidato petista de 16 para 23 pontos percentuais sobre o tucano Geraldo Alckmin.
Segundo o Datafolha, Lula venceria no 1º turno com 55% dos votos válidos.
O candidato do PT tem hoje uma taxa recorde de intenção de votos para o primeiro turno: 47%, contra 44% na pesquisa anterior, realizada entre os dias 17 e 18 de julho. No mesmo período, Alckmin caiu de 28% para 24%.
Alckmin apresentou queda em todas as simulações da pesquisa CNT/Sensus, também divulgada nesta terça-feira, que mostra Lula vencendo a eleição presidencial no primeiro turno.
A CNT/Sensus aponta que, se a disputa fosse hoje, Lula teria 60,5% dos votos válidos, contra 24,9% de Alckmin e 11,7% de Heloísa Helena (PSOL).
Na pesquisa estimulada (em que eleitor recebe uma lista com os nomes dos candidatos), o tucano despencou 7,5 pontos percentuais. Em julho, ele tinha 27,2% das intenções de voto e agora, 19,7%. O presidente, por sua vez, cresceu 3,8 pontos percentuais, passando de 44,1% para 47,9%.
A candidata do PSOL também cresceu na pesquisa. Em julho, ela tinha 5,4% das intenções de votos e hoje, 9,3%.
É isso que diz a pesquisa feita pelo Ibope e divulgada na edição desta noite do "Jornal Nacional".
Lula (PT) está com 46%;
Geraldo (PSDB) está com 21%;
Heloísa está com 12%.
Os dados foram comparados com duas pesquisas anteriores, uma realizada na semana passada e outra em julho deste ano.
Lula subiu dois pontos percentuais (de 44% para 46%).
Alckmin, ao contrário, caiu quatro pontos, exatamente o mesmo índice de aumento atingido por Heloísa Helena.
O Ibope simulou um cenário de segundo turno. Lula venceria com 51% dos votos, três pontos a mais que na pesquisa realizada em julho.
Alckmin ficaria com 33%, seis pontos a menos que na sondagem feita no mês passado.
Cristovam Buarque, do PDT, e Rui Costa Pimenta, do PCO, atingiram 1% de intenções de voto. Os outros candidatos não pontuaram na pesquisa.
A pesquisa divulgada hoje ouviu 2002 eleitores em 142 cidades entre os dias 7 e 9 deste mês e foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Datafolha e Census
De acordo com pesquisa do Datafolha, divulgada nesta terça-feira, a melhora na avaliação do governo Lula ampliou a vantagem do candidato petista de 16 para 23 pontos percentuais sobre o tucano Geraldo Alckmin.
Segundo o Datafolha, Lula venceria no 1º turno com 55% dos votos válidos.
O candidato do PT tem hoje uma taxa recorde de intenção de votos para o primeiro turno: 47%, contra 44% na pesquisa anterior, realizada entre os dias 17 e 18 de julho. No mesmo período, Alckmin caiu de 28% para 24%.
Alckmin apresentou queda em todas as simulações da pesquisa CNT/Sensus, também divulgada nesta terça-feira, que mostra Lula vencendo a eleição presidencial no primeiro turno.
A CNT/Sensus aponta que, se a disputa fosse hoje, Lula teria 60,5% dos votos válidos, contra 24,9% de Alckmin e 11,7% de Heloísa Helena (PSOL).
Na pesquisa estimulada (em que eleitor recebe uma lista com os nomes dos candidatos), o tucano despencou 7,5 pontos percentuais. Em julho, ele tinha 27,2% das intenções de voto e agora, 19,7%. O presidente, por sua vez, cresceu 3,8 pontos percentuais, passando de 44,1% para 47,9%.
A candidata do PSOL também cresceu na pesquisa. Em julho, ela tinha 5,4% das intenções de votos e hoje, 9,3%.
Para cientistas, nenhum governo investiu mais em conhecimento
O governo Lula foi o que mais investiu em ciência e tecnologia na história do país, segundo os cientistas que participaram do encontro com o presidente nesta quarta-feira (9), em Brasília.
Na reunião foram debatidos os avanços e os problemas do setor, além dos projetos que devem ser priorizados em um segundo mandato. Mais de 55 cientistas participaram da reunião.
Todos eles reconhecidos nacional e internacionalmente na sua área de atuação, como os físicos Luiz Pinguelli Rosa e Rogério Cerqueira Leite.
“Este governo investiu e construiu os alicerces para que o país possa crescer com soberania e desenvolvimento tecnológico”, disse Cerqueira Leite.
Já o cientista da área de fármacos, Eliezer Barreiro, da Universidade Federal de Pernambuco, ressaltou que o atual governo foi o primeiro a reconhecer a importância estratégica da sua área de pesquisa para o país. “Recebemos mais investimentos e, conseqüentemente, avançamos em pesquisas de elementos que serão utilizados para o tratamento de doenças”.
O físico Lívio Amaral, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, ressaltou o crescimento do diálogo do governo com o setor e o investimento na formação de novos especialistas. “Só este ano devem ser formados mais de 10 mil novos doutores e esse recurso humano é imprescindível”, afirmou.
A diretora da Coordenação dos Programas de Pós-graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Ângela Uller, lembrou que as recentes conquistas se devem à criação de fundos e leis que facilitaram o investimento em ciência e tecnologia. “A lei da inovação é um exemplo disso. Ela estimula com investimento projetos para o setor produtivo”, explicou.
Lula, por sua vez, mostrou confiança em um sólido período de desenvolvimento para o país, e destacou a importância do investimento em educação para que o Brasil saia da condição de nação emergente e se transforme em um país plenamente desenvolvido. Para isso, destacou, a parceria com o setor científico é fundamental.
“Educação, ciência e tecnologia são prerrogativas para que o crescimento que almejamos seja atingido”, afirmou. Segundo o presidente, o governo já iniciou uma série de ações estruturais que sustentarão o crescimento econômico e social do país. Entre elas, a abertura de novas universidades, a formação de 10,5 mil doutores só em 2006, a criação de 32 escolas técnicas, a refinaria que começará a ser construída em Pernambuco e o desenvolvimento do biodisel. “Isso tudo, mais a baixa inflação, o superávit comercial e o crescimento da renda, indicam que temos tudo para dar um salto de qualidade no Brasil”, avaliou.
