10 maio 2006

Pesquisa: Lula mantém dianteira na corrida eleitoral, com 43,3%

Uma nova rodada da pesquisa encomendada pelo Jornal do Brasil ao IBPS (Instituto Brasileiro de Pesquisa Social) mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua liderando a disputa presidencial com folga. Ele está com 43,3% das intenções de voto, contra 30,8% de Alckmin.

Na pesquisa espontânea, a dianteira de Lula é bem maior (29,4% contra 13,1% do tucano). Esta é a primeira pesquisa de abrangência nacional registrada no TSE no mês de maio.

Apesar do ataque pesado e constante que a oposição e setores da mídia desenvolvem contra o governo, Lula não perdeu eleitorado. No cenário em que os principais concorrentes, atrás de Lula (PT) e Alckmin (PSDB), vêm Garotinho (PMDB), com 11,8%; Heloisa Helena (PSOL), com 9,7%; Roberto Freire (PPS), com 2,3%; Enéas Carneiro (Prona), com 1,6%; e Cristovam Buarque (PDT), com 0,5%.

O Jornal do Brasil não publicou os números, que podem ser encontrados na página eletrônica do próprio IBPS (www.ibpsnet.com.br).

Lula lidera em todos os cenários
Em relação à última pesquisa IBPS/JB, realizada no início de abril, a situação praticamente não se alterou e todas as oscilações ocorreram dentro da margem de erro. Em abril, Lula tinha 43,5%, Alckmin 30,6%, Garotinho 13,3% e Heloisa Helena 7,8%.

Num segundo cenário da pesquisa estimulada, Garotinho é substituído pelo ex-presidente Itamar Franco. Nesta situação, Lula tem 41% das intenções de voto, Alckmin aparece com 28%, Heloisa Helena vem em seguida com 11%, Enéas aparece com 10%, Roberto Freire 5% e Itamar Franco 4%. Mais uma vez o lanterninha é o pedetista Cristovam Buarque, com apenas 1%.

Num terceiro cenário, sem nenhum candidato do PMDB, Lula também lidera com 43% e Alckmin aparece com 31%.

Os dados acima consideram apenas os votos válidos e são da pesquisa estimulada --em que o pesquisador apresenta uma lista de nomes ao eleitor.

Espontânea
Na pesquisa espontânea, que os analistas consideram mais importante que a estimulada e na qual o eleitor diz em quem votaria se a eleição fosse hoje sem que o entrevistador cite qualquer nome, a dianteira de Lula sobre Alckmin é muito maior.

Lula é citado por 29,4% dos entrevistados, percentual que representa mais que o dobro daqueles dispostos a votar em Alckmin, que foi lembrado por 13,1%.

Nesta pesquisa, Garotinho ficou com 4% e Heloisa Helena com 2,6%. José Serra continua aparecendo, mas com pouca expressão (1,25%).

Em abril, Lula tinha 27,8% e Alckmin 15,7%. Ou seja a diferença entre os doisaumentou 4 pontos percentuais em favor do presidente.


Segundo turno
Num eventual segundo turno entre Lula e Alckmin, considerando apenas os votos válidos, o presidente venceria a disputa com pequena margem (51% para Lula e 49% para Alckmin).

Se a disputa no segundo turno fosse entre Lula e Garotinho, o presidente venceria com mais tranquilidade: 68% contra 32% do ex-governador do RJ.

Com Itamar Franco no segundo turno, mais uma vez Lula seria vencedor: teria 64% dos votos contra 36% de Itamar.


Situação regional
Regionalmente, Lula continua melhor situado no Nordeste, com 59% das intenções de voto (crescimento de 4 pontos em relação a pesquisa de abril), contra 17% de Alckmin, que tinha 18,6% na pesquisa anterior.

O pior desempenho de Lula é no Centro-Oeste, onde o presidente aparece com 29,9% (tinha 34,5% em abril) e Alckmin cresceu de 31,9% para 36,5%. Em compensação, o tucano perdeu eleitorado na sua própria região, a Sudeste, que concentra o maior número de eleitores do país. Caiu de 38,2% para 35,7%. Já o presidente Lula teve um leva melhora, passando de 38,6% para 38,9%.

Alckmin continua a ser o candidato preferido dos ricos. Tem 48,4% dos votos entre os que ganham mais de 20 salários mínimos. Lula, inversamente, aparece com 41,8% dos votos entre os que têm uma renda inferior a 1 salário mínimo.

Avaliação do governo melhora
Nesta terceira rodada da pesquisa IBPS/JB, a avaliação do governo melhorou. Em abril, o governo Lula era avaliado positivamente por 29% dos eleitores. Agora é aprovado por 34% dos brasileiros, que o consideram "muito bom" ou "bom".

Outros 25% consideram "ruim" ou "muito ruim" (eram 30% em abril). Para 40% (mesmo percentual da pesquisa anterior), o governo Lula é "regular" e 1% não sabem ou não responderam.

FHC foi pior
Lula ainda leva uma boa vantagem na comparação do seu governo com o de Fernando Henrique Cardoso: 47% consideram o governo Lula ""melhor"" ou ""muito melhor"" que o de seu antecessor. FHC só leva vantagem para 21% dos entrevistados. Outros 31% consideram os dois governo iguais e 1% não sabem ou não responderam.

A pesquisa mostra ainda que a maioria absoluta (80%) da população não tem simpatia por nenhum partido. Entre os eleitores que têm alguma simpatia partidária, 9,9% preferem o PT, 3,3% citaram o PSDB, 2,7% o PMDB e 1,3% o PFL. Outros partidos totalizaram 1,9%.


Outros assuntos
O IBPS quis saber também se os entrevistados levam em conta as pesquisas eleitorais na hora de decidir o voto: 66% disseram que não e 32% responderam que levam em consideração as pesquisas na hora de votar.

O instituto também questionou os eleitores sobre dois itens da proposta de mudança na legislação eleitoral que tramita no Congresso. Sobre a proibição de divulgar pesquisas eleitorais a menos de 15 dias da votação, 44% disseram ser contrários a esta medida e 38% mostraram-se favoráveis à proibição. Para outros 16% tanto faz e 2% não sabem ou não responderam.

Já sobre a proibição de showmícios, 49% condenaram a proibição e e 40% são favoráveis.

A pesquisa, encomendada pelo Jornal do Brasil foi realizada entre os dias 27 de abril e 3 de maio.
Foram consultadas 2 mil pessoas em todo o território nacional. A margem de erro é de 2,2 pontos para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no TSE sob o número 5392/2006.

As informações são do site Vermelho, do PCdoB.

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