Nos últimos dias, o estado de São Paulo voltou a ser alvo de ataques do Primeiro Comando da Capital. Novamente, o governo federal colocou-se à disposição do governo estadual, para colaborar no que fosse necessário. O governo estadual tomou este oferecimento, que em última análise constitui uma obrigação do governo federal, como pretexto para uma disputa político-eleitoral.
A postura agressiva dos tucanos e pefelistas, especialmente do secretário de Segurança do estado de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, é sinal de quem tem grande parte ou grande cota de responsabilidade no que está correndo. Afinal, os tucanos e pefelistas governam São Paulo há doze anos. Implementaram uma política de “segurança pública” que produziu duas catástrofes: a Febem e o PCC.
O governo federal faz certo, ao oferecer ajuda para o estado de São Paulo lidar com a situação. Assim devem ser as relações numa república federativa. Ao mesmo tempo, compete aos partidos políticos e aos candidatos debater as diferentes concepções de segurança pública. A conduta supostamente “linha dura” do secretário Saulo de Castro Abreu Filho, que não o impediu de negociar com o PCC, combinado com uma política carcerária que na prática facilitou o recrutamento de aderentes para a organização criminosa, é diretamente responsável pelo que está acontecendo em São Paulo.
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