Além dos investimentos já realizados, o presidente fez questão de ressaltar o fortalecimento da soberania do país. E afirmou que o Brasil tem potencial para competir no mundo globalizado. “Hoje, nosso maior parceiro comercial é a América Latina. Continuamos aumentando nossa relação com os EUA, mas ampliamos os horizontes, criando outras alternativas”, explicou, citando os acordos comerciais com países africanos e latino americanos.
Além do sucesso comercial, Lula ressaltou a criação do G20 – grupo de vinte países emergentes que tem o Brasil como um de seus principais membros. “As nações mais ricas não fazem mais nada sem nos ouvir antes”.
O presidente encerrou o debate convidando os cientistas a serem cúmplices de um projeto de desenvolvimento capaz de abranger todas as regiões brasileiras. “Investiremos mais onde temos mais carência”, afirmou.
Ele ainda lembrou que os alicerces já estão levantados e que precisará contar com o comprometimento do setor para terminar a construção. “O Brasil do século 21 vai aproveitar as chances que ficaram para trás no século 20”, finalizou.
Durante o encontro, Lula foi presenteado por José Cândido Portinari, filho do pintor Cândido Portinari, com um catálogo das obras do artista. A homenagem foi um reconhecimento pelo esforço do presidente em divulgar a cultura do país no exterior. O presente veio acompanhado de uma foto que mostrava Lula entregando um catálogo de Portinari ao presidente da França, Jacques Chirac.
Confira a nota divulgada pelos cientistas aos meios de comunicação.
Na reunião foram debatidos os avanços e os problemas do setor, além dos projetos que devem ser priorizados em um segundo mandato. Mais de 55 cientistas participaram da reunião.
Todos eles reconhecidos nacional e internacionalmente na sua área de atuação, como os físicos Luiz Pinguelli Rosa e Rogério Cerqueira Leite.
“Este governo investiu e construiu os alicerces para que o país possa crescer com soberania e desenvolvimento tecnológico”, disse Cerqueira Leite.
Já o cientista da área de fármacos, Eliezer Barreiro, da Universidade Federal de Pernambuco, ressaltou que o atual governo foi o primeiro a reconhecer a importância estratégica da sua área de pesquisa para o país. “Recebemos mais investimentos e, conseqüentemente, avançamos em pesquisas de elementos que serão utilizados para o tratamento de doenças”.
O físico Lívio Amaral, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, ressaltou o crescimento do diálogo do governo com o setor e o investimento na formação de novos especialistas. “Só este ano devem ser formados mais de 10 mil novos doutores e esse recurso humano é imprescindível”, afirmou.
A diretora da Coordenação dos Programas de Pós-graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Ângela Uller, lembrou que as recentes conquistas se devem à criação de fundos e leis que facilitaram o investimento em ciência e tecnologia. “A lei da inovação é um exemplo disso. Ela estimula com investimento projetos para o setor produtivo”, explicou.
Lula, por sua vez, mostrou confiança em um sólido período de desenvolvimento para o país, e destacou a importância do investimento em educação para que o Brasil saia da condição de nação emergente e se transforme em um país plenamente desenvolvido. Para isso, destacou, a parceria com o setor científico é fundamental.
“Educação, ciência e tecnologia são prerrogativas para que o crescimento que almejamos seja atingido”, afirmou. Segundo o presidente, o governo já iniciou uma série de ações estruturais que sustentarão o crescimento econômico e social do país. Entre elas, a abertura de novas universidades, a formação de 10,5 mil doutores só em 2006, a criação de 32 escolas técnicas, a refinaria que começará a ser construída em Pernambuco e o desenvolvimento do biodisel. “Isso tudo, mais a baixa inflação, o superávit comercial e o crescimento da renda, indicam que temos tudo para dar um salto de qualidade no Brasil”, avaliou.
Além dos investimentos já realizados, o presidente fez questão de ressaltar o fortalecimento da soberania do país. E afirmou que o Brasil tem potencial para competir no mundo globalizado. “Hoje, nosso maior parceiro comercial é a América Latina. Continuamos aumentando nossa relação com os EUA, mas ampliamos os horizontes, criando outras alternativas”, explicou, citando os acordos comerciais com países africanos e latino americanos.
Além do sucesso comercial, Lula ressaltou a criação do G20 – grupo de vinte países emergentes que tem o Brasil como um de seus principais membros. “As nações mais ricas não fazem mais nada sem nos ouvir antes”.
O presidente encerrou o debate convidando os cientistas a serem cúmplices de um projeto de desenvolvimento capaz de abranger todas as regiões brasileiras. “Investiremos mais onde temos mais carência”, afirmou.
Ele ainda lembrou que os alicerces já estão levantados e que precisará contar com o comprometimento do setor para terminar a construção. “O Brasil do século 21 vai aproveitar as chances que ficaram para trás no século 20”, finalizou.
Durante o encontro, Lula foi presenteado por José Cândido Portinari, filho do pintor Cândido Portinari, com um catálogo das obras do artista. A homenagem foi um reconhecimento pelo esforço do presidente em divulgar a cultura do país no exterior. O presente veio acompanhado de uma foto que mostrava Lula entregando um catálogo de Portinari ao presidente da França, Jacques Chirac.
Confira a nota divulgada pelos cientistas aos meios de comunicação.
09 agosto 2006
Insegurança tucana
Nos últimos dias, o estado de São Paulo voltou a ser alvo de ataques do Primeiro Comando da Capital. Novamente, o governo federal colocou-se à disposição do governo estadual, para colaborar no que fosse necessário. O governo estadual tomou este oferecimento, que em última análise constitui uma obrigação do governo federal, como pretexto para uma disputa político-eleitoral.
A postura agressiva dos tucanos e pefelistas, especialmente do secretário de Segurança do estado de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, é sinal de quem tem grande parte ou grande cota de responsabilidade no que está correndo. Afinal, os tucanos e pefelistas governam São Paulo há doze anos. Implementaram uma política de “segurança pública” que produziu duas catástrofes: a Febem e o PCC.
O governo federal faz certo, ao oferecer ajuda para o estado de São Paulo lidar com a situação. Assim devem ser as relações numa república federativa. Ao mesmo tempo, compete aos partidos políticos e aos candidatos debater as diferentes concepções de segurança pública. A conduta supostamente “linha dura” do secretário Saulo de Castro Abreu Filho, que não o impediu de negociar com o PCC, combinado com uma política carcerária que na prática facilitou o recrutamento de aderentes para a organização criminosa, é diretamente responsável pelo que está acontecendo em São Paulo.
