25 maio 2006

Educação é o destaque do programa do PT

“O que você vai ser quando crescer?”

A pergunta, feita por crianças que abriram o programa nacional do PT, exibido em rede de rádio e TV nesta quinta-feira, dá a dica. Com 20 minutos de duração, o programa foi inteiramente focado no tema que, nas palavras do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é a única forma de reduzir ao máximo as injustiças e desigualdades no país: a educação.

Lula indica um dos motivos da escolha do tema: “O custo mensal de um preso chega a ser 10 vezes mais alto que o custo de cada aluno no ensino fundamental”. “Não há investimento melhor e de retorno mais rápido e garantido do que o em educação”, afirmou o presidente.

O programa mostrou muito do que já foi feito durante o governo do PT, como o Bolsa-Família, que já atende 9 milhões de famílias e condiciona a bolsa à permanência dos filhos na escola; ou os investimentos em transporte escolar, que chegaram a R$ 570 milhões, atendendo 3,3 milhões de alunos; ou também a ampliação da merenda escolar; ou ainda a distribuição de 12,5 milhões de livros didáticos, inédita na história do país.

Ricardo Berzoini disse que cuidar da educação é construir em bases sólidas e sustentáveis o futuro do Brasil. “Educação é uma área onde nosso país acumula deficiências históricas. O governo do PT começou a mudar isso, desde as crianças na sala de aula — e alimentadas — até investindo para que centenas de jovens pobres tenham acesso à universidade”.

Também participa do programa o ministro da Educação, Fernando Haddad, que caracterizou como “falso dilema” o fato de, nas últimas décadas, com verbas escassas, os governos terem optado por focar em ensino fundamental, deixando de lado a educação infantil, o ensino médio e superior. Isso, disse ele, prejudicou muito as universidades, alimentando a carência de bons professores.

“Com o governo do PT, isso mudou. Estamos investindo mais nas universidades e construindo um novo sentido de ensino”, disse o ministro.

O governo federal está construindo 10 novas universidades, 40 novos campi e contratando 5.000 professores para as universidades federais. Nos próximos anos, as vagas vão dobrar para 250 mil.

Com o ProUni, 200 mil estudantes carentes passaram a estudar em universidades privadas e, em dois anos, 400 mil jovens serão beneficiados.

“Há mais recursos para a universidade, mas também há uma tentativa de levar essa realidade para o interior, recuperando a estrutura das instituições, com mais laboratórios, mais livros e mais vagas”, diz Paulo Speller, reitor da Universidade Federal do Mato Grosso. “Este governo está fazendo uma importante diferença. Nossa expectativa é de que isso continue nos próximos anos.”

O programa ainda ressalta a ampliação do Fundef para o Fundeb, que multiplicará por dez - (de R$ 4,5 bi para R$ 45 bi) os investimentos, passando a cobrir, além do ensino fundamental, o ensino infantil, o ensino médio e a alfabetização de jovens e adultos.

Também são lembrados programas como os Consórcios da Juventude, o Jovem Empreendedor, o Pronaf Jovem e o Agente da Juventude, entre outros.

Segundo o líder do PT no governo, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), o governo do PT investiu, num primeiro momento, nos alunos. “Agora, é a vez dos professores”. Segundo ele, o FUNDEB fará a diferença, entre outros motivos, porque possibilitará aumentar o salário dos professores.

Jacques Wagner, ex-ministro de Relações Institucionais do PT, também deu o seu depoimento. “O trabalhador brasileiro tem muito mais oportunidade hoje que há quatro anos”. Ele atribui isso ao investimento maciço do governo do PT em educação e cursos profissionalizantes.

Para o presidente Lula, ainda há muito a fazer. “Cada jovem que tem condições de se especializar é um subempregado a menos no futuro”. "Meu compromisso, antes de tudo, é com os que mais sofrem".

Segundo Lula, o fato de ele próprio não ter tido a oportunidade de cursar uma universidade o faz querer “ser o presidente que mais levou educação ao brasileiro”.

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