27 fevereiro 2006

U2 singer Bono meets with Brazil's President Lula


Brazilian President Luiz Inacio Lula da Silva hosted singer and social activist Bono of the Irish rock band U2 for lunch on Sunday at his presidential retreat.

Minister of Culture Gilberto Gil, who became famous as a pop music star before joining the government, joined them.

Local media quoted Bono as saying he wanted to discuss fighting poverty with Lula.

U2, which performed in Brazil in 1998, will play two concerts on Monday and Tuesday in Sao Paulo.

"Bono for president of United Nations," read the sign of one of many fans waiting outside the presidential retreat for a glimpse of the rocker. Bono has worked on poverty relief efforts and Lula's best known social program is called Zero Hunger.

>> Sales for second U2 concert in Brazil gone in 7 hours
>> Rolling Stones - Before concert...
>> Rolling Stones rock a million fans in Rio

Fonte: www.brtrends.blogspot.com/

Presidente Lula não abre mão da expansão, com qualidade, do sistema federal de ensino superior


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu que o governo não vai abrir mão da expansão com qualidade no sistema federal de ensino superior. Em seu programa semanal de rádio, o "Café com o Presidente", na última segunda-feira, dia 20, Lula falou do projeto Expandir, lançado pelo Ministério da Educação (MEC) na semana passada e garantiu que o governo liberará mais recursos para que os novos campi atendam aos requisitos. "Ao todo, são R$592 milhões para estas extensões. E eu quero acompanhar isso de perto, pois educação de qualidade é um compromisso do governo".

Com o projeto Expandir, o MEC tem programadas 42 expansões universitárias em diversas regiões, além de 10 novas instituições. Na última sexta-feira, dia 17, o secretário-executivo da pasta, Jairo Jorge, anunciou a liberação de R$100 milhões para as obras. "Estes recursos serão utilizados para avançar na construção de prédios e laboratórios", afirmou o dirigente. Ainda na proposta orçamentária deste ano, o governo deve liberar outros R$160 milhões para o projeto.

De acordo com o secretário de Educação Superior do MEC, Nelson Maculan, o objetivo é aumentar em 125 mil o número de estudantes no sistema federal. "Em 2005, foram cerca de R$600 milhões em recursos novos. Serão contratados quase seis mil novos professores. Também teremos concurso para técnicos-administrativos. E esta expansão vai atender apenas a uma pequena parte da demanda. Mas temos a convicção de que estamos investindo em capital humano para o futuro do país".

Em abril o Brasil alcançará a auto-sufuciência na produção de petróleo

Em abril, com a entrada em operação da plataforma P-50, a Petrobrás alcançará a auto-sufuciência na produção de petróleo, com previsão de investimentos em exploração e produção, em 2006, R$38 bilhões, quase o dobro do recorde de R$25,7 bilhões aplicados em 2005.

Para manutenção do crescimento, a empresa também se volta para reforçar o quadro de pessoal, com a previsão de contratação de nove mil funcionários até 2008. Até o dia 21 de março de 2006 serão iniciadas as inscrições para o concurso deste ano.

Serão 1.178 vagas, sendo 357 em 21 cargos de nível médio e médio/técnico e 821 em 24 funções de nível superior. Os vencimentos variam de R$1.270,53 a R$3.962,04.

A Petrobrás oferece ainda outros benefícios como assistência escolar, complementação educacional e assistência multidisciplinar de saúde (médica, odontológica, psicológica e hospitalar), além de participação nos lucros.

Inscrições até 03 de abril, nas agências dos Correios. Apresentar de cópia e original da carteira de identidade, taxa de R$28, para cargos de nível médio e de R$42, para nível superior. Pela internet, no site www.cesgranrio.org.br.

Provas objetivas de Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Matemática, Atualidades e conhecimentos específicos, dependendo do cargo, prova discursiva (somente para advogado), avaliação de títulos (somente para analista de Comércio e Suprimento Pleno - Gás e Energia) e de exame de capacitação física (somente para auxiliar de Segurança Interna). A aplicação dos exames objetivos e discursivos está prevista para 7 de maio.

26 fevereiro 2006

Lula aposta em Fundeb para qualificar educação


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou segunda-feira (20), em seu programa semanal de rádio (Café com o Presidente), que a aprovação do Fundeb (Fundo de Manutenção da Educação Básica) vai garantir uma educação "efetivamente de qualidade" no Brasil.

Lula disse estar convicto de que o Senado aprovará o Fundo, já votado pela Câmara. "Isso porque os senadores têm responsabilidade com a educação neste país", concluiu.

A proposta do Fundeb foi aprovada pela Câmara dos Deputados no dia 2 de fevereiro e agora depende de votação no Senado. Ela amplia recursos para a educação e o número de vagas no ensino público. O objetivo é substituir o Fundef, que trata apenas do ensino fundamental.

O presdiente afirmou que o governo federal tem suas preocupações voltadas para todos os níveis de ensino, do fundamental às universidades. Para ele, com o Fundeb será possível alcançar o nível de educação dos países desenvolvidos.

"O Fundeb vai permitir que a gente cuide da criança do dia em que nasce até o ensino médio, dando ao povo brasileiro um padrão de educação que todo o mundo dá, que o mundo desenvolvido deu. Por isso que se transformou no mundo desenvolvido", afirmou.

Capilaridade
O governo federal está implantando 40 cursos universitários no interior do país, com o objetivo de evitar o deslocamento dos jovens para as grandes cidades. No programa de rádio, Lula disse que as extensões evitam que os universitários deixem "sua terra natal, às vezes em condições totalmente desfavoráveis, sobretudo as condições financeiras". Nesta semana, Lula visita obras de novas universidades em seis diferentes Estados.

"São 40 extensões que estamos fazendo. Nessa viagem agora eu vou a Juazeiro, na Bahia, e Petrolina, em Pernambuco, que vai ter a Universidade São Francisco. Vamos a Arapiraca, em Alagoas, a Parnaíba, no Piauí, a Imperatriz, no Maranhão, e a Marabá, no Estado do Pará. Eu vou fiscalizar as obras para ver se estão andando como quero que andem. Ao todo, são R$ 592 milhões para essas extensões. Eu quero acompanhar de perto, porque educação de qualidade é um compromisso do meu governo. Somente através da educação de qualidade o Brasil vai se transformar em país de padrão de primeiro mundo", afirmou.

Segundo o presidente, o número necessário de professores vem sendo contratado desde 2003. "Até agora contratamos 9.008 novos docentes para as universidades. Numa demonstração de que não estamos medindo nenhum esforço para que possamos dar à educação a qualidade que ela precisa. Educação a gente não fala, faz. E nós estamos fazendo aquilo que é preciso", considerou.