A postura agressiva dos tucanos e pefelistas, especialmente do secretário de Segurança do estado de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, é sinal de quem tem grande parte ou grande cota de responsabilidade no que está correndo. Afinal, os tucanos e pefelistas governam São Paulo há doze anos. Implementaram uma política de “segurança pública” que produziu duas catástrofes: a Febem e o PCC.
O governo federal faz certo, ao oferecer ajuda para o estado de São Paulo lidar com a situação. Assim devem ser as relações numa república federativa. Ao mesmo tempo, compete aos partidos políticos e aos candidatos debater as diferentes concepções de segurança pública. A conduta supostamente “linha dura” do secretário Saulo de Castro Abreu Filho, que não o impediu de negociar com o PCC, combinado com uma política carcerária que na prática facilitou o recrutamento de aderentes para a organização criminosa, é diretamente responsável pelo que está acontecendo em São Paulo.
Justiça obriga Assembléia Paulista a instalar CPI
O regimento interno da Assembléia Legislativa de São Paulo estabelece que pedidos de CPI devem ser aprovados pela maioria dos deputados. Utilizando-se deste artifício regimental, o PSDB impediu, desde março de 2003, que fosse instalada qualquer Comissão Parlamentar de Inquérito.
Neste período, foram protocolados 69 pedidos, todos engavetados pelos tucanos e seus aliados. Vejamos alguns dos temas que deveriam ter sido objeto de investigação:
- Obra do trecho Oeste do Rodoanel: Prevista para custar R$ 339 milhões, mas consumiu mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos. Foram orçados R$ 338,8 milhões, preço dado pela empresa que venceu a licitação em setembro de 1998. Após os primeiros acréscimos o preço subiu para R$ 575,8 milhões, ou seja 70% a mais. A lei estabelece um limite de 25%, caso contrário o governo teria a obrigação de fazer uma nova licitação, anulando os contratos anteriores.
- Febem: Em 12 anos à frente do Estado de São Paulo, o PSDB jamais conseguiu dar uma resposta aos inúmeros problemas enfrentados pela instituição. Somente de 2000 a 2005, foram 147 rebeliões, 67 tumultos, 595 fugas, 4.107 fugitivos e 7 mortes, além de casos de torturas e estupro. Em abril de 2003, foi solicitada uma CPI para investigar diversos fatos ocorridos na administração da Febem, durante a administração do tucano Geraldo Alckmin. Em 2005, no auge da crise da Febem, o governador anunciou a construção de 41 novas unidades, que não saíram do papel.
- CDHU: A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano é alvo de dois pedidos de CPI. A primeira denúncia veio à tona em abril de 2004, quando a CDHU comprou um terreno em Americana que era de uma empresa do ex-secretário dos Transportes, Michael Paul Zeitlin. Em dezembro de 2005, uma denuncia apontava que a CDHU vendia unidades habitacionais por meio de um esquema de fraude. De 2000 a 2005, o governo do Estado deixou de investir R$ 850 milhões em habitação, quantia superior ao orçamento anual do órgão. Com isso, as metas de construção de moradias nunca foram alcançadas, o déficit habitacional chega a mais de 1 milhão. Só na capital paulista há cerca de 10 mil moradores de ruas.
- Rio Tietê: A obra de rebaixamento da Calha do Rio Tietê também é outro ralo por onde o dinheiro do povo paulista sumiu. Foram mais de R$ 1 bilhão, sem resolver o problema das enchentes e com inúmeras suspeitas de irregularidades.
Na verdade, Alckmin agiu como FHC, que também obstruiu a criação de CPIs durante seus oitos anos de governo. Na gestão de FHC, foram engavetados vários escândalos, como as denúncias de corrupção e tráfico de influência no contrato de criação do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam). A CPI sobre o caso foi esvaziada em 2001 pelos aliados de FHC. Outra CPI engavetada na mesma época iria investigar a privatização do sistema Telebrás. Conversas telefônicas indicavam favorecimento do BNDES ao consórcio do banco Opportunity.
Agora, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu que a CPI é um instrumento da minoria e, assim, basta ter um terço de assinaturas dos parlamentares. A bancada do PT na Assembléia Legislativa defende que, prioritariamente, sejam instaladas as CPIs da CDHU, Rodoanel, do Tietê, Febem e Nossa Caixa, casos nos quais os deputados avaliam que têm mais indícios de irregularidades no governo do PSDB.
Fonte: Antivírus
Neste período, foram protocolados 69 pedidos, todos engavetados pelos tucanos e seus aliados. Vejamos alguns dos temas que deveriam ter sido objeto de investigação:
- Obra do trecho Oeste do Rodoanel: Prevista para custar R$ 339 milhões, mas consumiu mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos. Foram orçados R$ 338,8 milhões, preço dado pela empresa que venceu a licitação em setembro de 1998. Após os primeiros acréscimos o preço subiu para R$ 575,8 milhões, ou seja 70% a mais. A lei estabelece um limite de 25%, caso contrário o governo teria a obrigação de fazer uma nova licitação, anulando os contratos anteriores.
- Febem: Em 12 anos à frente do Estado de São Paulo, o PSDB jamais conseguiu dar uma resposta aos inúmeros problemas enfrentados pela instituição. Somente de 2000 a 2005, foram 147 rebeliões, 67 tumultos, 595 fugas, 4.107 fugitivos e 7 mortes, além de casos de torturas e estupro. Em abril de 2003, foi solicitada uma CPI para investigar diversos fatos ocorridos na administração da Febem, durante a administração do tucano Geraldo Alckmin. Em 2005, no auge da crise da Febem, o governador anunciou a construção de 41 novas unidades, que não saíram do papel.
- CDHU: A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano é alvo de dois pedidos de CPI. A primeira denúncia veio à tona em abril de 2004, quando a CDHU comprou um terreno em Americana que era de uma empresa do ex-secretário dos Transportes, Michael Paul Zeitlin. Em dezembro de 2005, uma denuncia apontava que a CDHU vendia unidades habitacionais por meio de um esquema de fraude. De 2000 a 2005, o governo do Estado deixou de investir R$ 850 milhões em habitação, quantia superior ao orçamento anual do órgão. Com isso, as metas de construção de moradias nunca foram alcançadas, o déficit habitacional chega a mais de 1 milhão. Só na capital paulista há cerca de 10 mil moradores de ruas.
