Em nota distribuída à imprensa, Gushiken afirma que o relatório cedeu à "lógica do espetáculo, sem olhar para os fatos". "O receio de desapontar a opinião pública não pode também justificar o ato de responsabilizar pessoas inocentes", afirma a nota.
Para Gushiken, a CPI "persegue em vez de investigar". Ele disse que o relatório sobre sua gestão faz "um julgamento inteiramente injusto,
despropositado e sem fundamentação jurídica".
O relatório ainda está sendo lido no Congresso pelo relator deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).
Veja a íntegra da nota de Luiz Gushiken:
"Repudio o relatório do deputado Osmar Serragilo (PMDB-PR) que fez, hoje, ao mencionar atos da minha gestão, um julgamento inteiramente injusto,
despropositado e sem fundamentação jurídica.
Lamento que o relator tenha capitulado à lógica do espetáculo, sem olhar para os fatos, o que compromete todo o esforço da CPMI de aperfeiçoamento das estruturas políticas e da vida pública.
O receio de desapontar a opinião pública, não pode também justificar o ato de responsabilizar pessoas inocentes.
Ao se apoiar no método de que simples suspeições dispensam os atos comprobatórios, o relatório serve a um único objetivo: perseguir em vez de investigar.
Em 14 de setembro de 2005, compareci ao plenário da CPMI dos Correios com espírito aberto e imbuído da energia de esclarecer e rebater pontos polêmicos, ou acusatórios, sobre atos ou comportamentos no exercício do cargo de Ministro de Estado.
Por doze horas, dentro do mais elevado respeito político ao Parlamento, sem uso de qualquer instrumento prévio de defesa jurídica, debati exaustivamente as questões levantadas pelos membros da CPMI.
De lá para cá, sempre que surgiram questionamentos ou interpretações equivocadas, enviei prontamente ao relator a documentação necessária e esclarecimentos integrais.
Considero, portanto, inaceitáveis os termos do relatório que se referem à minha conduta como homem público.
Apesar da acirrada luta política, espero que prevaleça o equilíbrio e também a isenção entre os membros da CPMI dos Correios."
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