Lula disse que não é só o Nordeste que está sendo beneficiado. "Anunciamos em Bagé, no Rio Grande do Sul, a Universidade do Pampa. Tem instalação de campi em 10 cidades, a partir de abril. O Sul do país é uma região nobre, onde o povo teve oportunidade de ter escola primeiro que em outras partes do Brasil. Por isso que o Sul é uma região desenvolvida. O povo é bem informado. Temos que tratar a Região Sul com um carinho especial", afirmou. 22.02.2006

24 fevereiro 2006

Nova pesquisa confirma favoritismo de Lula


Pesquisa Datafolha publicada quarta-feira (22) pela Folha de S.Paulo confirmou o que o levantamento da CNT/Sensus já havia detectado na última semana: Lula voltou a recuperar seu favoritismo e derrotaria todos os seus concorrentes em dois turnos se as eleições presidenciais fossem hoje.

No primeiro turno, o presidente teria 39% das intenções de voto, contra 31% do tucano José Serra, em um cenário que inclui como candidato o peemedebista Antony Garotinho, com 8%. Na pesquisa anterior feita pelo Datafolha há três semanas, Lula e Serra empatavam no primeiro turno.

No segundo turno, os resultados também se reverteram: Lula agora vence Serra por 48% a 43%. No levantamento anterior, o tucano batia o presidente por 49% a 41%.

O governador paulista, Geraldo Alckmin, seria hoje derrotado por 53% a 35% no segundo turno. A vantagem de Lula sobre Alckmin no primeiro turno, que havia chegado a oito pontos percentuais em dezembro, é agora de 43% a 17% das intenções de voto.

Na pesquisa de intenção de voto espontânea, Lula subiu de 23% das preferências para 30%, contra 11% de Serra (que tinha 9%) e 4% de Alckmin (que manteve o índice). Em março de 1998, às vésperas da campanha eleitoral, o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) atingia apenas 19% das intenções de voto.

Mais ricos
Além de ter desempenho muito superior entre as classes mais pobres, o presidente agora dobrou sua votação entre os entrevistados que ganham mais de dez salários mínimos (R$ 3.000). Há três semanas, a vantagem do tucano nesta faixa de renda era de 33 pontos perentuais (49% a 16%). Agora, essa vantagem despencou para apenas 4 pontos (35% a 31%).

Com Alckmin, deu-se o mesmo. Nesta faixa de renda, o governador, há três semanas, venceria Lula por 45% a 15%. Hoje, a vantagem caiu de 36% a 30%.

Imagem pessoal
A imagem pessoal do presidente teve uma forte melhora. O desempenho de Lula é tido hoje como ótimo ou bom por 53% dos eleitores. Na última pesquisa Datafolha em que este quesito foi analisado, em outubro de 2005, o índice era de 40%.

O índice geral de avaliação - a diferença entre "ótimos" e "péssimos" - subiu nesses meses de 20 para 39 pontos positivos. Em outubro passado, essa diferença era igual a zero.

Governo
Segundo o Datafolha, 37% dos eleitores consideram o governo ótimo ou bom; 39% acham que é regular; e 22% consideram ruim ou péssimo. Os números se mantiveram praticamente inalterados em relação à pesquisa anterior do instituto.

O sentimento de otimismo com a economia cresceu em relação ao último levantamento do Datafolha sobre o tema, em meados de 2005. Mais eleitores consideram que a inflação cairá, que haverá mais emprego e consumo.

A pesquisa Datafolha foi realizada nos dias 20 e 21 de fevereiro. Foram entrevistadas 2.651 pessoas em 164 cidades de todos os Estados do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

23 fevereiro 2006

Aumenta a preferência pelo PT, diz Datafolha


A notícia não virou manchete e tampouco se encontra no site do Instituto Datafolha. Mas uma pequena nota na seção Painel, da Folha de São Paulo desta quinta-feira (23), anuncia o PT como o mais popular entre os eleitores, com crescimento nos índices de preferência:

"A pesquisa Datafolha não trouxe boa notícia apenas para Lula. O PT recuperou quatro pontos no quesito qual é o partido de sua preferência. Tem agora 19% das menções, à frente das demais siglas e no mesmo patamar de julho passado." A nota não informa a porcentagem obtida por outros partidos.

Leia também:

Datafolha confirma favoritismo de Lula

Crise política fortalece o PT e faz aumentar número de filiados

Lei na Carta Agência Maior - ( Enviado por Meireles )

21 fevereiro 2006

A ameaça liberal e o futuro do PT


O artigo A ameaça liberal mostra que a conjuntura pré-eleitoral aponta para a reaglutinação de forças neoliberais personificadas pelo PSDB/PFL para derrotar o projeto democrático-popular, implementado pelo presidente Lula. E o artigo O desafio comum da América Latina revela que o grande desafio da nova e histórica conjuntura latino-americana apontada no Fórum Social Mundial é a construção de um novo paradigma alternativo ao neoliberalismo. E a quinta parte da série O PT e o Estado brasileiro defende que a renovação e a própria continuidade da trajetória do PT nos próximos anos dependem da sua capacidade de construir um programa de transformações históricas do Estado brasileiro a partir dos valores do socialismo democrático.

Leia edição completa do Periscópio >>

20 fevereiro 2006

Bono elogia Fome Zero e promete doar guitarra ao programa


O cantor Bono vai doar sua guitarra ao programa Fome Zero no encerramento da última apresentação da banda U2 em São Paulo, amanhã (21). A promessa foi feita nesse domingo (19) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante almoço na Granja do Torto.

Em entrevista exclusiva à Radiobrás, Bono disse que acredita na viabilidade do Fome Zero. "É um programa possível. Para ter um programa desses, é preciso organização, tem que ter estratégia. Também não pode ser visto como algo só da esquerda. Para acabar com a fome, todos os atores têm que participar", afirmou.

Sobre a conversa com Lula, Bono disse que foi "um grande encontro, com um almoço maravilhoso". Ele afirmou que "o Século 21 é o século da América Latina, e o Brasil é a primeira liderança da América Latina". Ele disse também que o presidente Lula surgiu no mundo como uma grande novidade.

No almoço, foram servidas comidas tipicamente brasileiras: carne e peixe assados como prato principal e frutas tropicais e pudim de tapioca na sobremesa. Para beber, diversos tipos de refrigerante.

Combate à pobreza
O cantor Bono afirmou ao chegar à residência oficial da Granja do Torto, neste domingo, que em toda a sua vida sonheu conhecer Brasília.

Cercado por fãs, Bono acrescentou: "É um sonho estar aqui, porque Lula luta não só contra a pobreza, mas também contra a pobreza no mundo, como na África. Estou muito animado com isso".