- Rio Tietê: A obra de rebaixamento da Calha do Rio Tietê também é outro ralo por onde o dinheiro do povo paulista sumiu. Foram mais de R$ 1 bilhão, sem resolver o problema das enchentes e com inúmeras suspeitas de irregularidades.
Na verdade, Alckmin agiu como FHC, que também obstruiu a criação de CPIs durante seus oitos anos de governo. Na gestão de FHC, foram engavetados vários escândalos, como as denúncias de corrupção e tráfico de influência no contrato de criação do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam). A CPI sobre o caso foi esvaziada em 2001 pelos aliados de FHC. Outra CPI engavetada na mesma época iria investigar a privatização do sistema Telebrás. Conversas telefônicas indicavam favorecimento do BNDES ao consórcio do banco Opportunity.
Agora, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu que a CPI é um instrumento da minoria e, assim, basta ter um terço de assinaturas dos parlamentares. A bancada do PT na Assembléia Legislativa defende que, prioritariamente, sejam instaladas as CPIs da CDHU, Rodoanel, do Tietê, Febem e Nossa Caixa, casos nos quais os deputados avaliam que têm mais indícios de irregularidades no governo do PSDB.
Fonte: Antivírus
Lula investe nos órgãos fiscalizadores
As CPIs são um direito da minoria parlamentar. Mas quem é governo tem a obrigação de se antecipar aos problemas. É exatamente isto que tem feito o governo Lula.
Para combater a corrupção no Brasil, foram desenvolvidas ações articuladas entre Polícia Federal, Controladoria-Geral da União (CGU), Receita Federal, Ministério Público e Ministério da Justiça. O governo Lula deu total independência ao Ministério Público, reforçou a CGU e deu uma nova dinâmica à Polícia Federal.
Graças aos investimentos na Polícia Federal durante o governo atual, a instituição descobriu vários esquemas de corrupção com o dinheiro público. Desde 2003, a PF realizou 75 operações relativas à corrupção.
Dessas, só nove das quadrilhas começaram a agir durante o seu governo. As demais 66 eram anteriores, sendo que 61 quadrilhas começaram a atuar na época de FHC. Ou seja, as redes de corrupção não proliferaram no atual governo, fazendo parte da herança maldita.
As ações da Polícia Federal no combate ao crime cresceram 815% entre 2000 e 2005. Nos dois últimos anos da gestão FHC, foram realizadas apenas 20 operações, com a prisão de 54 pessoas - uma média de 27 capturas por ano.
Durante o governo Lula, a Polícia Federal realizou 183 operações e 2.961 prisões - uma média de 987 presos por ano. Nas ações específicas de combate à corrupção, foram presas 1.300 pessoas (entre elas, 515 servidores públicos e 130 agentes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal).
Fonte: Antivírus
Para combater a corrupção no Brasil, foram desenvolvidas ações articuladas entre Polícia Federal, Controladoria-Geral da União (CGU), Receita Federal, Ministério Público e Ministério da Justiça. O governo Lula deu total independência ao Ministério Público, reforçou a CGU e deu uma nova dinâmica à Polícia Federal.
Graças aos investimentos na Polícia Federal durante o governo atual, a instituição descobriu vários esquemas de corrupção com o dinheiro público. Desde 2003, a PF realizou 75 operações relativas à corrupção.
Dessas, só nove das quadrilhas começaram a agir durante o seu governo. As demais 66 eram anteriores, sendo que 61 quadrilhas começaram a atuar na época de FHC. Ou seja, as redes de corrupção não proliferaram no atual governo, fazendo parte da herança maldita.
As ações da Polícia Federal no combate ao crime cresceram 815% entre 2000 e 2005. Nos dois últimos anos da gestão FHC, foram realizadas apenas 20 operações, com a prisão de 54 pessoas - uma média de 27 capturas por ano.
Durante o governo Lula, a Polícia Federal realizou 183 operações e 2.961 prisões - uma média de 987 presos por ano. Nas ações específicas de combate à corrupção, foram presas 1.300 pessoas (entre elas, 515 servidores públicos e 130 agentes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal).
Fonte: Antivírus
Lançado o Nº 01 de Antivírus
Antivírus é o Boletim da Campanha Eletrônica Lula Presidente.
Antivírus será distribuído para apoiadores da campanha Lula, bem como para jornalistas.
Cada edição contém:
um pequeno comentário político;
duas notas programáticas;
uma advertência cibernética; e
uma sugestão de agenda.
Gente preconceituosa
Parte significativa das mensagens anti-Lula que circulam na Internet é constituída de charges, piadas, fotos e frases depreciativas contra o presidente da República. Há de tudo: de mentiroso a analfabeto, passando por bêbado.
Claro que se trata de grosseria, pura e simples. Mas, no fundo, estamos diante de um velho e lamentável conhecido: o preconceito de classe. Numa de suas variantes, o trabalhador não teria condições de governar o país, porque não teria a “alta cultura” exigida para tanto.
A vida mostrou outra coisa: é sob a presidência de Lula, o primeiro trabalhador a ocupar o principal cargo público do país, que o Brasil está achando o rumo para um ciclo de desenvolvimento com bem-estar social, democracia e soberania nacional.
É importante que os militantes e apoiadores da campanha Lula continuem atentos às informações que diariamente circulam pela rede, mandando notícias para a campanha através do e-mail internet@pt.org.br
Antivírus será distribuído para apoiadores da campanha Lula, bem como para jornalistas.
Cada edição contém:
um pequeno comentário político;
duas notas programáticas;
uma advertência cibernética; e
uma sugestão de agenda.
Gente preconceituosa
Parte significativa das mensagens anti-Lula que circulam na Internet é constituída de charges, piadas, fotos e frases depreciativas contra o presidente da República. Há de tudo: de mentiroso a analfabeto, passando por bêbado.
Claro que se trata de grosseria, pura e simples. Mas, no fundo, estamos diante de um velho e lamentável conhecido: o preconceito de classe. Numa de suas variantes, o trabalhador não teria condições de governar o país, porque não teria a “alta cultura” exigida para tanto.
A vida mostrou outra coisa: é sob a presidência de Lula, o primeiro trabalhador a ocupar o principal cargo público do país, que o Brasil está achando o rumo para um ciclo de desenvolvimento com bem-estar social, democracia e soberania nacional.
