25 março 2006

FMI prevê crescimento forte em 2006


A economia brasileira apresenta números “encorajadores” e indica que o país terá um crescimento forte neste ano. A avaliação é do chefe da missão do FMI (Fundo Monetário Internacional), Charles Collyns, que está no Brasil em viagem de rotina.

Em reunião à Receita Federal, Collyns disse que a comitiva do FMI está muito impressionada com o crescimento das vendas no comércio. Ele acrescentou que a recuperação da economia está indo muito bem. “Prevemos um crescimento forte da economia este ano”, disse.

Segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as vendas no comércio varejista brasileiro cresceram 2,35% em janeiro deste ano em relação a dezembro passado. Foi o quarto mês seguido de crescimento na comparação com o mês anterior.

O deputado Jorge Bittar (PT-RJ) destacou que a economia brasileira cresceu significativamente ao longo do governo Lula. “O governo praticou uma economia consistente e voltada para as questões sociais. Vivemos um processo de crescimento que beneficia a população brasileira, diferentemente do modelo de economia adotado pelo governo Fernando Henrique Cardoso”, afirmou.

Como exemplo, Bittar citou o reajuste do salário mínimo, o crédito consignado com baixas taxas de juros e o programa Bolsa-Família. “Milhares de brasileiros que sempre estiveram excluídos da renda estão tendo acesso ao mercado de consumo com a redução de tributos para bens como alimentação, construção civil e material escolar”, destacou.

O deputado Bittar acrescentou que este ano será de uma economia com muita vitalidade. “Basta analisar, por exemplo, o índice de emprego. Fevereiro bateu recorde histórico no número de emprego formal (com carteira assinada)”, observou. Ele disse que as afirmações do FMI são de quem percebe a seriedade e competência na política econômica e social do governo Lula.

Mercado
Na avaliação de Collyns, a crise política e as denúncias contra o ministro Antonio Palocci (Fazenda) não afetam a economia. Para ele, o importante é continuar com a disciplina fiscal.

“Vemos muito confiança dos mercados na forma como as políticas estão sendo conduzidas no país e a confiança está sendo refletida no forte desempenho econômico. O que é importante do ponto de vista econômico é a continuação da disciplina fiscal e isso certamente está acontecendo", afirmou.

A visita do FMI ao Brasil não está relacionada a nenhum acordo de empréstimo. O acordo entre o Brasil e o Fundo terminou em março do ano passado. No ano passado, o governo decidiu fazer o pagamento antecipado da dívida com o organismo internacional, que era de cerca de US$ 15,5 bilhões.

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