Será o segundo encontro entre o presidente e o cantor, que se conheceram no Fórum Econômico Mundial realizado na cidade de Davos, na Suíça, no ano passado.

Turismo modernista
Após o encontro, que durou aproximadamente duas horas, Bono foi ciceroneado pelo ministro da Cultura, Gilberto Gil, em um passeio turístico por Brasília.

O cantor disse que, desde criança, via fotografias da capital brasileira e ficava impressionado. "Sou admirador de Oscar Niemeyer. A realidade é muito mais impressionante do que as fotos", disse.

O ministro Gilberto Gil informou que passou com Bono pelo Plano Piloto, com suas asas Norte e Sul, pela Torre de Televisão e pela Esplanada dos Ministérios. Católico, Bono ficou especialmente encantado com a Catedral.

Em nenhum dos locais eles pararam. Para despistar os fãs que seguiam o carro, a comitiva desviou o caminho rumo à Base Aérea, descendo por uma rampa do Palácio do Itamaraty.

Gil contou ainda que Bono gostou do projeto de Biodiesel e, segundo o ministro, ele levou dois empresários americanos interessados em investir no programa do governo.

Fórum de Davos
Eleito a pessoa do ano pela revista americana Time, em 2005, Bono é reconhecido também pelas mensagens contra as injustiças sociais. O combate à pobreza deve ser assunto entre Bono e o presidente.

Segundo a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, foi o cantor quem manifestou o desejo de se encontrar com o presidente, e Lula agendou o almoço.

Não é a primeira vez que os dois se encontram. No ano passado, Lula e Bono conversaram sobre a inclusão social durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, que reúne governantes e líderes empresariais dos países mais ricos do mundo. Na época, Bono disse que Lula é "um grande homem, que mudou a agenda de Davos".

O cantor, como Lula, defende que países industrializados compartilhem a sua riqueza com os mais pobres. Bono, de 45 anos, lidera a campanha Drop the debt (Derrube a dívida), pelo perdão da dívida dos países pobres, especialmente os africanos.


Agência Brasil

16 fevereiro 2006

PT 26 anos


Em comemoração aos 26 anos do PT, o site da FPA disponibiliza artigos de Hamilton Pereira, Emir Sader e Henrique Fontana sobre o momento histórico do partido e os desafios que o esperam a partir de agora. E para celebrar esse aniversário, a Editora da Fundação Perseu Abramo dá desconto de 50% em 10 importantes livros de seu catálogo. Aproveite, pois a promoção é por tempo limitado!
Leia os artigos em comemoração aos 26 anos de PT >>
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15 fevereiro 2006

Crise política fortalece o PT e faz aumentar número de filiados


Colunistas, acadêmicos e políticos que passaram os últimos meses de 2005 prevendo a extinção do Partido dos Trabalhadores estão sendo obrigados a rever suas análises. O PT não apenas sobreviveu à crise, como saiu maior e mais fortalecido dela.

Levantamento do Núcleo Nacional de Carteiras, ligado à Secretaria de Organização do partido, mostra que o PT iniciou 2006 com 24.165 filiados a mais do que tinha no começo do ano passado. Esse número representa a diferença entre os que entraram durante 2005 (29.583 pessoas) e os que comunicaram seu desligamento (5.418) ao longo do ano.

Segundo o estudo, os “petistas de carteirinha” eram 840.108 em janeiro de 2005, saltaram para 857.815 em julho e já somavam 864.273 em janeiro de 2006. Em doze meses, o aumento do quadro de filiados (descontando os que saíram) foi da ordem de 3%.

“No pior ano do PT, houve uma resposta firme de parcela da sociedade, que reconhece a importância do partido na construção da democracia e na conquista dos direitos dos trabalhadores”, avalia o secretário nacional de Organização, Romênio Pereira.

O detalhamento dos números revela, ainda, que as anunciadas “desfiliações em massa”, por conta do recrudescimento das denúncias e dos ataques diários, acabaram não acontecendo. Pelo contrário: o total de pessoas que se desfiliaram em 2005 foi maior no primeiro semestre (3.409) do que no segundo (2.009), quando a crise tomou maiores proporções.

Outro ponto relativo ao pouco impacto que a crise teve no prestígio do PT: de todos os que “oPTaram” no ano passado, 8.467 (ou 28%) o fizeram a partir de agosto.

Estados
Romênio lembra que tem viajado por vários Estados e, por todos os lugares onde passa, é procurado por simpatizantes que decidiram se filiar depois da crise. “São pessoas de setores sindicais, de movimentos populares, das universidades, que, diante dos ataques da direita, entraram no partido para mostrar que estão do nosso lado”, comenta.

Segundo os números do Núcleo de Carteiras, o PT vem crescendo em todos os Estados do país, sem exceção, mais o Distrito Federal. Tomando por base a comparação entre setembro de 2004 - quando se encerraram as filiações válidas para o PED (Processo de Eleições Diretas), que ocorreria um ano depois – e os números atualizados até fevereiro de 2006, o aumento líquido (descontadas as desfiliações) atinge 4,76%.

Nessa base de comparação, o partido ganhou 45 mil novos filiados e perdeu 6 mil, num saldo positivo de 39 mil.

Os Estados de maior crescimento foram Ceará (18,9%), Roraima (13,4%), Bahia (11%), Rio Grande do Norte (10,2%) e Acre (10,1%). No total de filiados, São Paulo é o Estado com maior número (196.729), seguido por Minas Gerais (86.467), Rio Grande do Sul (81.430), Rio de Janeiro (65.764) e Paraná (51.700.

14 fevereiro 2006

Pesquisa consolida recuperação de Lula


A pesquisa CNT/Sensus divulgada oficialmente nesta terça-feira (14) consolida a percepção de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu governo conseguiram recuperar-se do impacto provocado pela crise política no final do ano passado.

Além de melhora nos índices de aprovação pessoal do presidente e da administração federal, o levantamento mostra que, se as eleições fossem hoje, Lula venceria em segundo turno todos os principais nomes colocados como possíveis adversários.

Para o primeiro turno, os entrevistados responderam a cinco listas, nas quais, além de Lula, constam José Serra (PSDB), Geraldo Alckmin (PSDB), Aécio Neves (PSB), Anthony Garotinho (PMDB), Germano Rigoto (PMDB), Heloísa Helena (Psol), José Maria Eymael (PDC) e Roberto Freire (PPS). Nesta série, a intenção de voto no petista varia de 35,8% a 42,5%.

A CNT/Sensus também solicitou que os pesquisados respondessem espontaneamente em quem votariam no primeiro turno. Neste cenário, Lula obteve 30%, contra 10% de Serra, 3.8% de Alckmin e 1,8% de Garotinho. Em novembro de 2005, data da pesquisa anterior, a seqüência era, respectivamente, 19,4%, 7,2%, 3.6% e 2,1%.