É importante que os militantes e apoiadores da campanha Lula continuem atentos às informações que diariamente circulam pela rede, mandando notícias para a campanha através do e-mail internet@pt.org.br
Blog do Zé Dirceu está na rede
Onde está o segundo turno?
Nesses últimos dias alguns fatos me chamaram a atenção. De uma hora para outra, surgiu um mutirão de analistas de pesquisas. Passamos a ver e a escutar análises engraçadas, em tom de profecia, que diziam : “certamente teremos um segundo turno” ou “saldo de Lula cai e aponta o segundo turno”.
O fato é que, nas últimas três pesquisas divulgadas (CNI/Ibope, CNT/Sensus e DataFolha), o candidato Lula cresceu (47%), a avaliação de seu governo melhorou, o candidato Aclkmin caiu (19,8%) e a candidata HH variou dentro dos 10% da estimulada. E o mais importante: em nenhum lugar aparece um quadro ou tendência de um possível segundo turno.
Esses novos profetas da Cabala estatística, destituídos dos seus postos pelos fatos simples e claros apontados nas pesquisas, agora vêm com novas explicações sobre voto emocional e a falta de capacidade do brasileiro de fazer suas escolhas políticas.
O fato de grande parte da população brasileira ter baixa escolaridade não a impede de fazer uma análise racional do momento e da economia do Brasil, e tomar uma decisão lógica. O segredo do candidato Lula é conhecido pela grande maioria da população brasileira: é o compromisso com os trabalhadores e com os pobres, traduzido no incremento dos programas sociais, na inclusão social, na estabilidade e no crescimento da economia brasileira.
O que setores da imprensa e certos políticos não conseguem aceitar é que os pobres, que eles tanto citam, tiveram uma melhora significativa de vida no governo Lula (só o aumento de 16,67% do salário mínimo e a tabela da correção do imposto de renda geraram um volume de recursos extras na economia da ordem de 25 bilhões). E eles têm, sim, uma lógica ao votar.
Um consenso nas escolas de ciência política internacionais, passando pela escola de Michigan, é a “ A teoria da racionalidade de baixa informação”, proposta por Popkin (The reasoning of voter – 1994), que explica bem a realidade brasileira. Popkin critica a utilização de certos dados dos surveys como base para julgar o grau de informação utilizado pelo eleitor ao votar: certamente, a maior parte dos cidadãos não conhece muitos dos fatos básicos da política, mas avaliar os eleitores pelo que eles não sabem do “livro-texto do civismo” nos impede de saber o que eles sabem, e o que eles podem fazer sem saber os fatos da política. Esse viés subestima quanta informação eles captam e processam durante a campanha e como eles usam a informação para entender os candidatos.
O que eu vejo é que o eleitor brasileiro amadureceu e está fazendo uma opção lógica pela reeleiçao de Lula, combinando aprendizado e informação de experiências passadas, da vida cotidiana, da economia, da mídia e das campanhas políticas. As pessoas estão usando atalhos que incorporam muita informação política -- e isso está traduzido nos resultados das pesquisas.
Fonte: Blog do Zé Dirceu
Nesses últimos dias alguns fatos me chamaram a atenção. De uma hora para outra, surgiu um mutirão de analistas de pesquisas. Passamos a ver e a escutar análises engraçadas, em tom de profecia, que diziam : “certamente teremos um segundo turno” ou “saldo de Lula cai e aponta o segundo turno”.
O fato é que, nas últimas três pesquisas divulgadas (CNI/Ibope, CNT/Sensus e DataFolha), o candidato Lula cresceu (47%), a avaliação de seu governo melhorou, o candidato Aclkmin caiu (19,8%) e a candidata HH variou dentro dos 10% da estimulada. E o mais importante: em nenhum lugar aparece um quadro ou tendência de um possível segundo turno.
Esses novos profetas da Cabala estatística, destituídos dos seus postos pelos fatos simples e claros apontados nas pesquisas, agora vêm com novas explicações sobre voto emocional e a falta de capacidade do brasileiro de fazer suas escolhas políticas.
O fato de grande parte da população brasileira ter baixa escolaridade não a impede de fazer uma análise racional do momento e da economia do Brasil, e tomar uma decisão lógica. O segredo do candidato Lula é conhecido pela grande maioria da população brasileira: é o compromisso com os trabalhadores e com os pobres, traduzido no incremento dos programas sociais, na inclusão social, na estabilidade e no crescimento da economia brasileira.
O que setores da imprensa e certos políticos não conseguem aceitar é que os pobres, que eles tanto citam, tiveram uma melhora significativa de vida no governo Lula (só o aumento de 16,67% do salário mínimo e a tabela da correção do imposto de renda geraram um volume de recursos extras na economia da ordem de 25 bilhões). E eles têm, sim, uma lógica ao votar.
Um consenso nas escolas de ciência política internacionais, passando pela escola de Michigan, é a “ A teoria da racionalidade de baixa informação”, proposta por Popkin (The reasoning of voter – 1994), que explica bem a realidade brasileira. Popkin critica a utilização de certos dados dos surveys como base para julgar o grau de informação utilizado pelo eleitor ao votar: certamente, a maior parte dos cidadãos não conhece muitos dos fatos básicos da política, mas avaliar os eleitores pelo que eles não sabem do “livro-texto do civismo” nos impede de saber o que eles sabem, e o que eles podem fazer sem saber os fatos da política. Esse viés subestima quanta informação eles captam e processam durante a campanha e como eles usam a informação para entender os candidatos.
O que eu vejo é que o eleitor brasileiro amadureceu e está fazendo uma opção lógica pela reeleiçao de Lula, combinando aprendizado e informação de experiências passadas, da vida cotidiana, da economia, da mídia e das campanhas políticas. As pessoas estão usando atalhos que incorporam muita informação política -- e isso está traduzido nos resultados das pesquisas.
Fonte: Blog do Zé Dirceu
08 agosto 2006
Lula amplia vantagem sobre Alckmin, diz Datafolha
A pesquisa Datafolha divulgada hoje pelo "Jornal Nacional" revela que o presidente Lula lidera com folga a disputa pelo eleitor, com:
47% das intenções de voto. Em julho, Lula aparecia com 44% das intenções de voto.
O tucano Geraldo Alckmin aparece em seguida, com 24% das intenções de voto. Em julho ele tinha 28%.
