O governo Lula foi o que mais investiu em ciência e tecnologia na história do país, segundo os cientistas que participaram do encontro com o presidente nesta quarta-feira (9), em Brasília.
Na reunião foram debatidos os avanços e os problemas do setor, além dos projetos que devem ser priorizados em um segundo mandato. Mais de 55 cientistas participaram da reunião.
Todos eles reconhecidos nacional e internacionalmente na sua área de atuação, como os físicos Luiz Pinguelli Rosa e Rogério Cerqueira Leite.
“Este governo investiu e construiu os alicerces para que o país possa crescer com soberania e desenvolvimento tecnológico”, disse Cerqueira Leite.
Já o cientista da área de fármacos, Eliezer Barreiro, da Universidade Federal de Pernambuco, ressaltou que o atual governo foi o primeiro a reconhecer a importância estratégica da sua área de pesquisa para o país. “Recebemos mais investimentos e, conseqüentemente, avançamos em pesquisas de elementos que serão utilizados para o tratamento de doenças”.
O físico Lívio Amaral, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, ressaltou o crescimento do diálogo do governo com o setor e o investimento na formação de novos especialistas. “Só este ano devem ser formados mais de 10 mil novos doutores e esse recurso humano é imprescindível”, afirmou.
A diretora da Coordenação dos Programas de Pós-graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Ângela Uller, lembrou que as recentes conquistas se devem à criação de fundos e leis que facilitaram o investimento em ciência e tecnologia. “A lei da inovação é um exemplo disso. Ela estimula com investimento projetos para o setor produtivo”, explicou.
Lula, por sua vez, mostrou confiança em um sólido período de desenvolvimento para o país, e destacou a importância do investimento em educação para que o Brasil saia da condição de nação emergente e se transforme em um país plenamente desenvolvido. Para isso, destacou, a parceria com o setor científico é fundamental.
“Educação, ciência e tecnologia são prerrogativas para que o crescimento que almejamos seja atingido”, afirmou. Segundo o presidente, o governo já iniciou uma série de ações estruturais que sustentarão o crescimento econômico e social do país. Entre elas, a abertura de novas universidades, a formação de 10,5 mil doutores só em 2006, a criação de 32 escolas técnicas, a refinaria que começará a ser construída em Pernambuco e o desenvolvimento do biodisel. “Isso tudo, mais a baixa inflação, o superávit comercial e o crescimento da renda, indicam que temos tudo para dar um salto de qualidade no Brasil”, avaliou.
Além dos investimentos já realizados, o presidente fez questão de ressaltar o fortalecimento da soberania do país. E afirmou que o Brasil tem potencial para competir no mundo globalizado. “Hoje, nosso maior parceiro comercial é a América Latina. Continuamos aumentando nossa relação com os EUA, mas ampliamos os horizontes, criando outras alternativas”, explicou, citando os acordos comerciais com países africanos e latino americanos.
Além do sucesso comercial, Lula ressaltou a criação do G20 – grupo de vinte países emergentes que tem o Brasil como um de seus principais membros. “As nações mais ricas não fazem mais nada sem nos ouvir antes”.
O presidente encerrou o debate convidando os cientistas a serem cúmplices de um projeto de desenvolvimento capaz de abranger todas as regiões brasileiras. “Investiremos mais onde temos mais carência”, afirmou.
Ele ainda lembrou que os alicerces já estão levantados e que precisará contar com o comprometimento do setor para terminar a construção. “O Brasil do século 21 vai aproveitar as chances que ficaram para trás no século 20”, finalizou.
Durante o encontro, Lula foi presenteado por José Cândido Portinari, filho do pintor Cândido Portinari, com um catálogo das obras do artista. A homenagem foi um reconhecimento pelo esforço do presidente em divulgar a cultura do país no exterior. O presente veio acompanhado de uma foto que mostrava Lula entregando um catálogo de Portinari ao presidente da França, Jacques Chirac.
Confira a nota divulgada pelos cientistas aos meios de comunicação.
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