Segundo turno

A grande recuperação de Lula, no entanto, se deu nas simulações de segundo turno. Em novembro de 2005, Serra venceria Lula por 41,5% a 37,6%. Agora a relação se inverteu, com ampla vantagem para o petista: Lula tem 47,6% e Serra 37,6%, diferença de dez pontos percentuais.

Contra os demais tucanos apresentados, o presidente não só manteve a dianteira como aumentou a diferença. Venceria Alckmin por 51,3% a 29,7% e Aécio por 55,7% a 23%. O mesmo ocorreu em relação a Garotinho. Em novembro, daria Lula por 41,8% a 28%. Agora, o resultado final seria 54,1% a 24,1%. Nos três casos, a vantagem do petista é de mais de 30 pontos percentuais.

Os pesquisadores acrescentaram ainda dois novos cenários de segundo turno, contra Rigoto e Heloísa Helena, que não constavam em novembro. No primeiro, Lula venceria por 59,4% a 15,5% e, no segundo, por 56,6% a 19,3%.


Rejeição e avaliação
A pesquisa mostra também que, entre novembro e fevereiro, a rejeição a Lula baixou quase 11 pontos percentuais. Dos entrevistados, 35,8% disseram que não votariam nele em outubro deste ano (eram 46,7% no levantamento anterior). Todos os demais candidatos têm índices maiores de rejeição, na seguinte ordem: Garotinho, 59,1%; Heloísa Helena, 47,5%, Rigotto, 45%; Aécio, 43,9%; Serra, 41,7%; e Alckmin, 39,9%.

A queda na rejeição vem acompanhada de outros dois indicadores favoráveis. Na avaliação do governo, o índice positivo (ótimo/bom) subiu de 31,1% para 37,5%, enquanto o negativo caiu (ruim/péssimo) de 29% para 21,4%. O regular oscilou entre 37,6% e 40%.

O mesmo ocorreu com a avaliação do desempenho pessoal do presidente, cuja aprovação subiu de 46,7% para 53,3%. Já a desaprovação caiu de 44,2% para 38%.

A pesquisa CNT/Sensus ouviu 2 mil pessoas de 195 municípios de todas as regiões do país, entre os dias 6 e 9 de fevereiro. A margem de erro é de três pontos percentuais para cima ou para baixo.

A íntegra da pesquisa está no site http://www.cnt.org.br/.

Lula: Ninguém nos fará baixar a cabeça


Mais de 1.100 pessoas lotaram a AABB (Associação Atlética Banco do Brasil), em Brasília, para comemorar os 26 anos do PT e ouvir seu fundador e filiado mais ilustre, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmar que “maturidade política, bom senso e vontade de brigar é o que não pode faltar a um petista neste momento histórico”. (leia a íntegra de seu discurso)

Centro das atenções no jantar de aniversário do partido, que aconteceu na noite desta segunda-feira (13), Lula mal teve tempo de provar a comida. Ele entrou no salão da AABB às 21h08 e foi cercado por dezenas de militantes, com pedidos de fotos, abraços, beijos e autógrafos. Levou 11 minutos para atravessar os 10 metros que o separavam da mesa onde deveria jantar. Sentou-se, mas logo teve de levantar para continuar a receber os cumprimentos e posar abraçado a petistas de todos os cantos do país. Só conseguiu tomar no primeiro copo d´água às 21h40.

Antes que pudesse descansar, porém, foi chamado ao palco onde já estavam 13 ministros de seu governo; o vice-presidente e também ministro José Alencar; o presidente do PT, Ricardo Berzoini; os governadores Jorge Viana (AC) e Wellington Dias (PI); senadores, deputados e outras lideranças do PT.

Seu discurso de cerca de 20 minutos foi interrompido várias vezes ao coro de “um, dois, três, é Lula outra vez!” e “olé, olé, olá, Lulá, Lulá!”. O presidente, porém, tentou conter os ânimos, afirmando várias vezes que sua prioridade, agora, é continuar governando o Brasil.

“Tenho que priorizar o meu governo. Foi para isso que eu cheguei até aqui”, disse. Para Lula, é esse compromisso que irrita os adversários. “Vou governar até o limite da lei. Não adianta se incomodar. Fui eleito para fazer o que estou fazendo”, garantiu, numa referência ao políticos da oposição que querem impedi-lo de viajar o país mostrando os resultados de sua administração.

O presidente ressaltou, ainda, a importância do PT para a democracia brasileira, o que desagradaria setores da sociedade que não gostam de conviver com a diferença. E concluiu: “Graças a Deus, eu não só gosto de democracia, como adoro. Adoro o debate, adoro a negociação, adoro a adversidade”.

Lula fez um breve balanço da vida do PT, lembrando dos petistas históricos que morreram ao longo destes 26 anos (citou Henfil, Paulo Freire, Carlito Maia, Lélia Abramo e Apolônio de Carvalho) e dos que decidiram abandonar o barco no meio da travessia. “Tem gente que fraqueja, tem gente que se cansa. A estes, nenhum rancor, apenas o agradecimento pelo tempo em que estiveram conosco”.

Para o presidente, o PT é como um “filho prodígio” que teria amadurecido rápido demais. “É um partido de 26 anos que não teve tempo de ser adolescente”, comparou.

A crise vivida pelo partido em 2005 também ocupou boa parte do discurso do presidente. Ele afirmou que pedir desculpas por erros cometidos é um ato de grandeza, não de fraqueza, sobretudo se isso é feito “ao povo, aos entes queridos e aos companheiros e companheiras”.

Mas ressaltou que, na política, “não vale ter depressão” nem “ficar nervoso antes da hora” ou “perder noite de sono”, principalmente no caso do PT, que, em sua avaliação, é maior do que os erros cometifos. “Ninguém pode fazer nosso partido baixar a cabeça. Não podemos permitir que tentem duvidar de onde partimos, onde estamos e onde queremos chegar”, concluiu.
Leia a íntegra do discurso de Lula no aniversário do PT

08 fevereiro 2006

Rancor e inveja movem FHC, afirma Ciro


O Ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, disse nesta quarta-feira (8) que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) "é movido pelo rancor e pela inveja" e que o comportamento dele é pior do que o do ex-presidente Fernando Collor de Mello, o que acaba favorecendo Lula e prejudicando a oposição.

Para Ciro, FHC deveria "guardar o recato e a elegância de todos os ex-presidentes, inclusive o de Fernando Collor".

O ministro fez suas declarações na pista do aeroporto internacional de Argel, capital da Argélia, logo ao desembarcar com a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou ao país nesta manhã.