A diferença entre Lula e Alckmin, que era de 16 pontos em julho-- subiu para 23 pontos no levantamento de agosto.
A candidata do PSOL à Presidência, senadora Heloísa Helena (AL), que havia despontado na pesquisa de julho com:
10%, oscilou para 12% das intenções de voto em agosto.
A pesquisa mostra que de julho para agora a taxa de intenção de voto de Lula subiu três pontos. No mesmo período, a taxa de intenção de voto de Alckmin caiu quatro pontos.
A queda de Alckmin também foi medida pela pesquisa CNT/Sensus, divulgada hoje. A pesquisa da CNT/Sensus mostrou que se a disputa fosse hoje, Lula venceria no primeiro turno com 60,5% dos votos válidos, contra 24,9% de Alckmin e 11,7% de Heloísa Helena (PSOL).
Segundo turno
Num eventual segundo turno, a vantagem do presidente Lula sobre Alckmin também subiu de 10 pontos em julho para 17 pontos agora. De acordo com a pesquisa, Lula venceria com:
54% das intenções de voto contra 37% de Alckmin. Em julho, Lula tinha:
50% e Alckmin, 40%.
A pesquisa Datafolha foi realizada nos dias 7 e 8 deste mês e ouviu 6.969 eleitores em 306 municípios de 25 unidades da federação. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número 12.633/2006.
47% das intenções de voto. Em julho, Lula aparecia com 44% das intenções de voto.
O tucano Geraldo Alckmin aparece em seguida, com 24% das intenções de voto. Em julho ele tinha 28%.
A diferença entre Lula e Alckmin, que era de 16 pontos em julho-- subiu para 23 pontos no levantamento de agosto.
A candidata do PSOL à Presidência, senadora Heloísa Helena (AL), que havia despontado na pesquisa de julho com:
10%, oscilou para 12% das intenções de voto em agosto.
A pesquisa mostra que de julho para agora a taxa de intenção de voto de Lula subiu três pontos. No mesmo período, a taxa de intenção de voto de Alckmin caiu quatro pontos.
A queda de Alckmin também foi medida pela pesquisa CNT/Sensus, divulgada hoje. A pesquisa da CNT/Sensus mostrou que se a disputa fosse hoje, Lula venceria no primeiro turno com 60,5% dos votos válidos, contra 24,9% de Alckmin e 11,7% de Heloísa Helena (PSOL).
Segundo turno
Num eventual segundo turno, a vantagem do presidente Lula sobre Alckmin também subiu de 10 pontos em julho para 17 pontos agora. De acordo com a pesquisa, Lula venceria com:
54% das intenções de voto contra 37% de Alckmin. Em julho, Lula tinha:
50% e Alckmin, 40%.
A pesquisa Datafolha foi realizada nos dias 7 e 8 deste mês e ouviu 6.969 eleitores em 306 municípios de 25 unidades da federação. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número 12.633/2006.
Sensus: Alckmin cai e Lula amplia vantagem
As intenções de voto para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiram:
44,1%, em julho, para
47,9% em agosto.
Os dados são da pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta terça-feira (8) pela Confederação Nacional do Transporte.
O candidato da coligação PSDB/PFL, Geraldo Alckmin, despencou 7,5 pontos percentuais:
27,2%, em julho e agota tem
19,7%.
Em movimento oposto, a senadora Heloisa Helena (Psol) subiu de:
5,4%, em julho para
9,3%, em agosto - o que indica que ela pode estar roubando votos do tucano.
Na seqüência, aparecem:
Ana Maria Rangel (PRP), com 1,1%;
Cristovam Buarque (PDT), com 0,6%;
Luciano Bivar (PSL), com 0,4%;
José Maria Eymael (PSDC), com 0,3%; e
Rui Pimenta (PCO), com 0,1%.
Votos brancos, nulos e indecisos somam 20,9%.
Considerando apenas os votos válidos, Lula venceria no primeiro turno com 60,5%.
O levantamento ouviu 2 mil pessoas, entre os dias 1 e 4 de agosto. A margem de erro é de 3 pontos percentuais. A pesquisa está registrada no TSE sob número 12310/2006.
Segundo turno
Lula também cresceu na simulação de segundo truno, indo de:
48,6% para 52,5%. Alckmin passou de:
35,8% para 29,8%. Os votos brancos, nulos e indecisos, que eram de:
15,7%, foram para 17,8%.
Num eventual segundo turno contra Heloísa Helena, o petista passou de:
54,7% para 56,9%, enquanto a senadora foi de:
22,6% para 22,7%.
Acertos
O líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), atribui o resultado à avaliação positiva do atual governo.
"Os números mostram que, à medida em que o debate evolui, as pessoas estão avaliando mais positivamente o nosso governo. Isso tem a ver com a política real, com a vida real das pessoas. É um governo que acertou muito mais do que errou e que tem capacidade de corrigir seus erros", afirmou.
Para Fontana, a população percebe que o Brasil hoje está melhor. "Temos o que avançar, mas estamos numa situação muito mais sólida. Conseguimos iniciar um processo de distribuição de renda, atendendo principalmente a população mais pobre", afirmou.
O líder petista ressaltou ainda que a opinião pública percebe o empenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no combate à corrupção.
"A pesquisa indica que as pessoas compreendem melhor da dimensão da ética na política. Vêem que o governo Lula está combatendo a corrupção e desmontando quadrilhas que nunca haviam sido molestadas por investigações", afirmou.
44,1%, em julho, para
47,9% em agosto.
Os dados são da pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta terça-feira (8) pela Confederação Nacional do Transporte.
O candidato da coligação PSDB/PFL, Geraldo Alckmin, despencou 7,5 pontos percentuais:
27,2%, em julho e agota tem
19,7%.
Em movimento oposto, a senadora Heloisa Helena (Psol) subiu de:
5,4%, em julho para
9,3%, em agosto - o que indica que ela pode estar roubando votos do tucano.
Na seqüência, aparecem:
Ana Maria Rangel (PRP), com 1,1%;
Cristovam Buarque (PDT), com 0,6%;
Luciano Bivar (PSL), com 0,4%;
José Maria Eymael (PSDC), com 0,3%; e
Rui Pimenta (PCO), com 0,1%.
Votos brancos, nulos e indecisos somam 20,9%.
Considerando apenas os votos válidos, Lula venceria no primeiro turno com 60,5%.
