30 maio 2006

Jaques Wagner agiliza alianças na Bahia


Em 30 de junho será realizada a convenção que irá referendar o nome do ex-ministro Jaques Wagner para disputar o governo da Bahia nas eleições de outubro.

O PT parte agora para uma série de reuniões com partidos que já manifestaram a intenção de integrar a coligação ou apoiar os candidatos petistas à presidência da República e ao governo do Estado.

Até 10 de junho, o presidente Marcelino Gallo, pretende se reunir com membros do PCdoB, PSB, PMDB, PMN, PV e PTB, que já teriam sinalizado com a possibilidade de uma aliança com o PT, a fim de definir os nomes que comporão o núcleo do conselho coordenador da campanha. O PPS ainda não se decidiu. O PDT já disse não à possibilidade de coligação e deve marchar sozinho ou coligado ao PSDB.

Wagner acredita na formação de uma coligação bem ampla
"A expectativa nossa é que essa coligação seja formada pelo PT, PCdoB, PMN, PV, que é a mesma coligação da eleição passada, e que se somem o PMDB, PTB, PSB. Ainda queremos trazer o PPS e o PDT.

Mas é impossível saber com precisão, nesse momento, porque dependemos de posições nacionais, dos outros partidos", avaliou.

Quanto ao Senado, Wagner enumera três alternativas: as candidaturas do ex-governador João Durval (PDT), do deputado federal Geddel Vieira Lima (PMDB) e da vereadora Olívia Santana (PCdoB). "Precisamos primeiro afunilar isso, para depois ver quem ocupa a vaga. Não tem nomes definidos ainda", completou.

Wagner vem realizando contatos com representantes dos partidos envolvidos e intensifica viagens ao interior da Bahia – no último final de semana ele visitou oito municípios – onde fez palestras e encontros fechados com políticos locais.

Wagner lembra que em 2002 ele saiu do patamar de 2% nas intenções de voto e chegou a quase 40% no final.

"Na campanha deste ano eu tenho a meu favor a ampliação da aliança, a Prefeitura de Salvador que está na mão da oposição, um ex-prefeito da capital que se afastou do grupo do PFL, o crescimento do número de prefeituras petistas, o aumento do tempo na televisão, as realizações do governo Lula no Estado, que são muito fortes, o que deve me ajudar, em termos de simpatia popular, para o governo do Estado, sem falar no cansaço da população com os 16 anos de domínio do PFL", avalia Wagner.

Ele ressalta, ainda, que quando for fechado esse quadro e lançada a campanha na rua haverá crescimento da sua candidatura. "Acho que o PFL não tem mais discurso a fazer para a Bahia. Há uma insatisfação muito grande em segmentos do partido no interior e há uma vontade de renovação política no Estado", arremata.

Quanto ao teor da coligação na eleição proporcional, Marcelino Gallo diz que o PT vai atender às expectativas dos partidos que compõem a aliança. "Como se dará a coligação proporcional não depende só do PT, porque teremos que contemplar os interesses dos outros partidos", disse Gallo, lembrando que os partidos menores terão maior dificuldade, pois ainda lutarão contra a cláusula de barreira, que determina a necessidade de alcançarem 5% dos votos nacionais e 2% de votos em nove Estados da federação para deputados federais.

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