Ciro afirmou que durante as 10 horas de viagem de Brasília à Argélia, Lula não comentou com a comitiva as críticas de FHC, mas lembrou que meses atrás o presidente havia comparado os políticos tucanos a "ex-maridos que não suportam ver a ex-mulher feliz com outro".

"Fernando Henrique deveria pensar duas vezes antes de falar", declarou Ciro Gomes. "Os padrões éticos no governo dele não resistem a uma comparação com nenhum dos anteriores, se o critério for o grau de lesão aos cofres públicos", disse o ministro, numa referência aos processos de privatização.

"Fernando Henrique precisa controlar a inveja e o rancor, manter o recato e a elegância com que se comportam todos os ex-presidentes. Veja, por exemplo, o comportamento do ex-presidente Fernando Collor."

Segundo Ciro, as críticas de FHC acabam sendo benéficas para o governo Lula. "Temos pesquisas mostrando que, mesmo entre os segmentos que se decepcionaram com nosso governo, ninguém tem saudades dele. Com esse comportamento, ele acaba puxando o debate para um lado que nos favorece."

"Tenhos amigos no PSDB e no PFL que estão incomodados com essa atitude, porque ele desqualifica o debate e ocupa os espaços."

Além de Ciro Gomes, estão na comitiva do presidente os ministros das Relações Exteriores, Celso Amorim, Saraiva Felipe, da Saúde, Silas Rondeau, de Minas e Energia, Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Agnelo Queiroz, de Esporte, e Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.

Depois da visita à Argélia, Lula irá a Benin, Botsuana e encerra a viagem na África do Sul. Essa é a quinta visita do presidente ao continente africano.

José Alencar: "Lula é um gigante e vai se reeleger"


O presidente interino e ministro da Defesa, José Alencar, disse nesta quarta-feira (8) que apóia a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Perguntado se a economia iria ajudar a reeleição do presidente, Alencar disse apenas: "Ele (Lula) é um gigante e tem todos os méritos. Não tenho dúvidas de que ele será reeleito."

Na avaliação de Alencar, Lula tem demonstrado capacidade muito grande de recuperação, de prestígio e de valor. "Ele tem condições excepcionais no campo de sensibilidade social, de espírito cívico e público e também de sentimento nacional. O brasileiro quer apoiar um candidato assim", disse Alencar, que se reuniu hoje com empresários em almoço do Conselho Empresarial Brasil-China.

Como prova da capacidade popular do presidente, Alencar afirmou que o País vive mais de meio ano de CPIs. E por muito menos do que isso, outros presidentes entraram em queda irreversível na história recente do Brasil. "Mas o Lula se sustenta, e essa é a prova de que o povo o recomenda."

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Lula: Pacote habitacional beneficia mais pobres


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (7), em pronunciamento no Palácio do Planalto, que as medidas de incentivo à construção civil permitirão que o setor volte a ser parte significativa no crescimento da economia brasileira e a ter papel importante na geração de empregos.

Três medidas foram anunciadas hoje pelo governo para estimular a construção civil e ampliar a oferta de recursos para a habitação social em 2006. São elas: crédito imobiliário para a classe média, ampliação de recursos para habitação social e desoneração de materiais de construção.

Segundo Lula, a medida vai beneficiar sobretudo a população mais pobre, que constrói por si mesmo suas casas. De acordo com o presidente, 60% das casas no Brasil são construídas pelos próprios proprietários dos terrenos.

O presidente afirmou que com a zeragem de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para 13 produtos de construção, bem como a redução da alíquota para 5% de outros 28 materiais, permitem um barateamento nos custos da construção civil.

Segundo ele, as medidas adotadas pelo governo para as áreas de habitação e construção civil mostram que não vai faltar dinheiro para o setor.

O presidente destacou que os recursos colocados à disposição este ano - R$ 18,7 bilhões, além das medidas de desoneração anunciadas hoje -, contribuirão decisivamente para a solução do problema do déficit habitacional, que é de cerca de 6 milhões de imóveis.

O presidente também fez referência ao montante de R$ 1 bilhão para o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social, que visa atacar o problema da moradia precária de populações miseráveis.

Medidas anunciadas
Um total de 41 materiais utilizados na construção terá o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido ou desonerado. Treze ficarão desonerados do imposto e outros 28 que têm alíquota superior a 5% terão o valor reduzido para 5%. Os materiais incluídos no pacote são, por exemplo, esquadrias metálicas e de madeira, torneiras e registros, argamassa, azulejos, cerâmica esmaltada, tintas e vidros.

Para quem pretende comprar os produtos que ficam mais baratos, a medida traz também uma maior oferta de crédito, segundo o governo. O total de recursos disponíveis soma R$ 18,7 bilhões, que poderão ser usados para compra de material de construção e de imóveis usados.

Os recursos da caderneta de poupança destinados à habitação em 2006 deverão superar os R$ 8,7 bilhões, sendo R$ 2 bilhões da Caixa Econômica Federal. Esse valor representa um incremento de 90% em relação a 2005. O pacote prevê ainda um aumento dos recursos do Fundo de Habitação de Interesse Social (FNHIS) passando de R$ 110 milhões para R$ 1 bilhão.

O ministro da Fazenda, Antônio Palocci disse esperar que as medidas "dêem impulso novo ao setor da construção civil". Segundo ele, o pacote responde às demandas apresentadas pelo setor da construção civil. "O projeto coloca em prática medidas discutidas e consensuadas", afirmou. De acordo com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, a renúncia fiscal decorrente do IPI será de R$ 1,35 bilhão por ano.

Fontana sugere mais humildade a FHC


O líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), criticou ontem, 07.02.2006, as declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) sobre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a noite de segunda-feira, no programa Roda Viva, da TV Cultura. “ O ex-presidente continua com suas grandes características que o Brasil conhece: a arrogância e a falta de autocrítica”, disse Fontana.

Ele rebateu as acusações de FHC ao governo Lula e ao PT por suposta quebra da ética. Fontana sublinhou que grande parte da corrupção que o governo Lula está combatendo agora sobreviveu durante todo o governo FHC. “Acho que o ex-presidente deveria ter um pouco mais de humildade e serenidade e tomar uma decisão de ser candidato para compararmos o que fez em sua gestão com o que está sendo feito no governo Lula, especialmente na questão ética.”

O líder petista recordou dos inúmeros casos de corrupção ocorridos no governo tucano-pefelista de FHC. “Eu jamais vi coisa igual; durante o período das privatizações, o próprio ex-presidente, em conversas degravadas, fazia tráfico de influência a favor de determinados consórcios”, disse.