O levantamento ouviu 2 mil pessoas, entre os dias 1 e 4 de agosto. A margem de erro é de 3 pontos percentuais. A pesquisa está registrada no TSE sob número 12310/2006.
Segundo turno
Lula também cresceu na simulação de segundo truno, indo de:
48,6% para 52,5%. Alckmin passou de:
35,8% para 29,8%. Os votos brancos, nulos e indecisos, que eram de:
15,7%, foram para 17,8%.
Num eventual segundo turno contra Heloísa Helena, o petista passou de:
54,7% para 56,9%, enquanto a senadora foi de:
22,6% para 22,7%.
Acertos
O líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), atribui o resultado à avaliação positiva do atual governo.
"Os números mostram que, à medida em que o debate evolui, as pessoas estão avaliando mais positivamente o nosso governo. Isso tem a ver com a política real, com a vida real das pessoas. É um governo que acertou muito mais do que errou e que tem capacidade de corrigir seus erros", afirmou.
Para Fontana, a população percebe que o Brasil hoje está melhor. "Temos o que avançar, mas estamos numa situação muito mais sólida. Conseguimos iniciar um processo de distribuição de renda, atendendo principalmente a população mais pobre", afirmou.
O líder petista ressaltou ainda que a opinião pública percebe o empenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no combate à corrupção.
"A pesquisa indica que as pessoas compreendem melhor da dimensão da ética na política. Vêem que o governo Lula está combatendo a corrupção e desmontando quadrilhas que nunca haviam sido molestadas por investigações", afirmou.
Justiça quebra sigilo de material da CPI dos Sanguessugas
O relator da CPI dos Sanguessugas, deputado José Carlos Biscaia (PT-RJ), anunciou que a Justiça liberou os documentos referentes à investigação da Comissão do chamado segredo de Justiça.
O material estava no Supremo Tribunal Federal (STF). Agora, os documentos poderão ser livremente divulgados.
O deputado considerou a decisão da Justiça de "extremo bom senso".
O material estava no Supremo Tribunal Federal (STF). Agora, os documentos poderão ser livremente divulgados.
O deputado considerou a decisão da Justiça de "extremo bom senso".
06 agosto 2006
Ariano Suassuna disposto a percorrer o Brasil para reeleger Lula
Com a proibição dos showmícios, a campanha eleitoral em Pernambuco tem seu novo astro: o escritor Ariano Suassuna, suplente na chapa de senador do PSB.
Aos 79 anos, ele tem roubado a cena em palanques, caminhadas e visitas a universidades.
Até supre a ausência de atrações musicais, vetadas pela Justiça Eleitoral. Sem acompanhamento de instrumento algum, conclama a massa a cantar um hino carnavalesco muito popular em Pernambuco e cujo verso mais famoso diz que “nós somos madeira de lei que cupim não rói”.
“Tenho profunda compaixão e respeito pelos políticos decentes. Porque a política é uma atividade que, levada a sério, é das mais importantes.
Aristóteles dizia que a política é a arte de promover o bem comum. Então, fico com vergonha quando vejo esses políticos traindo o povo brasileiro. Fico muito triste quando vejo esses corruptos aviltando o sonho da gente, que é tão bonito”, diz Ariano.
Ariano recusou o convite para disputar o Senado pela coligação Frente Popular de Pernambuco.
Aceitou, porém, a suplência e se dispôs a fazer campanha, mesmo que isso represente uma dificuldade para concluir o livro que está escrevendo e atrapalhe a produção de três outras obras.
Por esse motivo, avisou ao candidato do PSB ao Senado, Jorge Gomes: uma vez eleito, ele não tem o direito de renunciar ou morrer. “Se a alternativa é o descaso e a indiferença, prefiro o assédio.
Fico muito contente, aos 79, de ser recebido assim. Não é muito comum um velho dessa idade ter esse tratamento”.
Reclama dos políticos corruptos e afirma que a traição ao povo o entristece.
COM LULA“Eu realmente não apoiava Arraes, devido à sua ligação com os marxistas, que naquela época eram intolerantes e dogmáticos.
Eram os tempos do stalinismo e, quando eu falava mal do imperialismo americano, eles batiam palmas. Quando dizia que a União Soviética estava fuzilando os intelectuais, eles diziam que eu estava vendido ao ouro americano. Sempre fui de esquerda, mas nunca fui nem serei marxista”, ressalta ele.
Ariano aproximou-se de Arraes quando este voltou do exílio e o chamou para o PMDB. A aproximação com Arraes levou-o (os dois tornaram-se grandes amigos) depois a se filiar ao PSB. No governo Arraes, foi secretário de Cultura.
Hoje, apesar dos compromissos culturais, está disposto a correr o Brasil, se preciso for, para apoiar a candidatura à reeleição de Lula.
“Se for necessário, eu vou. Mas não tenho mais idade para isso e estou precisando escrever quatro livros, o que não deixa de ser um ato de fé em Deus, aos 79 anos.
Aos 79 anos, ele tem roubado a cena em palanques, caminhadas e visitas a universidades.
Até supre a ausência de atrações musicais, vetadas pela Justiça Eleitoral. Sem acompanhamento de instrumento algum, conclama a massa a cantar um hino carnavalesco muito popular em Pernambuco e cujo verso mais famoso diz que “nós somos madeira de lei que cupim não rói”.
“Tenho profunda compaixão e respeito pelos políticos decentes. Porque a política é uma atividade que, levada a sério, é das mais importantes.
Aristóteles dizia que a política é a arte de promover o bem comum. Então, fico com vergonha quando vejo esses políticos traindo o povo brasileiro. Fico muito triste quando vejo esses corruptos aviltando o sonho da gente, que é tão bonito”, diz Ariano.
Ariano recusou o convite para disputar o Senado pela coligação Frente Popular de Pernambuco.
Aceitou, porém, a suplência e se dispôs a fazer campanha, mesmo que isso represente uma dificuldade para concluir o livro que está escrevendo e atrapalhe a produção de três outras obras.
Por esse motivo, avisou ao candidato do PSB ao Senado, Jorge Gomes: uma vez eleito, ele não tem o direito de renunciar ou morrer. “Se a alternativa é o descaso e a indiferença, prefiro o assédio.
Fico muito contente, aos 79, de ser recebido assim. Não é muito comum um velho dessa idade ter esse tratamento”.
Reclama dos políticos corruptos e afirma que a traição ao povo o entristece.
