04 março 2006
Carnaval da integração latina dá título à Vila
A Vila Isabel tomou conta do Sambódromo cantando a autodeterminação das nações, a riqueza cultural e a miscigenação que compõem a identidade da América Latina. As tradicionais Mangueira e Portela, e a Viradouro, também empolgaram mostrando em belos desfiles a cara e alma do Brasil
Convocando a integração dos povos latino-americanos, a Unidos de Vila Isabel tomou a Marquês de Sapucaí cantando a autodeterminação das nações, a riqueza cultural do folclore e de nossas tradições que, com a miscigenação, compõem a identidade da América Latina. Consagrada campeã do carnaval deste ano com o enredo “Soy loco por ti, América – A Vila canta a latinidade”, a escola também exaltou o espírito revolucionário que sempre fez parte dos povos que formam a América Latina e destacou alguns de seus principais líderes.
Trazendo para a abertura do desfile astecas, incas e os índios brasileiros, a escola remontou a história de formação da cultura e o folclore latino-americanos, representados também pelas tradições que sobrevivem até hoje com o carnaval da Bolívia, o Bumba-Meu-Boi, entre outros.
COLONIZADORES
Dentro disso, a tradicional Festa dos Mortos mexicana foi representada na avenida com suas famosas caveiras que também foram utilizadas para representar a destruição feita pelos colonizadores europeus ao desembarcarem no Novo Mundo. “Representamos a chegada do conquistador, que trouxe a morte espiritual. Na época, as crenças e culturas locais foram massacradas. As caveiras também serviram a esse fim”, ressalta o carnavalesco da escola, Alexandre Louzada.
Para finalizar seu desfile, a escola fez uma homenagem a Simon Bolívar, representado em estátua de 13 metros, que, de certa forma, destoou do conjunto da alegoria formada por outros grandes heróis latino-americanos como Tiradentes e Ernesto “Che” Guevara, que foram representados em pequenos retratos que circundavam o carro. Neste mesmo carro também estavam as bandeiras de todos os países da América Latina que resumiam o enredo da escola, marcado pela união dos povos e a afirmação da nossa identidade latina.
Deve-se também destacar que, utilizando-se de um enredo pouco comum no carnaval, ao se voltar para as tradições culturais de diversos países, faltou um pouco de alegorias que remetessem mais ao Brasil, como é tradição em nosso carnaval e que sempre é utilizado como principal fonte para a criação dos carnavalescos.
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