“O que nós queremos é enfrentar o ex-presidente, e aí, num debate franco e aberto, comparar governo contra governo”, declarou o líder. "Nós temos muito a debater com o ex-presidente, mas não será no ar condicionado de seu gabinete, onde faz frases de efeito e dá entrevistas. Nós queremos este debate feito por toda a população brasileira." Fontana voltou a dizer que o PT entrará com representação contra FHC por declarações concedidas por ele à revista IstoÉ. “Ele atacou de maneira geral a honra de todos nós do PT, ele não tem o direito de fazer isso”, acrescentou.

Estagnação tucana
O líder petista assinalou que FHC não conseguiu fazer em oito anos de sua gestão o que o governo Lula fez em pouco mais de três anos de mandato. Ele lembrou que nos oito anos de governo FHC, “o Brasil ficou praticamente estagnado, o crescimento econômico foi mínimo, a geração de empregos 12 vezes menor do que no governo Lula e o país não tinha a capacidade exportadora que tem hoje”, disse.

Fontana recordou que o crescimento das exportações brasileiras, durante os três anos do governo Lula, chegou perto de 98%, “algo absolutamente histórico”. Além disso, observou que o poder de compra do salário mínimo é o maior dos últimos 20 anos.

Reforma eleitoral
Sobre a reunião de líderes partidários, marcada para as 14h desta terça-feira, com o presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PcdoB-PE), para definir a pauta de votações do Plenário, Fontana destacou que a bancada petista vai defender a votação da matéria sobre a Reforma Eleitoral.

“É importantíssimo mudar a legislação eleitoral, nós queremos campanhas mais baratas, politizadas, que troquem o marketing pela política e ao mesmo tempo que tenha um teto de gastos entre os candidatos”, disse.

Para Fontana, o grande problema do atual sistema eleitoral brasileiro é o abuso do poder econômico durante as campanhas eleitorais, o que, segundo entende, pode ser mudado com a aprovação do teto de gastos. “No sistema político atual, o abuso do poder econômico é legal, se é feito com caixa um ele é legal e aí os candidatos não têm igualdade de condições. Um candidato pode gastar 10 ou 20 vezes a mais que o outro, então o teto significa igualdade de condições entre os candidatos”, disse.

“Na minha opinião, definir um teto de gastos em campanhas é bastante simples, nós devemos votar um teto e delegar aos tribunais regionais eleitorais o seu comprimento com base na realidade de cada estado. Por exemplo, no Rio Grande do Sul seria definido um teto máximo x para deputado federal, e qualquer gasto acima deste teto significaria a cassação do mandato, assim como qualquer aplicação de caixa dois”, disse.

De acordo o petista, o PT não abre mão da criação de um teto e pretende negociar questões menores e secundárias com os demais partidos, mas garantindo a criação do teto. “Se nós votamos meia dúzia de proibições e não votarmos o teto, os candidatos que querem abusar do poder econômico vão continuar com a prática abusiva”.
Portal PT.

07 fevereiro 2006

O nosso governo e o deles


Há um bom tempo o governo Lula vem sendo alvo de acusações. Seu principal adversário, o PSDB, ansioso por retomar o poder, não cansa de apontar-lhe o dedo, sabe-se lá com que autoridade moral ou política.

Em síntese, mal-disfarçando o objetivo central de enfraquecer o PT nas eleições deste ano, professam os tucanos, do mais alto pedestal da hipocrisia, que o governo Lula é uma imensa decepção em todos os sentidos: incompetente, corrupto e tudo o mais de negativo. Será mesmo? Para uma breve avaliação, proponho um critério óbvio: comparemos o governo do presidente petista Lula ao do presidente tucano Fernando Henrique.


Do ponto de vista da economia, os números são francamente favoráveis a Lula. A balança comercial bate recordes no governo atual, com superávit médio acima de US$ 34 bilhões, enquanto nos oito anos de FHC a média foi de quase US$ 2,5 bilhões... deficitária!

O risco-país em janeiro de 2002, no governo FHC, alcançou 1.445 pontos, e hoje bate recordes positivos, ficando perto dos 270 pontos. Por conseqüência, as condições para o investimento e para o crescimento melhoraram: a renda dos trabalhadores alcançou média de R$ 972,61, a maior desde 1997; a taxa de desemprego, que fora de 12,2% em 2002, caiu para 9,8% em 2005; o salário mínimo em dólares saltou de US$ 56,50 em 2002 para US$ 128,20 em 2005; a Bovespa atingiu o patamar recorde de 35.223 pontos em janeiro de 2006.

Em suma, no governo Lula o país cresceu mais, o desemprego caiu, criaram-se mais postos de trabalho formais. E o mais importante, houve inclusão social, com diminuição da desigualdade de renda e combate à miséria: os brasileiros abaixo da linha de pobreza, que passavam de 35% em 2002, caíram para 25,1% em 2004.

A dívida externa alcançou US$ 210 bilhões em 2002, mas vem caindo no atual governo, atingindo US$ 165 bilhões em 2005. Por falar em dívida externa, enquanto Fernando Henrique recorreu ao FMI por duas vezes para salvar o país da insolvência, Lula quitou a dívida e, via de conseqüência, desvencilhou a política econômica das imposições que vinham junto dos empréstimos do Fundo.

A dívida líquida no governo FHC, apesar das privatizações realizadas, saltou de 30% do PIB em 1994 para 55,5% do PIB em 2002; em 2004, recuou para 51,8% do PIB e está estabilizada.
Tudo bem, tudo bem – diriam os tucanos –, mas o presidente Fernando Henrique controlou a inflação. O que talvez se esqueceriam de dizer é que a mesma inflação foi de 12,5% em 2002 e de apenas 5,7% em 2005.

Mas a carga tributária e as taxas básicas de juros são escandalosas, diriam os críticos da “social-democracia brasileira”. Nesse caso, demonstrariam gritante amnésia: durante o governo do PSDB, a carga tributária bruta subiu de 29,5% para 35,5% do PIB, entre 1994 e 2002, ficando em 34,9% em 2003, já no governo Lula; e os tão propalados juros básicos, que hoje estão em menos de 18% ao ano, eram de 25% em janeiro de 2002. Enfim, quanto às críticas dos tucanos ao governo Lula, lembramo-nos da velha máxima: faça o que eu digo, não faça o eu que faço.

Diante desses números, os tucanos certamente apresentariam os seguintes argumentos: 1) os resultados positivos do governo Lula derivam em grande parte da conjuntura internacional, e também das conquistas institucionais geradas pelo governo anterior; 2) os bons resultados são relativos, já que o Brasil só cresce mais que o Haiti na América Latina, e menos que a China, a Índia e o México, por exemplo.

Em resposta a esses argumentos, deve-se ponderar que o país vem, desde a promulgação da Constituição de 1988 e sob a égide de seus princípios, aperfeiçoando suas instituições. Inegáveis são as conquistas quanto à racionalização da gestão pública, como a emergência da responsabilidade fiscal como um valor social a ser definitivamente prezado pelos governantes.
Mas o que os tucanos escondem é a “herança maldita” por eles deixada, como o aumento gigantesco da dívida pública e a bomba-relógio, difícil de ser desarmada, da estabilidade fundada na carga tributária e dos juros elevados.