COM LULA“Eu realmente não apoiava Arraes, devido à sua ligação com os marxistas, que naquela época eram intolerantes e dogmáticos.
Eram os tempos do stalinismo e, quando eu falava mal do imperialismo americano, eles batiam palmas. Quando dizia que a União Soviética estava fuzilando os intelectuais, eles diziam que eu estava vendido ao ouro americano. Sempre fui de esquerda, mas nunca fui nem serei marxista”, ressalta ele.
Ariano aproximou-se de Arraes quando este voltou do exílio e o chamou para o PMDB. A aproximação com Arraes levou-o (os dois tornaram-se grandes amigos) depois a se filiar ao PSB. No governo Arraes, foi secretário de Cultura.
Hoje, apesar dos compromissos culturais, está disposto a correr o Brasil, se preciso for, para apoiar a candidatura à reeleição de Lula.
“Se for necessário, eu vou. Mas não tenho mais idade para isso e estou precisando escrever quatro livros, o que não deixa de ser um ato de fé em Deus, aos 79 anos.
Lula critica o Congresso e diz que sistema está apodrecido
O presidente Lula disse ontem à tarde, em encontro com prefeitos em Campinas (SP), que a estrutura política do Brasil está "apodrecida" e precisa mudar.
Em discurso improvisado de 30 minutos, para 83 prefeitos de dez partidos --incluindo dois do PSDB e dois do PFL--, Lula voltou a defender a convocação de uma Constituinte exclusiva para a reforma política. "Porque, se depender do Congresso, teremos arremedo, e não reforma política."
Em seguida, Lula questionou duas regras do atual sistema político. "Por que um deputado pode ser candidato a prefeito sem perder o seu mandato e o prefeito perde o mandato se quiser ser deputado? Por que o mandato de senador é de oito anos e não quatro? São algumas coisas que acho que nós temos que pensar", disse.
O presidente voltou a tratar como um fenômeno generalizado a crise política que atingiu seu governo. "A crise política que vivemos não é crise política de agora. É crise política que levou Getúlio [Vargas] à morte, que levou Juscelino [Kubitschek] a ser esculachado como era todo santo dia, que levou João Goulart a cair. A crise não é de um deputado ou de um partido político. É uma crise do sistema político brasileiro. A estrutura está apodrecida e nós temos que mudá-la."
Mais cedo, o presidente esteve em São Paulo, para o seu primeiro comício na cidade. No discurso de meia hora, o petista afirmou que irá visitar os Estados de seus adversários para conquistar novos eleitores.
"Quanto mais eles baterem, mais eu vou lá na terra deles em busca de votos. Vou para a Bahia, para Santa Catarina e para o Amazonas", declarou. Os Estados são redutos eleitorais de Antônio Carlos Magalhães (PFL), Jorge Bornhausen (PFL) e Arthur Virgílio (PSDB).
Lula prometeu não citar os nomes dos agressores nesta campanha, mas disse que não levará desaforo para casa.
"Eles estão babando, xingando porque achavam que, três meses depois de eu tomar posse, o Brasil iria acabar. Mas o país não só não acabou como está muito melhor", declarou o presidente, em um discurso recheado de queixas à suposta agressividade de seus "rivais".
"Meus adversários são mais cultos do que eu, estudaram mais do que eu, mas estou certo de que governar não é só com a cabeça, é com o coração também, e nós estamos acertando e é por isso que eles ficam nervosos", afirmou o presidente.
À noite, o presidente esteve em Belo Horizonte. Discursou por mais meia hora, ressaltou sua administração e anunciou que seu programa de governo terá o nome de "Desenvolvimento, Distribuição de Renda e Educação de Qualidade". "Quero pedir aos estudiosos, aos historiadores: peguem de JK até agora, da República até agora, e vejam se houve um governo que se preocupasse tanto em cuidar das pessoas pobres", afirmou.
Em discurso improvisado de 30 minutos, para 83 prefeitos de dez partidos --incluindo dois do PSDB e dois do PFL--, Lula voltou a defender a convocação de uma Constituinte exclusiva para a reforma política. "Porque, se depender do Congresso, teremos arremedo, e não reforma política."
Em seguida, Lula questionou duas regras do atual sistema político. "Por que um deputado pode ser candidato a prefeito sem perder o seu mandato e o prefeito perde o mandato se quiser ser deputado? Por que o mandato de senador é de oito anos e não quatro? São algumas coisas que acho que nós temos que pensar", disse.
O presidente voltou a tratar como um fenômeno generalizado a crise política que atingiu seu governo. "A crise política que vivemos não é crise política de agora. É crise política que levou Getúlio [Vargas] à morte, que levou Juscelino [Kubitschek] a ser esculachado como era todo santo dia, que levou João Goulart a cair. A crise não é de um deputado ou de um partido político. É uma crise do sistema político brasileiro. A estrutura está apodrecida e nós temos que mudá-la."
Mais cedo, o presidente esteve em São Paulo, para o seu primeiro comício na cidade. No discurso de meia hora, o petista afirmou que irá visitar os Estados de seus adversários para conquistar novos eleitores.
"Quanto mais eles baterem, mais eu vou lá na terra deles em busca de votos. Vou para a Bahia, para Santa Catarina e para o Amazonas", declarou. Os Estados são redutos eleitorais de Antônio Carlos Magalhães (PFL), Jorge Bornhausen (PFL) e Arthur Virgílio (PSDB).
Lula prometeu não citar os nomes dos agressores nesta campanha, mas disse que não levará desaforo para casa.
"Eles estão babando, xingando porque achavam que, três meses depois de eu tomar posse, o Brasil iria acabar. Mas o país não só não acabou como está muito melhor", declarou o presidente, em um discurso recheado de queixas à suposta agressividade de seus "rivais".
"Meus adversários são mais cultos do que eu, estudaram mais do que eu, mas estou certo de que governar não é só com a cabeça, é com o coração também, e nós estamos acertando e é por isso que eles ficam nervosos", afirmou o presidente.
À noite, o presidente esteve em Belo Horizonte. Discursou por mais meia hora, ressaltou sua administração e anunciou que seu programa de governo terá o nome de "Desenvolvimento, Distribuição de Renda e Educação de Qualidade". "Quero pedir aos estudiosos, aos historiadores: peguem de JK até agora, da República até agora, e vejam se houve um governo que se preocupasse tanto em cuidar das pessoas pobres", afirmou.
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