Também é certo que a conjuntura de crescimento mundial explica em boa medida as exportações brasileiras, os investimentos aqui feitos e o crescimento constatado. Todavia, essas ponderações jamais podem ser trazidas pelos críticos para desqualificar as conquistas proporcionadas pelo governo Lula, especialmente sendo os críticos tucanos.

Ora, se a conjuntura internacional favorável diminui os méritos do atual governo, o mesmo deveria ser feito em relação à estabilização de preços propiciada pelo Plano Real – o grande feito atribuído a Fernando Henrique e ao PSDB –, uma vez que a inflação certamente persistiria se não houvesse, como um dos fatores fundamentais, o aumento da liquidez internacional gerado pela globalização financeira. Aliás, não foi apenas o Brasil a ter sucesso sobre a crise inflacionária, mas todos os países que também sofriam do mesmo problema.

Também é certo que o Brasil vem crescendo menos que México, Índia e China, países cujas especificidades econômicas e políticas diferem das nossas. No entanto, há que se ressaltar que o crescimento brasileiro, apesar de menor, se dá com diminuição da desigualdade de renda, o que não ocorre naqueles países, pelo contrário.

No Brasil, o índice de Gini, que mede as desigualdades sociais, caiu de 0,597 em 2002 para 0,574 em 2004, o que reflete em boa medida a eficácia da política de transferência de renda (vide Bolsa-Família), o aumento do poder de compra do salário mínimo e os 3,8 milhões de postos formais de trabalho gerados no governo Lula.

É claro que a economia brasileira não está às mil maravilhas, e não interessa ao PT criar tal ilusão. Há muito a ser feito se temos como horizonte – e temos! – uma sociedade justa e igualitária.

Mas o que não abrimos mão de mostrar é que a gestão petista tem, sim, compromisso em colocar o Brasil na trajetória do desenvolvimento econômico com justiça social, oposto à sociedade de oprimidos e opressores secularmente construída sob a colonização, o imperialismo, o entreguismo, a dependência externa, a exploração das classes menos abastadas por uma elite marcadamente parasita, a escravidão e, mais recentemente, a especulação financeira globalizada.

E o governo Lula tem, sim, logrado conquistas importantíssimas na transformação da sociedade brasileira. Diante do exposto, e apostando-se nas críticas do PSDB, o que garante que um novo governo tucano seria diferente daquele por eles dirigido por 8 anos?
Ah, a questão não é “meramente” econômica", diriam, mas, sobretudo, ética. E tem mais, rematariam: o PT, que tanto falou em ética, agora protagoniza “o maior escândalo da história do Brasil!”. Será ?

Em primeiro lugar, façamos uma distinção raramente feita: diferentemente do governo do PSDB, que tinha expressiva maioria parlamentar e simpatia da mídia, o PT é minoritário no Congresso Nacional e visto com grande antipatia por parte dos meios de comunicação, como bem ficou evidenciado na discussão da Ancinav, enviesada pelos interesses particulares desses meios.
Isso explica, por exemplo, por que há três CPIs em relação ao governo Lula, diferentemente do governo FHC, que tinha poder para barrá-las. Portanto, a razão de existirem CPIs durante o governo Lula e a ausência das mesmas no governo Fernando Henrique, diferentemente da explicação “para boi dormir” dos tucanos, não tem muito a ver com o fato dos mesmos serem “limpinhos”, enquanto os petistas são “sujinhos”.

Ou será que, da mesma forma que as declarações de Roberto Jefferson sobre o “mensalão”, não justificaria a criação de CPI os indícios de compra de parlamentares na aprovação da emenda da reeleição ou as evidências de favorecimento a determinados grupos nas privatizações?
Para derrubarmos a santidade de pau oco do PSDB, basta enfocar o próprio esquema que justifica, no bico tucano, a pecha do governo Lula como “o mais corrupto jamais visto”, isto é, o famoso “valerioduto”.

Ao contrário do que pregam, o “valerioduto” não é invenção do PT. O lobista mineiro Nilton Monteiro, durante a CPMI dos Correios, revelou documentos – cuja autenticidade foi comprovada pela Polícia Federal – que indicam caixa dois do PSDB em Minas Gerais na campanha de Eduardo Azeredo em 1998.

Para isso, os tucanos, com a mesma falta de responsabilidade com que elegeram Severino Cavalcanti para a presidência da Câmara, limitam-se a defender que a corrupção deles é “pontual”, enquanto a corrupção petista é “sistêmica”. Belíssima explicação! E até hoje Azeredo não consta na lista de cassáveis!

Para ficarmos na corrupção “pontual” do valerioduto tucano, citemos mais dois casos. Primeiro: em nota técnica à disposição da CPMI dos Correios, consta que a famosa agência SMP&B de Marcos Valério recebeu, entre 1997 e 1998, cerca de R$ 104 milhões, em valores de 2005, em uma conta do Bicbanco (Banco Industrial e Comercial S/A), de duas entidades públicas à época dirigidas por tucanos – a Telesp e a Fundacentro, ligada ao Ministério do Trabalho e Emprego. Detalhe: o contrato entre a Telesp e a SMP&B previa o pagamento de valor dez vezes menor do que o efetivamente realizado.

Segundo caso: duas empresas de Valério, além de outra ligada a ele, receberam R$ 2,48 milhões entre 1999 e 2004 para a realização de campanhas educativas e de prevenção na área de saúde em Goiás, cujo governo é do PSDB. Os pagamentos, sob responsabilidade da secretaria de Saúde do Goiás, foram feitos sem cobertura contratual, sem licitação e com indícios de fraude. Corrupção “pontual”, sei, sei...

Mas isso ainda pode não ser o pior. Sempre houve muita fumaça acerca das privatizações processadas no governo FHC, o que, é claro, jamais ensejou CPI nenhuma durante o reinado de Fernando 2º. Entre 1999 e 2002, cem empresas foram privatizadas – a esmagadora maioria sob a tutela tucana –, sendo arrecadados US$ 105,5 bilhões.

Entretanto, apesar da promessa de abatimento da dívida pública com esses recursos, a dívida praticamente dobrou entre 1995 e 2002! Apesar das juras de crescimento, os juros escorchantes falaram mais alto, e o crescimento ficou, em média, abaixo de 3% nos oito anos de governo FHC!
Apesar da expectativa de atração de recursos de fora, US$ 15,5 bilhões utilizados nas privatizações foram financiados pelo BNDES e fundos de pensão de empresas estatais brasileiras! E o BNDES ainda teve que correr atrás de inadimplentes no setor elétrico e ferroviário !
E os críticos tucanos ainda têm a cara-de-pau de dizer que o governo Lula protagoniza “o maior escândalo de corrupção da história”?!

No âmbito ético, se o governo Lula é uma decepção, como apregoam pelos quatro cantos o PSDB e seus aliados, o que seria o exemplo de 8 anos de governo por eles legado? O que nos faria convencer a nós, brasileiros, que um novo governo do PSDB, seja lá sob o comando de Alckmin ou Serra, mas sob a égide dos mesmos interesses das elites eternamente dominantes – para não falar dos mais arcaicos setores da sociedade brasileira, sobretudo aqueles representados pelo PFL, um partido oriundo da ditadura militar, e hoje umbilicalmente ligado aos tucanos –, seria absolutamente diferente da gestão FHC?

Por tudo isso, enfim, quem bem analisa e compara o nosso governo e o deles, sabe bem qual a melhor opção. É o que os tucanos temem. E é por isso que, apesar de tanto tempo de massacre na imagem do governo e do partido, de tantas acusações falaciosas e de tanta hipocrisia, o povo brasileiro parece estar percebendo que a melhor opção continua a ser Lula.

Por João Felício Quirino, 33 anos. Economista e cientista político.

Produção industrial cresceu 3,1% em 2005, revela IBGE


A produção industrial brasileira cresceu 2,3% em dezembro de 2005, em relação ao mês anterior. A taxa, segundo informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi a maior na comparação mensal desde outubro de 2003.

Em relação a dezembro de 2004, o crescimento foi de 3,2%. No ano, o crescimento acumulado da produção industrial foi de 3,1%.

Segundo o IBGE, o resultado foi influenciado pelo dinamismo da produção de bens de consumo duráveis, como automóveis, eletrodomésticos e telefones celulares, e não-duráveis, como alimentos, bebidas, roupas e calçados.

A Pesquisa Industrial Mensal do IBGE mostra que o crescimento em dezembro atingiu 21 dos 23 setores pesquisados. O resultado acumulado da produção industrial no ano passado refletiu principalmente a expansão em 17 atividades, das quais os veículos automotores tiveram maior impacto sobre o desempenho global, com alta foi de 6,8%.

Crédito para habitação deve gerar 700 mil empregos


Os investimentos de R$ 18,7 bilhões em habitação, parte de um pacote de medidas para o setor anunciado hoje (7) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, permitirão a construção de 350 mil moradias e a geração de 700 mil empregos diretos.

A expectativa é do presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), Paulo Safady Simão. Seu cálculo leva em consideração a hipótese de que 80% dos recursos sejam investidos na construção de novos imóveis.

"Isso pode vir a contribuir na renda, no emprego, no crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e, o mais importante, aquilo que o presidente disse, na redução do déficit habitacional", afirmou Simão.

Os recursos também podem ser destinados para programas de aquisição de imóveis usados e para a compra de material de construção.

Segundo ele, apenas com os R$ 8,7 bilhões originários de cadernetas de poupança, será possível construir mais de 100 mil imóveis, aumento em torno de 40% em relação a 2005, quando foram liberados R$ 4,8 bilhões nessa modalidade de financiamento.

Simão acrescentou que as medidas podem contribuir para a retomada do crescimento do setor, que, no ano passado, teve aumento de menos de 1%.

"Eu gostaria muito de crescer no mesmo nível de 2004, que foi 5,7%", disse Simão, que também considera a realização de obras de infra-estrutura essencial para o desempenho do setor.

IPI
Já a a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para 41 itens de material de construção, também anunciada por Lula, deve ter impacto de menos de 3% para o consumidor final, pelos cálculos de Simão.

"Nós temos estudos feitos, com todas as alíquotas zerando, que giram em torno de 3% de redução do custo final. É claro que, como essas alíquotas não foram zeradas, certamente será um impacto final menor do que 3%", explicou Simão.

O decreto presidencial assinado hoje isenta a cobrança do IPI sobre 13 materiais de construção e reduz para 5% a alíquota para 28 produtos.

Segundo Simão, a mudança beneficiará mais a iniciativa individual do que a construção civil. "Qualquer que seja o impacto, se ele, de fato, for repassado para o mutuário final, é importante. Eu acho que ele vai beneficiar muito mais esse ‘comércio formiguinha’ do que propriamente a construção civil", avaliou.

04 fevereiro 2006

Luz para Todos beneficia 2,2 milhões


Entre as regiões, o Nordeste possui o maior número de atendimentos, com 1,1 milhão.

O programa Luz para Todos já atendeu 2,294 milhões de pessoas em todo país até o momento, segundo o Ministério de Minas e Energia.

Pelas obras em andamento, a estimativa é que mais 609.915 pessoas sejam beneficiadas.

O Nordeste possui o maior número de atendimentos, com 1,145 milhão de pessoas. Outras 270.225 devem ser atendidas pelo programa.

No Sudeste, foram beneficiadas, até o momento, 463,3 mil pessoas e outras 151,4 mil serão universalizadas.

Já no Norte, Centro-Oeste e Sul, o número de pessoas beneficiadas atinge 289.340, 191.310 e 205.840, respectivamente. Mais 188.200 pessoas devem ser beneficiadas nas três regiões.

Nos estados do Nordeste, a Bahia já atendeu o maior número de pessoas: cerca de 320 mil. Em dezembro, por exemplo, foram atendidas mais de 41 mil pessoas e a estimativa é de beneficiar outras 123,4 mil pessoas. O valor total dos contratos em andamento no estado é de R$ 629,5 milhões.

Logo em seguida, aparece o estado do Maranhão, com 208,5 mil pessoas beneficiadas. Atualmente, há obras em andamento para atender mais 9,3 mil pessoas. O valor total dos contratos em andamento no estado é de R$ 347 milhões.

Em Pernambuco, o Luz para Todos já levou energia elétrica para cerca de 151,8 mil pessoas. A estimativa é beneficiar mais 28 mil pernambucanos. O valor total dos contratos soma R$ 299,4 milhões.

No Ceará, cerca de 149,3 mil pessoas foram atendidas pelo programa e outros 36 mil cearenses devem ser beneficiados pelo programa. Em termos de recursos, o valor total dos contratos em andamento atinge R$ 127,8 milhões.

Na Paraíba, o programa já atendeu 70,2 mil pessoas. Atualmente, há obras em andamento para beneficiar mais 16,5 mil pessoas no estado. O valor total dos contratos em andamento é R$ 61,6 milhões.

No Piauí, foram atendidas mais de 29 mil pessoas e a estimativa é beneficiar outras 20,8 mil. Os recursos totais dos contratos em andamento somam R$ 115 milhões.